quinta-feira, junho 08, 2006
[0.673/2006] Um dia cheio de propaganda
Aprendendo com lições bem contemporâneas, de explorar os meios de comunicação social em benefício de um motivo - este livro é elucidativo neste domínio, a extrema-direita portuguesa teve ontem um dia em cheio. Além da cobertura da detenção de uma pessoa, entretanto liberta, que, pelo que consta, discursará no próximo dia 10 numa mega-concentração de sequazes da idelogia nacional-socialista na Alemanha; a extrema-direita lusa conseguiu, por outro lado, marcar presença, ou pelo menos, deixar uma impressão, na manifestação de polícias e guardas-republicanos. Digamos que há um regressar, ou melhor, um recuperar de um dos mais eficazes instrumentos do III Reich, a propaganda. O que ontem se passou foi um dia de autêntica propaganda, com a comunicação social a não dar pela manipulação, bem elaborada. Aos poucos, e como é apanágio, apresentando um discurso irracional e totalmente enviesado da realidade nacional e mundial, a extrema-direita explora, em serviço próprio, um nicho de mercado eleitoral de descontentamento, que tem vindo a recrudescer, pois há uma falta de identificação com os partidos de representação parlamentar e, também, com os seus dirigentes. A conquista destas pessoas é um processo moroso, que requer persistência, mas esta caminhada já começou há algum tempo. Importa não esquecer que este é um momento favorável aos extremismos, pois a instabilidade social e económica é o campo de desenvolvimento e crescimento, conforme a História ensina. São contestatários natos. Está tudo mal, no seu entender. Mas a alternativa que apresentam não tem nada de solução. Aliás, o gérmen doutrinário subjacente é de destruição. CMC
7:56:00 da manhã
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