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terça-feira, novembro 30, 2004
 
Luto
[1.415/2004]
Eutanásia

E ao fim de quatro meses o pasteleiro de Belém resolveu desligar o botão da incubadora que mantinha o aborto em letargia.
LNT
7:32:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 
 [1.414/2004]
UFFFFF!
CMC

Etiquetas:

7:21:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 
Marsupilami

[1.413/2004]
Na terra dos Marsupilami's

Dificuldades diversas, em termos de espaço, tempo, disponibilidade e tecnologia têm-me mantido em produção bloguística mínima.Marsupilami Não vem daí qualquer mal porque o Carlos tem assegurado o regular funcionamento e a estabilidade deste Blog e, as opiniões que emito, são muito mais do foro pessoal do que reveladoras de estratégia político-partidária.
Também os assuntos de conversa em curso, não têm grande relevo, não representam nada de novo e poucas palavras merecem.Marsupilami
Temos um recém-nascido grande, sem sentido de Estado e de responsabilidade à frente de um Governo coordenado por um Ministro das Finanças alinhado, provinciano e autista, oriundo (ou próximo) de uma formação política que, sem expressão eleitoral, consegue controlar o desnorte da futilidade. Temos os que se consideram políticos sérios que, quinze dias depois do Congresso do seu Partido, se atrevem a criticar os seus dirigentes, apelidando-os de incapazes, quando, na altura própria, não tiveram coragem para os enfrentar e de se apresentarem ao País como alternativa política para a direcção do ainda maior Partido Português. Temos governantes que se demitem evocando falta de lealdade e seriedade, aplicando exactamente os mesmos métodos que os levaram a essa decisão. Temos um Presidente da República que vai pedindo sucessivamente o absurdo, desde o abandono do Governo pelo anterior Primeiro-Ministro. Diz ser em nome da "estabilidade", como se fosse possível garanti-la a uma Nação chefiada por um prematuro que se diz alvo de estalos e pontapés dos seus pares mais velhos e que nem consegue distinguir um discurso político partidário de uma intervenção de Estado em funções de governo.
Temos as oposições de esquerda enquadradas entre o politicamente correcto e a demagogia inconsequente extremista. No maior Partido aguarda-se para ver no que dá, sem pronúncia de fundo e sem coragem para assumir eleições, Marsupilami enquanto os outros se dividem pela renovação na continuidade com discursos do século passado e a demagogia panfletária de quem pouco mais faz do que destilar ódios antigos.Marsupilami
Tudo e todos em jogos de politiquinha caseira, na prospecção da oportunidade.
Quando se fala em ideais republicanos, em solidariedade, em desenvolvimento, em progresso, olham desconfiados, uns à espera do melhor momento para subir ao poleiro e os outros com medo dele caírem.
As análises que se vão fazendo à direita e à esquerda são meros jogos de poder enquanto Portugal todos os dias se atola na corrupção, no clientelismo e na irresponsabilidade.
Que falta nos fazem políticos coerentes e preocupados com o bem público, determinados e convencidos de que o bem da Nação e dos portugueses já não podem esperar mais.
LNT
Bem diz o Evaristo: "Este é o tempo dos medíocres, dos aprendizes de feiticeiro (...)"
1:29:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 

[1.412/2004]
Referências

Face aos políticos portugueses, que neste momento estão no activo, para onde se deve virar e encontrar referencia o cidadão comum?
Não é fácil encontrar uma referência. Até se torna difícil encontrar referências.
Pena que a maioria dos portugueses não tenha noção do que se vai passando nos Estados nossos parceiros europeus e neles possa, ainda, encontrar algumas referências em que acreditar politicamente, mesmo quando se discorda das suas posições.
Sempre se podia dar um "pulo" para fora da mediania reinante e observar e debater política, em vez de se estar inserido na contenda política de lana caprina do burgo.
Há: à direita, o mais que consagrado Sarkozy e à esquerda o ascendente Zapatero. Mas também há outros nomes, tanto à direita como à esquerda, se os primeiros não forem do inteiro agrado. De um lado, o bávaro Stoiber, do outro, o escocês Blair. A lista vai aumentando - o poderoso Juncker e o persistente Person; o determinado Rasmunsen e o reformador Schröder; o altivo Chirac e o coerente Lafontaine; o moderado Schüssel e o qualificado Brown. Etc, etc, etc. Para além, obviamente, dos antigos líderes.
Por cá, por enquanto, só nos restam as referências pretéritas.
Caso para perguntar: Portugal, país de futuro, com estes líderes?
CMC
3:51:00 da manhã . - . Página inicial . - . Comentários (0)



segunda-feira, novembro 29, 2004
 
Chapéu[1.411/2004]
Contorcionismo

O contorcionismo político tem-se exibido ao mais alto nível nestas últimas horas. Só que, ao invés do bem qualificado contorcionismo circense, que faz o gáudio das pessoas, este tipo de contorcionismo é feito por quem, mais cedo ou mais tarde, quebrará a espinha e a sua recuperação, nos anos mais próximos, não é segura.
Até quando durará este espectáculo que tem o seu fim muito próximo?
Infelizmente, os políticos que realizam este difícil número, por que o é, tendem sempre a cair na armadilha, de esforçar o máximo e, depois, o óbvio acontece: parte, acaba e não há solução possível.
CMC
11:45:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 
Barnabé[1.410/2004]
Presunção e água-benta

Pasta Medicinal CoutoOs Barnabés passaram-se.
Parecem contagiados com a moda da propaganda.
Fazem lembrar o melhor anúncio de sempre à Pasta Medicinal Couto:
"Palavras para quê? É um artista português!"
Como as afirmações não comprovadas ficam com quem as faz, só temos um modo de comparar.
Se o Barnabé nos citasse com um link, coisa que, tal como o Abrupto, até hoje nunca fez (citações sim, mas sempre sem link), já poderíamos ter uma ideia da sua influência.
O que sabemos, entre os maiores, é que uma citação com link a partir do Causa Nossa implica aproximadamente 250 visitas, a partir do Bloguítica, 150 e a partir do O Jumento 60/70. Talvez não seja a forma científica de quantificação mas é uma forma de o fazer, certamente melhor, do que a simples e estapafúrdia afirmação de se categorizarem como o Blog português mais consultado.
Presunção e água-benta...
LNT
1:53:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 

[1.409/2004]
A "verdade" e a "confiança"

Será que Belém aconselhou, não a uma mudança, mas um preparar a casa partidária do Primeiro e este informar o parceiro de coligação para a convocação de eleições? Tendo, para o efeito, dado 48 horas. Veremos no dia da Restauração.
No meio deste desmoronar político, há uma personagem que fica mais só. Com poucos apoios internos e que começa a perder orientação e dispara em todos os sentidos.
Duas semanas passadas, tão pouco tempo, comprova-se o engodo de Barcelos.
Quando o Governo é remodelado, informando umas pessoas e omitindo outras, sobretudo as visadas, das intenções, a "verdade" e a "confiança", palavras tão propaladas, acabam por reflectir, precisamente o que falta a um grupo de pessoas, que devia trabalhar como equipa e não um somatório de pessoas.
A "verdade" e a "confiança" desapareceram da postura, e da relação interna, deste executivo. Quem o corrobora não é uma pessoa qualquer, é um Ministro que se demite, e é um Ministro que é (era) da confiança pessoal e política do responsável máximo do Governo.
CMC
11:38:00 da manhã . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 
Xutos[1.408/2004]
Estalos e pontapés na incubadora

O que parece é que toda esta estória está mal contada.
Primeiro porque o bebé é proveta; segundo porque resulta da manipulação genética; terceiro porque não sendo prematuro não devia estar numa incubadora; quarto porque não é humano; quinto e finalmente porque é mamão e a lei dos mais fortes faz-se sentir em esforço de sobrevivência. Nem sequer é uma questão xenófoba ou rácica porque não lidamos com malformações mas sim com aberrações.
O ser resultante da mistura de genes laranja mal desenvolvidos com genes azuis fortalecidos com proteínas Bagão K2 poderia chamar-se o monstro das bolachas.
A aberração do chorão que apanha estalos e pontapés relatada por um Primeiro-Ministro, numa cerimónia pública em que mistura o discurso partidário com o exercício das funções, é a gota de água na receita da pastelaria de doces finos de Belém e uma boa razão para delinear novas fronteiras sem aduanas que o tempo não permite e as clientelas internas ficam mais felizes.
Já não se trata de um assunto privado do Governo ou entre o Governo e o Presidente da República, mas de uma questão que arrasta o País para o descrédito total.
LNT
8:30:00 da manhã . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 
Bébé


[1.407/2004]
EUREKA

Agora sim, os portugueses compreendem por que é que este Orçamento é bom para o avô e para o bebé.
Ficámos a saber quem é o bebé e quem é o avô.
Ainda bem que o preço das fraldas vai descer. É que o bebé, sempre que se mexe, mija-se todo, e o avô, qualquer dia, não recebe para as fraldas.
Por isso é que o avô quis ficar com o dinheiro para si, quando, há uns tempos, ganhou umas coroas num prémio em Espanha.
CMC
4:09:00 da manhã . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 
[1.406/2004]
Independente
De um lado e do outro das Direitas portuguesas


Independente - uma palavra comum a todo este enredo político que se confronta à direita, com mais de uma década de duração.
Duas visões diferentes e incompatíveis de direita.
De um lado, o populismo. Do outro, a tecnocracia.
De um lado, uma geração jovem, que viveu em desafogo. Do outro, uma geração madura, que se fez do trabalho.
De um lado, o viver para o sucesso imediato. Do outro, um trabalhar para um amanhã mais desafogado.
A direita em Portugal cresceu. Não se afirmou totalmente perante a sociedade, como Direita. Traumas históricos. Mas, felizmente, Portugal já tem, bem vincadas, dois tipos de direita.
Faltarão, dirão alguns, e bem, outras Direitas a Portugal. Mas, pelo menos, estas já assinalam o seu campo.
Ao fim de 30 anos afirmaram-se!
CMC
3:50:00 da manhã . - . Página inicial . - . Comentários (0)



domingo, novembro 28, 2004
 
Bébé Proveta
[1.405/2004]
A fábula do bebé

O desnorte assumiu-se de vez nas palavras do Primeiro do executivo.
Dizer que o familiar mais velho da família do PPD, referindo-se ao Professor de Boliqueime, por ter escrito um artigo que só não subscreve quem é incompetente, passa pelo bebé (o Governo), que foi colocado na incubadora (pelo Presidente? - tentativa desesperada de colar o inquilino do Palácio Rosa de Belém à desastrosa coordenação política), e trata indecentemente o bebé é a resposta mais desastrada que se pode dar ao artigo ontem publicado.
Por mais que queira, o Professor de Boliqueime, para respirar politicamente, não depende das bombas de oxigénio (televisivas) a que o líder do PPD recorre com inúmera frequência para se pretender afirmar com credibilidade. Credibilidade que decresce a olhos vistos.
Finalmente, o mais disparatado de tudo, é a analogia com o bebé. Então o Governo não é de continuidade? Que contradição!
A queda é iminente.
CMC
9:50:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 
[1.404/2004]
A seguir com atenção a reacção do CDS

... e quanto mais a parte laranja do executivo se desmorona, mais forte fica o lado azul/amarelo.
CMC
7:51:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 
[1.403/2004]
Tese da cabala

Se o novo líder do PCP tivesse um comportamento político semelhante ao líder do executivo, a esta hora já estaria a reclamar, aos pulos, junto das câmaras de televisão, a cabala que foi montada, com a renúncia premeditada do Ministro para este domingo, só para afastar a atenção dos telespectadores do Congresso comunista.
CMC
7:25:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 
Pasteis de Belém[1.402/2004]
Pastel desreabilitado

Assim nem dá para uma boa anedota. Então, quatro dias depois de tomar posse o senhor Ministro demite-se. Motivos? Questões de lealdade, que devem de ter existido até ontem. Hoje não existem.
Afinal, acabo por assinalar que estava correcto no texto [1394]. DVDFaltava um Secretário de Estado da Reabilitação, apesar de o Roncinante referir no Jumento que tal personagem não era necessária. Até certo ponto concordo com a perspectiva apresentada pelo escriba do Jumento. Não era necessário um, mas dois Secretários de Estado: o da Reabilitação e o Adjunto da Reabilitação (os Adjuntos dos Adjuntos são sempre convenientes, não sei para quê, mas devem ter alguma utilidade - a perceber).
96 horas passadas depois da nomeação, já não há reabilitação possível!
Sai mais um pastel de São Bento para Belém, que já deve estar empastelado, ainda por cima não há, no momento presente, quem possa ajudar na reabilitação. Sempre tinha sentido, a pasta da Reabilitação. Pena que nada tenha reabilitado, pois essa era a sua função.
Para acompanhar o pastel, nada como ver um DVD.
CMC
4:30:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 
Lenine
[1.401/2004]
Leninismo-Cunhalismo operário

A numenklatura escolhera o sucessor e o novo líder apresentou-se ao Congresso perante a esmagadora maioria dos militantes escolhidos pelo centralismo democrático da Soeiro Pereira Gomes. Por isso, os resultados retumbantes, por voto electrónico, não são surpresa para ninguém. Aliás, a votação seria a mesma caso a votação fosse pelo método tradicional de voto por braço no ar.
Delegados escolhidos , lista única, que outro resultado poderia suceder que não uma votação de La Palisse?
Tive oportunidade de ver o discurso do novo líder, que motivou, e muito, refira-se, os militantes comunistas que enchiam o pavilhão de Almada. Com palavras de cartilha, os aplausos vibravam sempre que o novo líder acentuava os termos mais consagrados nos idos de 1917. A luta de classes, o combate ao capitalismo, a defesa dos operários. Em suma, um discurso consistente e concomitantemente desfasado no tempo.
Das últimas décadas, os tempos actuais são os que mais favorecem os ideais comunistas, muito por causa da decadência do modelo neoliberal. O terreno social (leia-se eleitoral) é abonatório para os ideais comunistas prosperarem. Mas, o comunismo não tem aproveitado este terreno, extremamente aproveitado pela social-democracia. Isto porque, o descontentamento social das classes médias e baixas já não se revê, em grande parte, nas lógicas políticas apresentadas pelo comunismo, que assume uma visão anacrónica da sociedade.
O mundo mudou e com ele, as doutrinas políticas também.
Se a social-democracia atravessa, desde os princípios da década de 90 do passado século, dilemas doutrinários, como por exemplo: qual a posição do Estado na sociedade? Dilema, ao qual, muita das vezes responde, quando exercendo o poder, com políticas que facilmente bem se podem conotar de direita; já que a social-democracia ainda não encontrou uma resposta ao dilema principal, na óptica do cidadão enquanto membro activo na sociedade: entre o colectivismo que tende a anular o indivíduo e o individualismo que tende a enfraquecer o colectivo.Congresso PCP
Ora, para o comunismo, nestes pontos cruciais, a resposta é sempre a mesma. Inflexível. O colectivo jamais é colocado em causa e jamais o individualismo prevalecerá. Por isso, o cânone leninista impõe a força do colectivo, do qual sobressai, numa primeira fase da conquista do poder, um grupo restrito desse colectivo para liderar a ofensiva que tomará o poder.
Só que nas sociedades actuais, os descontentes, que são muitos, já não se encontram e agrupam em massa. Reinvindicam o seu lugar ao Sol. Mas não deixam de ser muitas parcelas, de poucas pessoas, que, quando juntos, aí sim, formam um grande colectivo. O comunismo não conseguiu dar resposta a esta nova realidade, por que impõe, como ponto fulcral, a submissão do individual ao colectivo, sem qualquer ced~encia.
O PCP tem um pequeno grupo interno que escolheu o novo líder, mas não conquista e com este modelo não conseguirá cativar as intenções dos milhares de descontentes que podiam dar força política às posições e ideais comunistas. Porquê? Porque, de certa forma, o PCP deixou de querer almejar o poder. Prefere enquistar-se nos eleitores fiéis. Não arrisca. Prefere ter um pássaro na mão do que dois a voar. Só que ilude-se a si próprio, por que o pássaro que tem na mão não voa. E, em certa medida, não segue o ensinamento de Lenine: "aprender, aprender sempre", ou seja, aprender com a realidade para a melhor compreender e a ela saber dar respostas à sua altura. Se o PCP quisesse aprender, há muito que a estrutura interna e a relação externa tinha mudado.
Assim, apresentando-se como grandes revolucionários, os principais dirigentes do PCP, mais parecem os dirigentes da URSS nas décadas de 60 e 70. Conservadores natos. Com uma diferença, os tais dirigentes soviéticos estavam, na altura, no poder para durar. O PCP, hoje, está na oposição e a definhar.
Fica a linguagem leninista, com bênção cunhalista, nesta versão operária, que no próximo ano conhecerá mais um duro abanão, quando a grande fonte de vitalidade do PCP, o poder local, decrescer.
É pena. O Partido Comunista Português é um grande partido deste país.
CMC
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[1.400/2004]
Eleições por essa Europa fora

Em França, como previsto, Sarkozy venceu as eleições no UMP, no passado fim-de-semana, para desgosto de Monsieur Jacques. O futuro ex-Ministro, assim foi estabelecido o acordo entre o Presidente - caso Sarko assumisse a liderança do partido teria de abandonar o Governo liderado pelo empregado de Monsieur Jacques, torna-se no candidato da direita às presidenciais francesas de 2007 e no grande favorito a suceder a Monsieur Jacques no Palácio do Eliseu, visto que a esquerda socialista está dividida e sem candidato, por enquanto.França
Na próxima quarta-feira os socialistas referendam internamente a posição que assumirão durante a campanha do Tratado da Constituição Europeia. Com a provável vitória do "sim", descarta-se um candidato socialista apoiante do "não" (por mero interesse partidário), Lauren Fabius, que pretende ser o rosto dos socialistas nas presidenciais de 2007.
RoméniaNa Roménia, hoje é dia de eleições. Uma surpresa pode surgir com a extrema-direita romena a mostrar o quanto vale nas urnas. Provavelmente mais de um décimo e há uma possibilidade, caso os sociais-democratas não vençam, a extrema-direita pode vir a integrar o futuro executivo romeno.
Finalmente, na ultimamente tão badalada Ucrânia, parece que se chegou a um bom porto. Repetição do acto eleitoral. Veremos o que acontecerá dia 12 de Dezembro.
CMC
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sábado, novembro 27, 2004
 
Boliqueime
[1.399/2004]
Grito aos Políticos para que afastem os políticos

O Professor de Boliqueime publica hoje um artigo num jornal com o qual estou inteiramente de acordo.
A qualidade dos políticos portugueses, de todos os quadrantes, baixou drasticamente nos últimos anos.
Actualmente, a intervenção dos líderes políticos faz-se para o ecrã. O discurso político, quase sempre superficial e sem visão estratégica, vive e depende da efemeridade das luzes televisivas. Anunciam-se umas parangonas, bem ensaiadas, para ficar e cair bem no ouvido das pessoas. Tanto à direita como à esquerda.
Tudo vale para aparecer na televisão, mesmo quando nada se diz. A lógica está mais do que imposta: apareces no ecrã - mesmo que nada digas - continuas a contar; não apareces, desapareces politicamente.
O distinto académico lança um "grito" aos políticos de qualidade para (re)aparecerem nos partidos. Como ele tão bem sabe e conhece, e assinala no artigo que assina, a qualidade dos políticos nacionais decresceu. Por isso, os políticos de qualidade escasseiam e os da praça não têm a mínima vontade de surgir. Custa-lhes fazer política num partido político, pois sabem que se confrontam com uma organização minada pelo seguidismo acéfalo, onde a crítica não existe e quando surge é alvo de afastamento por parte dos que não apreciam outras alternativas que não as decretadas.
Só se pensa em alcançar o poder, para nele permanecer e usufruir de todas as suas regalias, mesmo sem projecto, rumo ou até mesmo ideias, o que é cada vez mais frequente.
Todavia, o repto faz sentido, a todos aqueles que, militantes partidários, não se reconhecem minimamente na política vigente. E que não baixem os braços, nesta peleja que visa o aprofundamento da democracia interna partidária.
Caso contrário, a mediocridade política-partidária reinante acabará, finalmente, por prevalecer e, quem paga a factura de tanta mediocridade, é o país, desgovernado, como se sente, por tanta incompetência.
A exigência política deve elevar-se, já que a actualidade é tão condescendente para os políticos ineptos. Por isso, Portugal está como está. No primeiro lugar dos últimos.
CMC
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Ampulheta
[1.398/2004]
O somatório de governantes

Na entrevista cedida ao canal estatal, o senhor que se senta e dorme nas traseiras da Assembleia da República disse que o CDS, se concorrer sozinho, terá um resultado à altura da sua história. Só falta perceber qual história eleitoral a que o senhor se refere, se o resultado histórico alcançado em 1975 ou 1991, por exemplo. Não se sabe, não se percebe... como quase tudo o que diz, quer ou pretende.
O conclave de Barcelos foi claro, o suficiente, para o CDS perceber que coligação pré-eleitoral, nem a ver. Por isso, nesta semana, os dois primeiros responsáveis políticos do Largo do Caldas anunciaram que o seu partido irá concorrer sozinho e está a preparar-se para tal corrida a solo.
Em suma, fica claro, desde já, que o executivo é uma soma de ministros dos dois partidos, em que cada um faz, ou tenta fazer, o que pode, sabe e quer; excepção feita aos do CDS, que agirão em bloco, realçando as suas políticas, como declarou, no passado fim-de-semana o líder.
Será que este somatório aparentemente coligado aguentará até 2006? As brechas estão excessivamente abertas que à mínima corrente de ar a Convergência Democrática fina-se de vez.
CMC
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sexta-feira, novembro 26, 2004
 
[1.397/2004]
Olha que dois.
CMC
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[1.396/2004]
Braço-de-ferro ucraniano

A comunidade internacional há muito tempo que tinha os olhos postos nas eleições presidenciais ucranianas e penso que nunca acreditou na possibilidade de vitória do candidato pró-ocidente.
Agora, que os ocidentais perceberam que a Ucrânia pode estar a um passo de saltar da esfera de influência da Rússia, a UE mobilizou-se para não perder esta ínfima oportunidade de se aproximar do maior gigante da ex-URSS, com a excepção da Rússia. Todavia, a diplomacia UE continua a fazer figura de cerimónia. O senhor PESC (que pouco pescou até hoje) anda de um lado para o outro, apresentando mais resultados nas fotografias do que no concreto.
Não deixa, por outro lado, de ser curioso, que o Estado que se prepara para mediar a disputa eleitoral ucraniana é a historicamente hiper-fustigada Polónia, que sempre se encontrou na encruzilhada dos impérios germânico e russo, ora sendo conquistada por um, ora derrubada por outro.
A Polónia afirma-se como uma grande potência no contexto europeu e mundial, fruto da sua posição geoestratégica e do seu maior aliado, os E.U.A.
A presença do Presidente Kwasniewsky na mediação do conflito é determinante, sobretudo por que a Polónia está estreitamente ligada à parte ocidental ucraniana, maioritariamente pró-ocidente. A presença do antigo Presidente, e ícone da transição do comunismo para a democracia, Lech Valesa, parece-me mais despropositada, isto porque, se quer ser mediador, por mais que o seu coração palpite para os pró-ocidentais, o antigo chefe do sindicato Solidariedade, não devia ter aparecido em comícios ao lado de um dos candidatos. A sua posição está fragilizada nesta mediação.
Mas, o braço-de-ferro mais interessante de seguir é o que se trava nos bastidores entre a Rússia e os E.U.A. E, aqui, a Administração norte-americana não poderia ter melhor personalidade para disputar com os russos esta peleja diplomática que a senhora Condi.
Conhecedora profunda do que foi o império soviético e da realidade dos Estados da ex-URSS, os E.U.A. têm alguém mais do que habilitado para poder bater os russos. Só que há um grande problema, a Ucrânia está pegada à Rússia e quem joga em casa são os russos, não os norte-americanos.
Veremos como se desenvolverão os acontecimentos, neste respigar de clima de guerra-fria, onde o mais interessante, neste contexto, é que nunca um Presidente russo e norte-americano estiveram politicamente tão próximos, como estão os actuais.
Importa, posteriormente à solução das presidenciais ucranianas, observar os efeitos secundários da contenda ucraniana nos países vizinhos e observar, com particular atenção, o rumo político da Moldávia. Estado dividido entre ocidentais, pró-romenos (a Roménia entra na UE em 2007, pormenor relevante), e pró-russos, via Ucrânia.
CMC
5:48:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 


[1.395/2004]
Fernando Valle

Desaparece, aos 104 anos, uma referência da Democracia portuguesa.
Sempre preferiu a humildade da vida às fortunas do poder.
CMC & LNT
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[1.394/2004]
Remodelação incompleta

Falta nomear um Secretário de Estado para a Reabilitação.
Onde é que ele/ela pára?
CMC
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[1.393/2004]
As permanentes escorregadelas em que Lisboa anda há três anos

A bela cidade de Lisboa recebeu esta semana duas notícias. Qual delas a mais cativante?
Primeiro, o edil anunciou a colocação da Feira Popular no Jardim do Tabaco. Depois, o Supremo Tribunal Administrativo deu luz verde à autarquia para retomar os trabalhos do famigerado túnel.
Quanto à deslocação da Feira, é caso para dizer: ver para querer. Todavia, será a zona do Jardim do Tabaco a que reúne melhores condições para acolher aquele espaço de diversões? Não creio que a zona seja a melhor.
O número um da autarquia disse que em Junho de 2005 a Feira Popular abrirá as portas. Bem, também o Parque Mayer abria as portas, com um espaço renovado, oito meses após a tomada de posse do vencedor das autárquicas de 2001. Ou seja, em Agosto de 2002. Até hoje, 26 de Novembro de 2004, o Parque Mayer continua como está. Verbas afectas ao projecto do Parque Mayer já saíram, de facto, dos cofres da autarquia, mais de um milhão de contos. Mas só para pagar ao reputado arquitecto canadiano.
Dou uma sugestão aos responsáveis municipais: já que se pensou colocar o casino, agora a Feira Popular, por que não transferir o Parque Mayer para o Jardim do Tabaco? Ao fim e ao cabo, sempre que se procura uma zona em Lisboa para instalar qualquer coisa, o Jardim do Tabaco é o local continuamente anunciado para acolher um novo espaço.Parque Mayer
Quanto ao túnel, respeito a decisão do Tribunal, mas não deixo de continuar a considerar o atentado que se está a perpetrar na cidade. Num momento em que o apelo, em qualquer metrópole europeia, é feito no sentido de não atrair mais carros para o centro da cidade, a passagem subterrânea vem, precisamente, apelar o contrário. A congruência do actual governo alfacinha é lamentável.
Depois, não se pode esquecer, naturalmente, as questões de impacto ambiental - parece que pouco importam; o acentuado desnivelamento do túnel, 9% em certas zonas, quando o máximo recomendado a nível europeu é de 3% e que este desnivelamento terá de ser cumprido a partir de 2009, por imposição comunitária; os poucos centímetros que distam do túnel em construção do túnel do metropolitano; e, a relação, ou não, ainda está por apurar, do encerramento do túnel do Rossio com as obras que entretanto foram efectuadas no desventurado túnel que desemboca na rotunda do Marquês.
Lisboa livrou-se do impulsor do mar de cartazes que prometia mundos e fundos. Infelizmente, o país está a pagar essa factura, da capital já não ter as promessas afixadas nos painéis publicitários que nunca foram cumpridas. A capital precisa de mudar de desígnios. Basta destes anos de tanta escorregadela.
CMC
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quinta-feira, novembro 25, 2004
 
Bandeira Turquia
[1.392/2004]
Turquia

A delegação portuguesa do Grupo Socialista no Parlamento Europeu convida para participar no colóquio A Adesão da Turquia à União Europeia, que se irá realizar amanhã, dia 26, pelas 15:30 horas no auditório do Jean Monnet, Largo Jean Monnet,1-10º piso, Lisboa.
Participam Zergun Koruturk (Embaixadora da Turquia em Portugal), Selahattin Demirtas (Presidente da Federação dos Direitos Humanos da Turquia), António Vitorino e Nuno Severiano Teixeira.
LNT
3:23:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 

Pasteis de Belém[1.391/2004]
Estou preocupado. É da vida!

Saiam mais meia-dúzia de Pasteis de Belém para o mesa do canto!
LNT
1:49:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 
Shamba Bolongongo
[1.390/2004]
Referendos

Nem toda a gente tem a sorte do "contraditório" que tenho tido. Contraditório de alta qualidade para os lados do Índico. A Shamba de José Flávio Pimentel Teixeira não me deixa por o pé em ramo verde, não vá espantar a caça grossa e os javalis dêem cabo do cultivo na terra fértil.
O conceito de democracia que JPT tem, não é muito diferente do meu mas, embora em campos políticos que teoricamente não andam também muito distanciados, o Socialismo-democrático (à la PS) e o dele, a Social-democracia (à la PPD) (nestes "à la" é que residem as diferenças substantivas), as discordâncias de conceito fazem-se sentir. O esclarecimento "a priori" é o de que, aquilo que escrevo no Tugir em português, é a voz do meu pensar e não veicula o sentir ou a ciência política do Partido Socialista. É assim mesmo o PS: Uma organização de cidadãos-livres que pensam pela sua cabeça. Nem sempre estamos de acordo e um Blog pessoal não é o manual de ciência. Reflecte o pensamento pessoal e é uma janela aberta para o debate. Nada de muito sofisticado.
Quando resolvi escrever o Post [1.385] sabia que alguém me viria puxar as orelhas. À falta de um correligionário veio o contraditório e vamos a isto que se faz tarde:
Comentou da sua Shamba, JPT:
Muito complicado este Post. Sim, nunca existiu um verdadeiro debate sobre a integração europeia. Sim, isso é uma atitude política. Sim, a pergunta é estapafúrdia (eu acho-a desonesta, corolário do sistema partidário que temos). Mas...
Nunca, a ideia de que "a democracia é cara", que o corolário do seu lamento pela despesa do referendo.
Isso do que se gaste o dinheiro noutras coisas mais necessárias e urgentes, francamente!

Falando baixinho:
A "democracia é cara", caro JPT. Sabe-o tão bem como eu. Mas estou disposto, penso que a maioria dos portugueses também o está, a pagar esse luxo. O que a democracia, esta ou outra qualquer no Mundo não precisa é de ser esbanjadora, para mais num País carenciado. É este o meu lamento, não o da carestia do regime.
Falando da sua Shamba:
E, se não concorda com o referendo, o que é muito legítimo, como aceitar que as grandes questões sejam decididas pelos órgãos eleitos, representativas, e as pequenas, locais vão a referendo. Oh LNT, então Juntas de Freguesia e Câmaras não são órgãos eleitos e representativos, não apresentaram aos eleitores programas?
Falando baixinho:
É verdade que, retirando os casos em que seja necessário decidir algo que não tenha sido abordado nos programas eleitorais, não concordo com o Referendo a nível nacional.
É claro que entendo isso como um desperdício de tempo, de dinheiro e como uma inutilidade pseudo-democrática. Quando voto para os órgãos nacionais, delego poderes para que, em meu nome, se dê execução ao programa que sufrago. Preciso de debater o que é proposto, não preciso de o referendar. Já o fiz anteriormente.
Quanto ao poder local a coisa muda de figura. Chamo a isso o envolvimento cívico e a participação de cidadania naquilo que nos é próximo. Não tenho de referendar o Túnel das Amoreiras, porque faz parte do programa eleitoral da vereação municipal que ganhou as eleições. Tenho de referendar o alargamento do passeio em frente de minha casa, porque isso reflecte-se directamente na minha vida e nunca deleguei o poder a ninguém para o fazer.
Estamos a simplificar, claro, (porque estamos a Blogar) mas a ideia é essa mesma. Cidadania, envolvimento e participação.
Falando da sua Shamba:
- Vai aqui uma grande confusão, e é com respeito e apreço, V. sabe-o, que o associo a um dia de demagogite, essa do dinheiro em vez de ser para o referendo ir para projectos...
Falando baixinho:
Talvez um pouco de demagogia, é verdade. Se o dinheiro não for aplicado nestas coisas será gasto em carros de grandes cilindradas para os nossos governantes, ainda assim, não conseguirem chegar a tempo das suas próprias tomadas de posse. Mas essa demagogia é a base da esperança que ainda alimento de um dia vir a assistir à utilização da parcela que me retiram do vencimento ser utilizada em coisas úteis. Quando perder essa esperança, das duas uma: Ou deixo de pagar impostos, ou deixo de trabalhar.
Falando da sua Shamba:
Eu continuo na minha, onde está o meu direito (ou dever, lembra-se?) a votar? Somos nós emigrantes, cidadãos de segunda? Isso não interessa nada, eu sei, somos só umas centenas de milhares. Ou mesmo milhãozito. Uma vergonhaça mais nesse País.
Falando baixinho e sem contraditório:
Também acho, JPT. Também acho!
LNT
Imagem: A estátua-retrato do rei Shamba Bolongongo, dos Bakubas, que teria reinado entre 1600 e 1620 d.C., representando-o sentado e tendo à sua frente um tabuleiro de Mancala, é possivelmente a mais antiga escultura de madeira da África Negra que se conhece. Pode ser apreciada no British Museum em Londres.
Continue a ler
aqui
Nota: Sabia que
Shamba também quer dizer Sábado em Afegão, Curdo e Urdu?
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T6G
[1.389/2004]
25/11

Uma saudação especial de 25 de Novembro ao General Conceição e Silva que comandava a BA7 nos meus tempos de aviador.
LNT
1:29:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 
Telles Gama[1.388/2004]
25 de Novembro

Uns defendem a necessidade de um novo 25 de Abril em Portugal. Outros, muito poucos, apontam o 25 de Novembro como o marco mais importante, até do que o dia dos Cravos, da nossa história contemporânea. Por isso, ainda surgem alguns defensores de um novo, noutro contexto naturalmente, 25 de Novembro.
Hoje, 25 de Novembro de 2004, Portugal regressa ao tema forte, à novela, do ano 2003.
Hoje, 25 de Novembro de 2004, dia após uma remodelação "imprevista", pelos vistos nem alguns governantes, sitiados no norte do país, sabiam que tinham de vir a Lisboa para rubricar um novo compromisso.
Hoje, 25 de Novembro de 2004, Portugal continua na mesma cauda da UE/15. E, a ser ultrapassado, para já, por dois novos Estados-membros que aderiram em Maio último à União.
Em suma, hoje, 25 de Novembro de 2004, Portugal continua quase na mesma senda de há (anos?, décadas?, séculos?)...
Faz-se de conta que se é país sério, quando a reinação continua em vigor. O caso até podia ter a sua piada. Mas não tem de todo.
Pena, que muitos de nós, cidadãos, somos actores, não convidados, mas obrigados a estar, nesta paródia, em que a incompetência continua a predominar.
25 de Novembro? Venha o 26... que a cassete repete-se... Até quando?
Há dias em que a ditosa Pátria nos custa viver e respirar.
CMC
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quarta-feira, novembro 24, 2004
 
Tempo[1.387/2004]
Dúvida(s)

Quanto tempo falta para a próxima dança de cadeiras?
O que vai fazer o novo Adjunto?
Quanto tempo falta para Belém deixar de embuchar tantos pastéis?
E, o que faz propriamente um Ministro da Reabilitação? Reabilitar o quê? O executivo? (Logo aquele senhor?!Enfim...)
CMC
9:15:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 

[1.386/2004]
Caro Paulo,

Naturalmente que a NATO não podia chegar à porta da Ucrânia, tocar à campainha e depois perguntar ao guardião da Presidência, fiel devoto de Moscovo, se queria aderir à aliança do antigo inimigo do Pacto de Varsóvia. Até porque, para afronte da Rússia, a NATO preferiu entrar, com pés de cordeiro, que Moscovo sentiu como de elefante, nos Estados Bálticos.
Não nos podemos esquecer, por outro lado, do armamento militar que a Ucrânia herdou da URSS.
Naturalmente que os russos não são parvos e percebem que todos os palmos de terra contam neste globo. Certamente ainda ouviremos falar muito do enclave de Kalininegrado, quando as tensões entre o oeste e o leste surgirem.
Esperar, pouco mais de uma década depois da queda da URSS, que um Estado como a Ucrânia pudesse aderir à NATO, seria excesso de audácia por parte dos Estados da Aliança Atlântica. Sobretudo quando, após a queda da URSS se formou a CEI. Tendo o Ocidente a perfeita noção de que a esfera de influência de Moscovo, nos Estados mais a ocidente, passaria, inevitavelmente, pela Bielorússia e pela Ucrânia. Não é por acaso que um ex-Primeiro-Ministro russo, da era de Yeltsin, Viktor Tchernormirdin, é embaixador russo em Kiev.
Se o acordo entre Moscovo e Minsk, para aproximar, ainda mais, os dois países, nomeadamente com a existência de uma só moeda - o rublo, em 2005, já está acertado, é perceptível que este pacto, económico e financeiro, venha a ser alargado à Ucrânia, como devem querer os russos. Agora, a ver vamos se tal será possível. Tudo depende do desfecho destas eleições.
Em suma, caro Paulo, o Ocidente nunca abdicou da Ucrânia, a Rússia é que permaneceu no berço da sua nacionalidade - a Ucrânia.
CMC
3:04:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 
Telles Gama
[1.385/2004]
The Question (to be or not to be)

Tanto tempo se perde na discussão do sexo dos anjos para justificar a masturbatória consulta e o vexame da futura imensa abstenção no referendo inútil que aí vem.
A questão da pergunta, ou Trigunta como diz Paulo Gorjão (que já vai em 12 Posts sobre o assunto), é tão falsa como a do argumento que se quis impor para conseguir mais uma Revisão desnecessária da Constituição.
O referendo sobre esta matéria, que custa uma fortuna aos cofres do Estado, é um esbanjamento incrível para não obter coisa alguma. Teria sido mais útil debater sobre a necessidade de a promover em tempo útil pois, o facto de a pergunta estar mal concebida ou ser ridiculamente complicada nada implicará no absoluto desinteresse que esta ou outra formulação sobre o mesmo assunto, revelará no seu escrutínio.
Ninguém, tirando os do costume, está interessado em opinar, pelo simples facto de o fazer. Muito menos os desempregados que todos os dias aumentam em número, os estudantes que continuam com professores por colocar, os professores que continuam a aguardar colocação, as castas superiores que continuam a fazer evasão fiscal nas barbas dos fiscais, os doentes que continuam por operar, a classe média que continua a endividar-se e que começa a não poder liquidar as prestações bancárias dos empréstimos para a habitação, os pescadores que não podem sair para o mar, os prevaricadores dos calotes imensos que todos os dias são dados aos consumidores, os poluidores dos recursos fundamentais ou os patos bravos que desfeiam tudo em que tocam.
Discute-se a inutilidade absoluta para se saber se aquilo que nos é imposto é, ou não, do nosso agrado, quando ninguém esteve interessado em saber se queríamos, ou não, pertencer a esta Comunidade.
Seja qual for a formulação de questão, seja ela constitucional, ou não, seja complicada ou simples, a abstenção será reveladora da razão de quem tem problemas básicos por resolver.
Escusam de arranjar pretextos. Os cidadãos irão explicar, uma vez mais, que a questão referendária em Portugal não tem tradição e que abdicam dela. Já o fizeram na Regionalização, na IVG e agora repetirão nesta absurda consulta.
Se não sabem o que fazer ao dinheiro, arranjem gente com criatividade suficiente para desenvolver projectos de futuro, ou baixem os impostos a quem trabalha. As eleições para os Órgãos de Soberania são suficientes para garantir a democracia. Se querem mais participação cívica dos cidadãos apoiem e desenvolvam os movimentos cívicos.
Não esbanjem o dinheiro que lhes entregamos para governar este País em futilidades absurdas, depois de já terem decidido tudo. Serão necessários tantos gastos e tanto incómodo para ficarem com a consciência tranquila?
LNT
1:06:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 
Ampulheta
[1.384/2004]
A areia cai e a ampulheta afunda-se

A primeira parte da entrevista que o coordenador do executivo cedeu ao canal estatal foi um espelho da actualidade nacional. Tudo gira em volta da mediatização e de quem tem mais ou menos protagonismo no mundo mediático. Cerca de trinta minutos a falar das relações do executivo com a comunicação social.
O sentimento não assumido, até foi rejeitado, da perseguição é cada vez mais patente e como esse é um dos sinais de maior desgaste deste executivo (parte laranja, entenda-se; por que a parte azul e amarela tem um comandante que sabe que neste território não se trava uma batalha contra, mas sim com).
Curiosa a precisão de minutos, 15, em que se lêem todos, sublinhe-se: todos, os jornais. Tendo afirmado que lia mais jornais e dava mais importância do que o Professor de Boliqueime. Salvo erro, na época em que o distinto algarvio confidenciou os minutos que concedia à leitura de jornais, ele só dava 10 minutos. Há uma grande diferença. Não haja dúvidas. Será que aprendeu a ler na diagonal com o ex-pregador dominical?
A frase da noite acabou por ser, como seria inevitável, nós (executivo) vamos ficar mais bem vistos aos olhos dos portugueses quando começarmos a subir nas sondagens. Francamente! Há tiros nos pés que são muito bem evitados.
Ainda há dias disse que as sondagens lhe diziam pouco e agora, está à espera de subir nas ditas cujas. Por este andar, com a música que tem dado, o grupo que rege Portugal sujeita-se a ser a banda do Titanic. A banda regente tem uma ligeira diferença em relação à banda do transatlântico, na banda regente há quatro pessoas que deixam os seus instrumentos quando a água começar a roçar o joelho. Até lá, enquanto a água trepar, é a solidariedade e o compromisso de honra, que obrigam à permanência, depois, salve-se quem puder.
CMC
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terça-feira, novembro 23, 2004
 
Ucrânia[1.383/2004]
Um país dividido

Depois de se conhecerem os resultados eleitorais das últimas presidenciais norte-americanas, foram muitos os que, não querendo ver os números reais de votantes, afirmaram que a terra do Tio Sam estava dividida. Existindo uma nítida divisão, ou melhor, adoptando uma terminologia de um teórico escandinavo, a clivagem nos E.U.A. era notória entre o urbano e o rural.
Agora sim, temos de facto a divisão de um país - a Ucrânia, em relação à enganosa divisão dos E.U.A., muito por causa do sistema eleitoral norte-americano. Na Ucrânia, a clivagem é de outra ordem, por um lado pró-ocidente e, por outro, pró-Rússia.
Os resultados oficiais dão a vitória ao candidato preferido de Moscovo, por uma escassa margem, cerca de 800 mil votos, em trinta milhões de votantes.
Os apoiantes e o candidato pró-ocidente consideram que houve fraude eleitoral e, até agora, só a delegação de membros da CEI (Comunidade de Estados Independentes - países da ex-URSS) considera o resultado válido, assim como Moscovo, que foi a única capital, por enquanto, a saudar o candidato vitorioso.
Milhares de ucranianos saíram para rua protestar e volta a ecoar, desta feita em Kiev, as ondas da "revolução de veludo" (esperemos, que a acontecer, seja mesmo à imagem da Checoslováquia, com uma mudança sem derramamento de sangue), que já se manifestaram, e com sucesso, na Jugoslávia, com a queda de Milosevic, e na Geórgia, com a queda de Chevarnadze.
Todavia, da personagem que ainda hoje ocupa o cargo de Presidente da República, o tavarich Kuchma, não é de admirar que tal personalidade ordene às forças policiais e militares para limparem o que consideram uns extremistas, milhares, que estão na rua a protestar contra a fraude eleitoral.
Pudor e força não faltam ao actual Presidente ucraniano. Se o conflito se agudizar, bem podemos estar perante uma guerra civil de consequências imprevisíveis e onde as gotas de sangue se podem transformar em mares vermelhos.
É fundamental agir com prudência, não podendo a comunidade internacional hostilizar Moscovo que, goste-se ou não, tem um papel crucial no desfecho desta contenda.
Veremos quem triunfará, neste período politicamente quente a leste, onde o frio já se abate sobre as populações.
CMC
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Macacos
[1.382/2004]
Fechem a porta

Gostei de ouvir o meu ex-camarada Almerindo Marques dizer ontem na Comissão Parlamentar que só prestaria declarações mais detalhadas se a audição fosse feita à porta fechada.
Achei graça que um cidadão chamado a depor numa Comissão parlamentar definisse as regras como quer ser ouvido.
Decididamente estamos num País subdesenvolvido com tradições democráticas ténues e com Órgãos de Soberania desprovidos de qualquer tipo de credibilidade e de dignidade.
Se nos Estados Unidos, tão criticados em funcionamento democrático, um cidadão tivesse tido aquele comportamento teria saído da sala algemado. Em Portugal não. O Presidente da Comissão fez o que o auditado lhe ordenou.
Ainda chegaremos ao ponto de ver um réu mandar prender o Juiz.
Os cidadãos só podem ser livremente informados se estivermos a falar do pai que mata a filha, ou da filha que mata o pai. Tudo o resto é classificado e para ser tratado entre "eles".
LNT
1:16:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 
Vladimir[1.381/2004]
Caro Carlosv Castroscka

Escrevo-te esta missiva só para informar que o teu amigo Vladimir está a chegar às Amoreiras. O Dom Pedro parece um bunker com brigadas especiais por todo o lado, em azáfama de revistas e armados até aos dentes. Quem se não sente muito seguro, sou eu. Preferia estar no Bazaruto a apanhar Sol bem longe destas movimentações.
O Czar de todas as Rússias vai ficar bem instalado, embora não tenham ainda sido divulgadas as ementas. Consta que irá até à Quinta das Celebridades para uma refeição vegetariana composta de alfarroba, boleta e repolho, servida a preceito pelas Cinhas, White Castels e quejandos, antecedido por uma promenade montada na jumenta Júlia e uma cavalgada valquiriana na porca Camila enquanto o porn star Frota fará as honras de pivot.
Parece que o protocolo de Estado já está em campo para garantir um repasto presidido pelo ex-Edil que, assim e de uma só penada, conseguirá recolher imagens com Vladimir para uso na próxima campanha eleitoral e matar saudades da sua ex-parceira veneranda de Salazar.
A loira das Nutícias fará de Santanette à sobremesa.
De fontes geralmente bem informadas soubemos também que na charca da quinta o Marujo Chefe vai fazer o lançamento simbólico de uma réplica teleguiada do submarino que encomendou para a Armada e tomará banho na banheira-caldeirão onde será escanhoado a preceito pelo gigante brasileiro.
Vladimir utilizará uma amostra que Bush lhe emprestou para a pesca de esturjão da charca, espécie biologicamente desenvolvida pelo Ministério da Ciência, uma vez que os chernes não se dão em águas tranquilas.
Esta visita de Estado servirá os objectivos traçados pelo Governo de aumentar a exportação de serviços nacionais, depois da TVI já ter iniciado esse serviço com a exportação anterior do comentador dominical. Está igualmente previsto que o próximo Conselho de Ministros descentralizado se realize no estábulo da quinta.
Como vês, caro Carlosv Castroscka, isto de trabalhar nas Amoreiras tem muito que se lhe diga. As coisas que por aqui sabemos e vemos são do mais profundo. Aguardam-se as sirenes que anunciarão a chegada do Czar.
A segurança está a postos e o protocolo da internacional rosa em grande agitação.
LNT
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Putin Bush Andes

[1.380/2004]
Devia acreditar mais
nas certezas do Pai Natal russo

Escrevi o texto que se segue há sensivelmente 24 horas. Passavam poucos minutos das três da manhã de segunda. Não o coloquei na altura por que não consegui. Optei por guardar e, depois das poucas e contraditórias notícias que chegavam, decidi não o colocar durante o dia. Mas, pelo sim pelo não, o texto já estava escrito e se a vitória do candidato pró-Moscovo vencesse, colocava-o, caso contrário o texto deitava-se fora, por falta de razoabilidade.
Felizmente não apaguei o texto, por que os sinais vindos de Kiev devem corresponder às palavras que escrevi na passada madrugada...

Eu já devia saber que o czar Vladimir, em matéria de vitórias, não se engana e raramente tem dúvidas, como parece que teve no caso ucraniano.
Mas, como escrevi há umas semanas, ele ganha eleitoralmente em todas as frentes.
De qualquer forma, o Pai Natal russo não se enganou e, numa reviravolta, o seu candidato preferido parece ser o vencedor das eleições presidenciais ucranianas, quando, logo após o encerramento das urnas, tal sinal era contrário.
Devia de acreditar no Pai Natal russo. Pelos vistos, deixei-me iludir pelos trajes dos Andes. Devo ter pensado que o Pai Natal deixava de o ser só por ter mudado de fardamento. Por isso ter manifestado, como ficou bem patente nas dúvidas do texto [1371]. Mas não. O Pai Natal russo jamais poderá deixar os seus irmãos ucranianos à mão de semear da NATO e, porventura, da UE. O império refaz-se e nenhuma das parcelas pode ficar de fora da sua edificação.
Afinal, a companhia do czar, na pose para a câmara fotográfica, é apreciada e por ambos desejada, por isso a sinceridade no aceno e no sorriso das duas personalidades, que são o exemplo político da actualidade. Uma procura para os problemas do planeta muito mais musculada e pouco dada ao emprego da palavra.
Mesmo à distância da Eslávia natal, aparentemente disfarçado, e bem acompanhado (segundo o seu critério de avaliação), o czar Vladimir não deixa os seus créditos vitoriosos por mãos alheias e soma mais uma vitória este ano. Ao todo foram quatro vitórias em quatro eleições presidenciais: a sua - na Rússia, na Bielorrússia, nos E.U.A. e na Ucrânia.
CMC
P.S.- Hoje o czar Vladimir encontra-se em Portugal. O líder executivo nacional deve ter pena da visita não ter sido uma semana antes, pois poderia pedir ao sábio e hábil político russo como se mexe numa grafonola política, sem esta ser colocada em causa. Tendo o bónus de receber uma lição gratuita de como não ser contrariado, no caso nacional, nem pela primeira figura do Estado. Nem sempre se pode ter tudo!
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segunda-feira, novembro 22, 2004
 
Barrot
[1.379/2004]
O estranho caso de Monsieur Barrot

Depois da saga do signori Rocco, desta feita a Comissão presidida por José Manuel Barroso conhece nova aventura, o caso Barrot.
Segundo consta, o Comissário francês foi condenado, há uns anos atrás, a uma pena de prisão por indevido financiamento partidário. Monsieur Barrot só não cumpriu a pena por que Monsieur Jacques amnistiou vários casos, precisamente no ano em que Monsieur Barrot iria conhecer a frieza das grades. Esta história só foi conhecida depois da tomada de posse da Comissão. Estranho, depois do caso dos Comissários indicados pela Itália e Letónia.
Primeiro: sendo o Monsieur Barrot de um país com a dimensão e peso que tem a França, não é estranho que ninguém desse admirável país contestasse a nomeação de Monsieur Barrot, conhecidas as suas menos dignas actividades políticas? Contestação, que me recorde, até houve. Monsieur Jacques foi alvo de criticas pelo facto do Comissário francês tutelar uma pasta (Transportes) com pouco peso, para um Comissário francês quando comparado com as áreas de outros Comissários provenientes dos grandes países da UE como são os casos: britânico (Comércio), alemão (Empresa e Indústria), italiano (Justiça, Liberdade e Segurança) e espanhol (Assuntos Económicos e Monetários). Enfim, a vice-Presidência disfarçou o mal-estar de sectores que contestaram a pasta que Monsieur Barrot vai (ou iria?) tutelar. UE
Segundo: tendo a França um dos maiores grupos de eurodeputados (78 eurodeputados), dos oito grupos (incluindo os Não Inscritos) com acento parlamentar. A França só não tem representação no grupo da União da Europa para as Nações. Nenhum dos deputados franceses, exceptuando, obviamente, os parlamentares do PPE (partido onde tem lugar o partido francês afecto a Monsieur Jacques) levantou objecções ao Comissário durante as audições. Mera cortesia nacional? Não creio. Mesmo não tendo sido questionado por um eurodeputado francês tal informação, do antepassado de Monsieur Barrot, podia ser transmitida a outro deputado do grupo parlamentar, de outra nacionalidade, que confrontaria Monsieur Barrot com a situação em que esteve envolvido há uns anos. Estranha situação, não haja dúvidas. Ainda me recordo, há cinco anos, o Comissário português, António Vitorino, foi questionado na sua audição por um eurodeputado britânico sobre o célebre episódio da sisa.
Terceiro: tendo a França umas das imprensas mais plurais do mundo, por que não levantou nenhum órgão de comunicação social, principalmente os de esquerda, o passado pouco lícito de Monsieur Barrot?
Toda esta história, nesta altura do campeonato, está muito mal contada. Sobretudo após a questão Rocco e a Comissária da Letónia, que foi afastada precisamente pelos mesmo motivos que agora Monsieur Barrot é confrontado, financiamento ilegal do seu partido político letão.
José Manuel Barroso tem tido uma vida difícil desde que chegou a Bruxelas e o mais curioso de tudo é que ele não tem a mínima culpa dos confrontos, legítimos, de diversos parlamentares europeus, sobre a equipa que ele, a partir de hoje coordena, mas não escolheu.
CMC
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Tempo[1.378/2004]
Quase de volta à normalidade

Já não falta tudo para que possa voltar à normalidade de participação neste Blog.
A coisa começa a compor-se e, pelo menos, já tenho acesso ao teclado, ainda que no meio da confusão dos caixotes.
Ainda não é desta que se livram de mim.
Obrigado Carlos pela carga excedente, que ainda poderá durar mais alguns dias. Depois convido-te para jantar (quando passar o cheiro da tinta).
LNT
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Fórum Cidade[1.377/2004]
Eleições Lisboa

Como comentário ao texto [1.363] entendeu Miguel Coelho, Presidente da Comissão Política Concelhia de Lisboa escrever:
"(...) Naturalmente não me vou pronunciar sobre candidatos - depois de tanto ruído, quando o fizer será para anunciar o nome que proporei à Comissão Política - mas sim sobre as coligações.
A minha posição, e também a do secretariado da concelhia, basicamente é a seguinte:
- a situação mais desejável é a que o PS concorra sozinho (o Luís explica bem e eu acrescento a tudo o próprio factor PCP que é desestimulante e caduco, ainda por cima agora com o Jerónimo de Sousa);
- contudo, compete estatutariamente à direcção nacional decidir;
- se a decisão for no sentido da existência de uma coligação, só a julgaremos positivamente se incluir obrigatoriamente o BE que representa um sector muito mais dinâmico do eleitorado jovem e alguma classe média, sendo para nós acessória a presença do PC na mesma. Em qualquer dos casos, com PC ou sem PC, o PS tem de ter, obrigatoriamente uma posição claramente maioritária nesta coligação, em todos os órgãos.
De uma coisa tenho a certeza: só é possível vencer com o PS todo empenhado e afirmado na cidade. Se isso acontecer, com ou sem coligação, ganharemos, e aí, de preferência sozinhos.
A sondagem que encomendámos revela que a maioria das pessoas são contra a coligação e preferem o PS sozinho.(...)"
Fica o esclarecimento e o agradecimento ao Miguel Coelho por ter deixado a sua posição no Tugir em Português.
LNT
10:48:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)



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