quarta-feira, novembro 24, 2004
[1.384/2004]
A areia cai e a ampulheta afunda-se
A primeira parte da entrevista que o coordenador do executivo cedeu ao canal estatal foi um espelho da actualidade nacional. Tudo gira em volta da mediatização e de quem tem mais ou menos protagonismo no mundo mediático. Cerca de trinta minutos a falar das relações do executivo com a comunicação social.
O sentimento não assumido, até foi rejeitado, da perseguição é cada vez mais patente e como esse é um dos sinais de maior desgaste deste executivo (parte laranja, entenda-se; por que a parte azul e amarela tem um comandante que sabe que neste território não se trava uma batalha contra, mas sim com).
Curiosa a precisão de minutos, 15, em que se lêem todos, sublinhe-se: todos, os jornais. Tendo afirmado que lia mais jornais e dava mais importância do que o Professor de Boliqueime. Salvo erro, na época em que o distinto algarvio confidenciou os minutos que concedia à leitura de jornais, ele só dava 10 minutos. Há uma grande diferença. Não haja dúvidas. Será que aprendeu a ler na diagonal com o ex-pregador dominical?
A frase da noite acabou por ser, como seria inevitável, nós (executivo) vamos ficar mais bem vistos aos olhos dos portugueses quando começarmos a subir nas sondagens. Francamente! Há tiros nos pés que são muito bem evitados.
Ainda há dias disse que as sondagens lhe diziam pouco e agora, está à espera de subir nas ditas cujas. Por este andar, com a música que tem dado, o grupo que rege Portugal sujeita-se a ser a banda do Titanic. A banda regente tem uma ligeira diferença em relação à banda do transatlântico, na banda regente há quatro pessoas que deixam os seus instrumentos quando a água começar a roçar o joelho. Até lá, enquanto a água trepar, é a solidariedade e o compromisso de honra, que obrigam à permanência, depois, salve-se quem puder.
CMC
2:52:00 da manhã
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