quinta-feira, junho 15, 2006
[0.704/2006] O CDS deve ter virado partido eurodesconhecedor
«Este não é o tempo de insistir numa Constituição europeia, mas de trabalhar através de realizações concretas que reforcem a solidariedade de facto entre os cidadãos europeus e os Estados-membros», afirmou [o Presidente do CDS], apontando como exemplos a criação de emprego, o desenvolvimento da Agenda de Lisboa ou a adopção de «programas de crescimento económico». Por onde anda a democracia-cristã em Portugal? Nem o facto do líder dos centristas ser eurodeputado lhe possibilita o acesso, mais próximo e directo, às posições das diversas famílias políticas europeias. Pelos vistos, este CDS não se identifica com a posição do partido irmão que governa na Alemanha. Pelos vistos, este CDS só tem jeito para pedir a demissão do Ministro da Agricultura. Pelos vistos, este CDS já apagou da sua doutrina a forte e qualificada impressão europeia deixada por um antigo Presidente do partido e eurodeputado, Francisco Lucas Pires. O CDS já foi europeísta convicto, da fundação até 1992, passou a eurocéptico, de 1992 até 2002, foi eurocalmo, de 2002 a 2005, e agora deve ser eurodesconhecedor. Será que o Presidente do CDS desconhece que o Tratado Constitucional aponta na direcção, precisamente, daquilo que reclama: emprego, crescimento económico? Como se estas dimensões nunca estivessem estado presentes nas políticas europeias ao longo das cinco décadas de comunidade. Se ao Governo, e bem, se devem exigir responsabilidades, a oposição com responsabilidades também deve assumir as suas. CMC
10:15:00 da manhã
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