terça-feira, junho 12, 2007
[0.767/2007] O natural e legítimo interesse da Bósnia sobre o Kosovo
A Bósnia quer ver a questão do Kosovo resolvida de forma amigável, porque essa é a única maneira de «pôr fim à incerteza na região», disse hoje, em Lisboa, o ministro dos Negócios Estrangeiros bósnio, Sven Alkalaj.
«Na Bósnia, costumamos dizer que tudo começou no Kosovo e tudo vai acabar no Kosovo. É a última questão por resolver e desejamos que haja uma solução amigável», disse Sven Alkalaj à imprensa, após um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado.
A questão do Kosovo tem tanto interesse para a Bósnia como tem para a Sérvia, pelas razões óbvias, de também na Bósnia 'haver' outros Kosovos. Resta saber o que é uma "forma amigável", ou seja, a favor da independência ou da manutenção da autonomia no Estado sérvio do Kosovo. A diplomacia bósnia preferiu não comprometer-se em público e adopta uma postura imparcial. É compreensível esta atitude, dada as tensões que poderia espoletar, tomando partido de uma ou outra solução. Assim diz nim. E, já agora, qual a posição de Lisboa, visto que, a questão kosovar deve ser decidida em plena Presidência portuguesa da UE? Também ficou sem se perceber qual é. Porém, não vale a pena chutar o assunto para a frente e pensar que com a integração dos Estados balcânicos as relações ficam estabilizadas na região, como o Ministro dos Negócios Estrangeiros português deixou hoje nas entrelinhas. Primeiro, não se sabe quando os países dos Balcãs ainda não membros da União Europeia poderão entrar, pois há critérios de Copenhaga por cumprir, e não são poucos e fáceis de alcançar a médio prazo pela maioria daqueles países. Segundo, porque a UE não pode assumir alargamentos atrás de alargamentos, sem, primeiro, estabilizar, desde logo, a sua situação institucional, entre outros aspectos, decorrentes dos recentes alargamentos. CMCEtiquetas: Balcãs, Kosovo, Política Internacional
6:06:00 da tarde
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