sábado, fevereiro 28, 2004
[0.054/2004] Mais sondagens, eleições e a bola!
Parece que este ano não há eleições, ou melhor, existirão idas às urnas, mas só nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, no Outono, aquando das regionais, pelo facto desta eleição dizer mais respeito aos cidadãos das ilhas. O mais importante, no momento, para o país, parece ser: quem será o próximo Presidente. Curioso, o único, dos seis visados na sondagem publicada pelo Expresso, que se declarou candidato a tal posto, figura em quarto lugar. Será que em Junho só o Europeu, não o Parlamento, mas o de futebol, conta em Portugal? Bem sei que a data das eleições agendadas para o nosso país, e na a maioria dos Estados-membros da UE, realiza-se no dia 13, feriado em Lisboa, que não se notará por ser domingo, e acontece no dia a seguir ao jogo de inauguração do Campeonato, logo com o nosso país a jogar com a Grécia, olha com quem, os nossos parceiros da cauda! Começo a temer justificações futebolísticas para o resultado eleitoral. Se Portugal ganhar: - o PS, se vencer, sentir-se-á como o próximo vencedor das legislativas, empurrado pelo resultado desportivo; - o PPD e o CDS aproveitarão para reclamar vitória, mesmo que percam nas urnas, afirmando que o país saiu definitivamente da recessão (todavia, deve ter-se em conta os seguintes resultado da equipa das quinas); Se Portugal perder: - o PS ganhará nas urnas por que beneficiou do sentimento geral dos portugueses no dia da ressaca futebolística, e como está na oposição, é uma boa altura de desancar no Governo, pela má prestação que tem tido e também pela derrota com a Grécia, logo a Grécia!!; - o PPD e o CDS assumem a derrota, como normal e extremamente previsível, devido à conjuntura económica, social e futebolística, acabando por confessar que o próximo jogo correrá melhor e um dos candidatos presidenciais deverá afirmar que, mesmo não passando aos quartos de final, o mais importante, para a selecção nacional, no Europeu de futebol será ganhar à nossa rival - a Espanha (esta declaração noutra lógica eleitoral, que não as eleições europeias); Se Portugal empatar: - o PS saboreará o resultado como um empate, mesmo ganhando pela margem mínima, - o PPD e o CDS continuarão a defender a culpa do anterior governo socialista, pelos problemas que o país atravessa, e a derrota eleitoral, ainda que seja mínima, será igual ao litro. observação, no contexto do empate: as eleições realizaram-se, na segunda-feira os resultados eleitorais já eram, o que importa é o próximo jogo dos pupilos do Scolari e, também é importante, nessa segunda, os comentários ao França-Inglaterra, do dia anterior, que pode ser, pela qualidade das duas selecções, o melhor jogo do Europeu. No fundo, o mais interessante acabará por ser o resultado com a Grécia, a nossa velha companheira, com quem tantas vezes disputamos os lugares no carro vassoura, visto que os partidos portugueses ainda não olham para as europeias com lentes Europa, mas sim como contas a ajustar em aspectos internos e como medidor da pulsação de vitalidade dos partidos, tendo em vista as eleições legislativas. Se ganharmos, como espero, aos gregos, pelo menos no final da primeira jornada temos uma certeza: Portugal não está atrás da Grécia. CMC
2:33:00 da manhã
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