quarta-feira, julho 18, 2007
[0.931/2007] O dislate
O nosso Nóbel devia ler ou reler Unamuno. Não lhe ficava mal, antes de dizer dislates, como disse na entrevista há dias ao DN, numa clara agonia existencial de alguém que busca apenas a felicidade material do momento, numa nítida postura e predisposição muito características da Era do Vazio, meditar além da superfície. Soubesse o actual residente de Lanzarote qual o maior feito dos portugueses em toda a sua História, segundo Agostinho da Silva, e aquilo que diz, se reflectido, era digno de corar. Para quem reflecte a sociedade em que está inserido e tem alguns, substanciais, anos de vida e conhecimento, devia saber que as mudanças de um país não ocorrem com facilidade, sobretudo naquele onde as causas identificadas há mais de um século por Antero não foram superadas. Há males que este povo, desgovernado mas não subjugado como diria Estrabão, ainda está a pagar, pelo período anterior e imediatamente após a Liberdade recentemente conquistada. As formas sociais mudam muito depressa, não o seu conteúdo. E se Espanha é um bom exemplo de desenvolvimento, hoje, tal se deve, em larga medida, às medidas que foram implementadas e não foram muito agradáveis. O que se quer por cá: Roma e Pavia num dia? O nosso Nóbel parece uma das personagens desta magnífica obra. CMCEtiquetas: Iberismo
12:29:00 da manhã
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