segunda-feira, junho 11, 2007
[0.757/2007] Da democracia e da sinceridade
Quando votamos em alguém, estamos a delegar o nosso poder de decidir. O mínimo que este acto de confiança pode ter de retorno é a garantia de que o nosso candidato irá exercer o cargo pelo período estipulado, caso seja eleito, claro. A esta regra só se aplica a excepção do impedimento fundamentado. No entanto, em Portugal vai sendo hábito os candidatos apresentarem-se em carrossel e abandonarem os cargos no decurso dos mandatos em troca de outras candidaturas que surjam. Esta prática tem contribuído para aumentar o descrédito nos políticos e o desinteresse pela política. Como se já não bastassem as permanentes quebras dos compromissos eleitorais, a moda do abandono de lugar faz acrescer a desconfiança no regime democrático. É por essa razão que levanto a questão desta semana.
Os candidatos cabeça de lista que se apresentam às intercalares de Lisboa fazem-no só para serem presidentes da Câmara Municipal ou, caso os resultados não lhe sejam favoráveis, estão dispostos a cumprir o compromisso de serem vereadores?
O futuro constrói-se no presente e chegou o tempo de garantir que não resultará de um acaso. A sabedoria também se adquire com as experiências do passado e já bastou a última em que nos vimos representados por alguém a quem nem a confiança política foi reconhecida. Como já referido noutras alturas, só resta aos pacatos cidadãos, um momento de decisão sobre o nosso destino. É só nesse momento secreto e íntimo que exercemos a democracia e decidimos o nosso futuro. Para o fazer, temos de garantir que dispomos das informações correctas. É com a verdade que se defende o regime. LNTEtiquetas: Lisboa, lnt, Meditando, Questões, Vereadores
1:50:00 da tarde
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