terça-feira, fevereiro 01, 2005
[0.230/2005]
Dejà-vu
O boato nunca foi assunto distante de uma campanha eleitoral. Mas, nunca o boato atingiu níveis, em Portugal, como está a atingir.
Felizmente, a democracia portuguesa está mais madura neste aspecto. Tanto nos queixamos de termos uma democracia frágil, neste caso concreto, de combater a falta de respeito e proliferação de rumores, devemos regozijar-nos com a exemplar resposta, dada de forma nobre e elevada por muitos intervenientes da política, da direita à esquerda, que refutam este tipo de postura vil e nada construtiva.
Há treze anos, um candidato bem colocado para ganhar a eleição presidencial brasileira perdia as eleições por causa de um boato posto a circular na campanha eleitoral.
O então candidato do PT, Lula da Silva, era confrontado com o boato de ter uma filha fora do seu casamento. Boato totalmente falso e que tinha sido engendrado, precisamante, para denegrir o candidato Lula. Boato alimentado pela rede Globo.
O principal adversário do PT, Fernanco Collor de Melo, acabou por vencer a eleição presidencial muito por causa do boato criado em torno do adversário.
Para os que têm mais memória, basta recordar como foi e terminou o mandato de Collor.
Um Governo que teve na sua base uma eleição alimentada por boatos, nunca poderá dar a um país políticos e políticas credíveis.
Felizmente, repito, o boato está a ser enfrentado e condenado, ao mesmo tempo que se desconstrói a finalidade do boato: inexistência de propostas e má formação de quem o alimenta.
CMC
10:34:00 da tarde
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