quarta-feira, junho 09, 2004
[00.607/2004]
A
Matilde de Sousa Franco
Escrevo com a alma nas mãos, sem reflexão, só sentimento.
Suspeito, porque entusiasta desta candidatura, ainda ela o não era.
Suspeito por entender que ninguém em Portugal estava ao nível do Professor Sousa Franco para defender as nossas cores e interesses no Parlamento Europeu.
Sousa Franco foi um homem de convicções. Acreditava na mesma Europa que eu. Acreditava que para se fazer o espaço comum é fundamental fortalecer social e economicamente cada um dos países que o compõem. Sabia que Portugal tinha de ser uma Nação desenvolvida, próspera e culta, para defender o respeito das outras nações com as quais partilha soberania.
Conheci profissionalmente Sousa Franco quando ele se bateu, como nenhum outro, pela aproximação do Estado-fisco aos cidadãos. Foi ele que dotou a máquina fiscal de meios, incrementou a inteligência e a tecnologia para combate à burocracia, incentivou a justiça, fomentou o conforto dos contribuintes e cortou o supérfluo com uma lucidez que na altura poucos entenderam e que se tivesse sido levada até às últimas consequências, faria de todos nós hoje, mais cidadãos, mais conscientes, mais responsáveis e provavelmente mais felizes.
A fibra e personalidade de Sousa Franco, fizeram dele um homem bom, coerente e sóbrio que muitos nunca entenderam e outros sempre interpretaram mal.
Duvidei em escrever, como duvido quando a reflexão é mais urgente do que as palavras, sempre inábeis, sempre incompletas.
Mas tive de o fazer por si, Matilde.
Luís Novaes Tito
10:45:00 da manhã
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