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quarta-feira, maio 31, 2006
 
Democracia Musculada[0.641/2006]
Democracia Musculada na SOBABA

Ao contrário do que se diz no Post 638 a AG da SOBABA viu-se na impossibilidade de eleger os seus corpos directivos. Os incidentes permanentemente levantados pelo auto-proclamado "The Voice of Tony dos Bifes" inviabilizaram a AG de cumprir a OT constante na convocatória.
Como se não bastasse a prepotência do enbleiresado que, para fomentar a destabilização, encheu a sala de elementos hostis - leia-se a propósito o que se diz no falso comunicado e pasme-se: - "Só não foi possível porque um ex-Ministro, que conseguiu arrasar um ido - e saudoso - Governo, estava próximo das mesas cheias de motivos para serem ouvidas" - foi vulgar ouvir, a cada pedido da palavra a frase da moda:
- Estejam caladinhos, quietinhos e aplaudam!
No intuito de repor a verdade divulga-se o presente comunicado realçando uma vez mais que a direcção da SOBABA decidiu por quase unanimidade manter a comissão instaladora em triunvirato.
Entretanto ficou acordado que na próxima AG conste um ponto na OT para apreciação do processo a ser enviado à comissão de disciplina e penitência relativo às acções provocatórias e persecutórias que têm sido ensaiadas pelo irmão Cê-Eme-Cê.
LNT
Vista geral da AG da SOBABA de hoje. Como se pode comprovar não foi servida qualquer dobradinha.
11:10:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (6)




 
Ministério da Educação[0.640/2006]
A mudança necessária II

Vários Professores tiverem a gentileza de partilhar a sua leitura por causa deste texto relativo à Educação.
Um dos comentários, devido à minha referência ao imobilismo de vários sindicalistas do sector, aventa, ironicamente, o interesse de os sindicatos passarem a ser controlados pela 5 de Outubro.
Ora, nada de mais errado. Primeiro, os sindicatos devem defender os Direitos dos Trabalhadores e não de partidos políticos, estejam eles no poder ou na oposição. Até porque, os sindicatos mais interessados em defender partidos políticos não estão a prestar nenhum serviço ao país, muito menos à classe que deviam defender.
Devo salientar que sou apologista do sindicalismo. Mas reconhecer a importância dos sindicatos é uma coisa, não me identificar com certos sindicalistas é outra. E, nesta área, como no sindicalismo português em geral, vê-se, há vários anos, as mesmas caras, com as mesmas palavras.
A Educação, em qualquer país, não se faz sem a presença e participação activa dos professores. Em Portugal, certos senhores, os mesmos de sempre, por dominarem uma organização sindical, que tem as condições de ser interlocutor com o poder político, não podem surgir com ar angelical, como se eles também não tivessem cota parte da responsabilidade da Educação em Portugal.
Professores, alunos e pais já perceberam, e sentem, que a Educação carece de uma profunda alteração, ajustando o ensino à realidade actual.
Felizmente, há muitos professores interessados na mudança. Mas, não me parece que os mesmos de sempre, alojados nas direcções sindicais, estejam tão entusiasmados com a mudança como os colegas interessados em melhorar o ensino em Portugal.
CMC
10:51:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (4)




 
impressão

[0.639/2006]
As impressões continuam

O El País de hoje apresentava a entrevista realizada há poucos dias pela revista alemã Der Spiegel ao Presidente iraniano.
Como seria de esperar, as declarações do entrevistado, neste momento, já não surpreende ninguém. Continua a duvidar da existência do Holocausto, continua a defender o desaparecimento de Israel. E, nuns momentos refere a História, procurando demonstrar que o actual território de Israel pertence aos palestinianos. Pelos vistos, a parcialidade é gritante, pois esquece-se que o judaísmo tem o seu berço naquela região.
Por outro lado, registo o tom de ameaça feito à Europa, no final da entrevista. O dito cujo considera que o Velho Continente se irá arrepender por ter assumido uma postura contrária à vontade de Teerão de enriquecer urânio.
CMC
10:20:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (2)




 
prato cheio[0.638/2006]
Prato cheio de muito

Que magnífica Assembleia Geral da SOBABA. O Presidente foi reeleito por unanimidade e teve direito a pública aclamação.
Segundo éle-éne-tê, o Presidente da SOBABA representa "a luz que ilumina os (seus) dias sombrios", conforme expressou na intervenção que fez. Já éle-érre-cê destacou a validade da liderança, pela visão para além do firmamento do quotidiano. E, pê-esse-cê sublinhou o carácter filantropo do Presidente da SOBABA.
Segundo a moção assinada pelos três associados acima mencionados: "A SOBABA está nas melhores mãos, com o actual número um, pois o devir, apesar de periclitante, torna-se um genuíno e aliciante desafio, porque no fundo, haja o que houver, com o actual guia, todos os associados irão mais além".
Do Presidente da SOBABA, além da emoção patente, pelos diversos e rasgados elogios desferidos pelos associados, não restou outra solução, que não a de continuar a comandar os destinos de tão nobre Instituição, ao serviço da canonização do Tony (não é o Carreira).
Quanto à chicha da coisa, foi possível falar de polvo, não o do prato, mas o político que por aí recrudesce... é vê-lo por aí. Umas pitadas sobre a qualidade do jornalismo e dos jornalistas lusitanos. A influência das agências de comunicação espanholas, em certas pessoas, e comprovar certas previsões, também políticas, das quedas e ascensões de algumas pessoas da praça rosa. E tudo à beira de uma possível OPA da Media Capital sobre certos blogues. Só não foi possível porque um ex-Ministro, que conseguiu arrasar um ido - e saudoso - Governo, estava próximo das mesas cheias de motivos para serem ouvidas.
CMC
P.S.- Alguém perguntava há dias o que era a SOBABA. É uma organização secreta, sem semelhança de think-tank, que nem o Dan Brown consegue descobrir pistas para escrever um livro sobre a influência desta organização.
Como se percebe, não se entende nada, excpeto os visados, claro está. Aqui reside a face pública e, ao mesmo tempo, o ultra-secretismo da SOBABA.
6:08:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (5)




 
Lápis azul[0.637/2006]
Blues

Este Tugir cada vez se parece mais com as redacções dos jornais antes do vinte-e-cinco-do-quatro.
O lápis azul anda desenfreado.
LNT
12:16:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (4)




 
Marrocos[0.636/2006]
O Magreb aqui tão perto

O Primeiro-Ministro português recebe hoje o seu homólogo marroquino. Pelo que é avançado, pretende-se aprofundar as relações entre os dois Estados.
Assim se espera, pois a política externa lusa, e associada a esta a política económica, precisa de encontrar mercados que não prioritariamente o país vizinho, como por vezes é dado a entender.
Espanha merece uma abordagem especial, mas não pode, de maneira nenhuma, ser uma prioridade exclusiva.
Os países do Magreb são um óptimo território para as empresas nacionais investirem. Já existem várias companhias portuguesas no terreno, mas ainda é um mercado, e com bastante potencial de crescimento, merecedor de exploração.
A estabilidade marroquina e a argelina, que se vai consolidando, ajudam a ganhar confiança nos dois países. O caso tunisino já não será tão apelativo como os dois primeiros mercados.
Antes de perder o comboio magrebino, que já tem os motores quentes, ele deve ser apanhado na estação.
CMC
P.S.- Por lapso, assinalei que o encontro se realizava hoje, quando decorreu ontem. Parece que houve pontos de entendimento, quanto a aumentar o investimento nacional em Marrocos.
12:04:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 
Implusão
[0.635/2006]
Lesa-pátria

É o desígnio nacional, cara Carminda.
Que raio, mulher de Deus!
O esférico, a Nação,
a Pátria, o Scolari, os gajos da bola!

Trate mas é de sacar da bandeira e pespegá-la na janela.
O Projecto maior!
A Nação!
Então?

Heróis do mar!

LNT
2:42:00 da manhã . - . Página inicial . - . Comentários (3)




 
CXO[0.634/2006]
Sejamos então liberais

Estão a ver a imagem, não estão? Estão a ver publicidade, não estão? Estão a ver a capa do número dois da revista de SI/TI que não estou ainda a receber em casa, não estão? Isto não é publicidade enganosa à CXO, porque é clara.
Faz parte de uma estratégia de conseguir uma assinatura gratuita de uma excelente publicação a que, só por portas travessas tenho acesso, o que é lamentável (até porque o meu patrão escreve lá).
Isto que estão a ver é uma descarada conversa para ver se Idalécio Lourenço me passa a mandar para casa um exemplar da CXO.
Como diz o pessimista e derrotista Medina Carreira, a vida está pelo preço da morte e antes que ela nos agarre, há que fazer pela mesma.
Vamos lá Idalécio, alargue os cordões à bolsa. De seguida mando-lhe a morada (por mail, senão estou tramado) onde pode fazer chegar os exemplares seguintes.
Afinal as três páginas da CXO que tratam do blogging e do marketing têm de ter coerência, não é?
E bem vistas as coisas, o desenvolvimento para a sociedade de informação também passa por aqui embora se estranhe que a CXO não tenha presença na Internet.
LNT
12:33:00 da manhã . - . Página inicial . - . Comentários (0)



terça-feira, maio 30, 2006
 
canoagem à portuguesa[0.633/2006]
Em Portugal existe:

- um oceanário para meter os peixes;
- um zoológico para meter os animais;
- um jardim botânico para meter as plantas;
- um QCA para meter os empresários;
- uma CGA para meter os dirigentes de topo das estatais e os políticos de carreira; e
- um governo para meter os fiéis.
Com a quantidade de borboletagem que por aí anda não se poderia criar também um borboletário? E a mosquitagem teria um mosquitário? E a fascistagem teria um ditaduriário ultra-conservador? E os sacristas teriam um breviário? E os futebolistas teriam um estadiário? E os sobabistas teriam um abecedário? E os jornalistas teriam um anedotiário? E...
LNT
4:50:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 
telemóvel[0.632/2006]


Os pontos soltos dos i

Atendo o telemóvel e, após o meu "estou", levo uma enxurrada de adjectivações: facho, direitista, neoliberal... Percebendo, entretanto, quem estava do outro lado da linha, e tudo por causa do que escrevi no passado fim-de-semana neste blogue, pela verborreia, se não a travasse, a seguir chamar-me-ia, possivelmente, por não distinguir os alhos dos bugalhos: jacobino, comunóide, anarca...
Só consegui parar com os elogios que a pessoa que me dirigiu citando o outro: "esteja caladinho e oiça". Para estes casos, remédio santo!
Felizmente, a Assembleia Geral da SOBABA decorre amanhã e, novamente, os pontos regressarão aos i.
CMC
2:52:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (23)




 
Ministério da Educação[0.631/2006]
A mudança necessária

É com certeza uma das melhores Ministras deste Governo e uma das melhores responsáveis da área nos últimos anos. Por isso pode compreender-se o incómodo dos sindicatos.
A política do Ministério, já se percebeu, não se orienta contra a classe. Porém, os situacionistas não apreciam o Governo por este não prezar os imobilistas que prejudicam o bom nome de uma classe indispensável ao progresso do país.
A Educação está em declínio e descrédito, análise consensualmente reconhecida, no entanto, professores, alunos e pais continuam a conhecer, há várias décadas, os mesmos responsáveis sindicais de sempre, poderoso lobby em Portugal, que não pretendem qualquer tipo de mudanças.
Portugal precisa de dar um salto qualitativo na Educação e, se do Governo já se percebeu que há vontade para mudar a situação, e tem assumido políticas nesse sentido, do lado dos sindicatos, pelo contrário, só colocam entraves à mudança necessária.
Se os sindicatos estão realmente preocupados com a Educação, por que não se empenham tanto em apresentar propostas efectivas, para melhorar o sistema educativo, como o fazem para defender as regalias que detêm?
CMC
1:42:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (12)




 
ZZaga Jepsen[0.630/2006]
Está um calor terrível

Entre borboletas pretas, tipo traças mal cheirosas, e nuvens de mosquitos ínfimos, mas que picam, abafados no céu de chumbo, é quase impossível arranjar motivo de conversa.
Apetece sair da cidade, fugir aos insectos e mergulhar.
Depois de tudo o que se viu nos noticiários à hora do jantar nada resta para meditar.
Está um calor terrível. Abafa-se em Portugal.
Só falta acontecer à Selecção o mesmo que aos sub-21. Se assim for, preparem-se para o pior.
Um país sem desígnio é uma tragédia.
LNT
12:01:00 da manhã . - . Página inicial . - . Comentários (6)



segunda-feira, maio 29, 2006
 
Canhoto[0.629/2006]
Sal da Terra

Primeiro de mansinho, faz hoje um ano, o Rui, o Paulo e o António treinaram a mão esquerda no teclado. Até ao Natal calcorrearam o trilho sozinhos enquanto os engravatados de todo o ano que se assoavam na gravata por engano ensaiavam tubos fantásticos dignos de super-heróis.
Um dia, em Janeiro, deram com o mar flat e, já quase famosos, tiveram de arrumar as pranchas mal enceradas.
Sem vaga de fundo, o Pedro foi o primeiro a arribar, logo seguido pelo Miguel, Filipe e Mariana.
Boas surfadas, Canhotos, e cuidado com o movimento dos rails no ano que vai entrar.
LNT & CMC
10:06:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (2)




 
UE[0.628/2006]
Esforços sim, mas com sentido

Pessoalmente, na qualidade de cidadão europeu, e contribuinte, não me importo de contribuir para o orçamento comunitário, como, aliás, já contribuo.
Porém, agradecia que fosse melhor explicado o porquê deste tipo de medida.
Talvez alguém pudesse sugerir ao senhor eurodeputado francês porque é que não quer defender uns cortes na actual, e esbanjadora, PAC, de que o seu Estado de origem é o país europeu mais beneficiado, para alguns senhores agricultores manterem certas regalias, que saem caras a todos os contribuintes europeus.
Aproveitava o momento e satisfazia os dois lados da Mancha. Ao mesmo tempo que propunha uma diminuição nas verbas da PAC propunha o fim do cheque britânico. Deste modo, os cofres de Bruxelas certamente não teriam grandes motivos para taxar SMS e e-mail's.
CMC
9:04:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (1)




 
América do Sul[0.627/2006]
Presidenciais

Se a Colômbia sempre seria difícil de atrair para a onda de populismo de Caracas, a ligação de Bogotá a Washington é mais forte, por isso a reeleição expressiva do Chefe de Estado ontem, já no Peru, onde no próximo domingo decorre a segunda volta presidencial, a influência de Caracas está bem presente.
No entanto, é lamentável a posição que o pseudo-biblista-bolivarista tem assumido, interferindo, nitidamente, na vida interna peruana.
Infelizmente, do meu ponto de vista, os dois candidatos que se apresentam no domingo nem são bom vento, muito menos bom casamento.
CMC
6:44:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 
Timor-Leste[0.626/2006]
Haverá coincidências?

Dentro algum tempo, quando a convulsão em Timor abrandar, importa saber quem lucrou e quem perdeu com o conflito. Já percebeu que a questão é política, não é étnica.
Se em Camberra poderá haver, e muitos, motivos para sorrir, confesso que tenho algum interesse em ver os vencedores e perdedores em Díli.
Quase que prevejo quem será o próximo responsável do Executivo timorense, depois do actual, provavelmente, ter de abandonar por quebra de confiança do elo mais forte do Estado, à luz da Constituição.
CMC
6:04:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (5)



domingo, maio 28, 2006
 
Ingrid Betancourt
[0.625/2006]
Quatro anos depois

No dia em que o actual Presidente colombiano deve receber novo mandato presidencial, dado pelas urnas, deve referir-se uma colombiana, Ingrid Betancourt, detida há quatro anos, em cativeiro, pelas FARC, durante a campanha eleitoral de 2002, a que se tinha apresentado na qualidade de candidata à Presidência da República.
CMC
10:31:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (5)




 
Dark Side of the Moon[0.624/2006]
The dark side of the moon

Quando em 1972/3 David Gilmour, Nick Mason, Richard Wright, Roger Waters, Dick Parry, Clare Torry, Doris Troy, Leslie Duncan, Liza Strike e Barry St John iniciaram o trabalho de construção de um dos mais importantes álbuns dos Pink Floyd que no ano seguinte começaria a corrida para o maior volume de vendas alguma vez registado até aí, em Portugal a Mocidade Portuguesa já tinha caído em desuso, a PIDE já se chamava DGS, a Legião já andava meio esquecida, as pessoas casavam-se para toda a vida, o lápis azul mantinha-se na redacção dos jornais, os jovens embarcavam (agora mais de avião) para a guerra colonial e os que ousavam contestar eram presos.
A guerra colonial já estava perdida na Guiné e muito complicada no norte de Moçambique.
O regime Salazarista tinha amaciado embora mantivesse o provincianismo e o bloqueamento do "orgulhosamente sós" mas já admitia a Tordo o desafio da Tourada.
Soares estava exilado, Cunhal foragido, Sá Carneiro tinha renunciado ao mandato de deputado por falta de condições políticas e Marcelo Caetano fazia as Conversas em Família no canal único de televisão.
Era assim Portugal ainda nesse quarto de final do século passado agarrado ao que restava da data que hoje se comemora.
Foi preciso chegar 74 para sairmos do Dark Side of the Moon.

Música (Som do Tugir em português)

LNT
8:09:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (5)




 
Guincho





[00.623/2006]
Calipso




Guincho
Que ninguém fale de prudência, ninguém fale de esperar.
Há palavras que estão gastas (que me gastam).
Ponderação me pedem. Exigem que me cale mas bebem do meu vinho, meus campos devastam.
À resignação chamam virtude, juventude à indignação.
Com seus conselhos me enfastiam, com seus prémios castigam.
Se digo não me dizem sim, se digo sim me dizem não.
Calar-me é doloroso mais ainda me é falar pois o silêncio é uma traição, mas há palavras que me gastam, há um falar que é não dizer, há um tempo que se gasta.
Ah não me peçam pra esperar que só esperar eu desespero e a esperança já não basta que já não posso já não posso suportar.
Nem os velhos que me falam da virtude, nem os novos que começam a ser velhos.
E se a revolta (dizem) é juventude eu vos digo que há um tempo de acabar com este tempo que se gasta e nos gasta.
Altas são as montanhas. E as águas do mar são vastas. Partir ou não partir. De qualquer modo ousar.
Pois o tempo é de agir. E as palavras estão gastas.
Um barco para Ítaca - Manuel Alegre
LNT
5:15:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (2)




 
Magritte[0.622/2006]
Distinções

"A vós que viveis sob condições de uma grande liberdade de palavra, situação que, portanto, as palavras não são aparentemente tão importantes.
Elas são importantes.
Elas são importantes em todo o lado."
Václav Havel

Há quem não entenda ou não queira entender o que tenho escrito nos últimos textos. É um direito que, felizmente, a Liberdade concede.
Quando se empregam palavras, estas têm significado. Traduzem muita coisa, muito mais do que a simples palavra empregue, sobretudo na linguagem política.
Se há quem expresse algo sem ter noção do que está a dizer, e diz só por dizer, é lamentável que o faça não tendo noção do que diz.
O que algumas pessoas não entendem ou não querem entender, quando referi que o Estado Novo, uma ditadura que durou quase meio século, não foi fascista, é que o fascismo incorpora uma doutrina, traduz um pensamento e acção próprios, que difere do pensamento e acção do Estado Novo. Tive o cuidado de apresentar algumas diferenças no texto 620.
Por isso, não é indiferente conceber os tipos de ditaduras existentes. É um regime que não permite a Liberdade. Mas, tal como nos regimes democráticos, há diferenças entre si.
Note-se, por exemplo, e refiro casos extremos, pois são mais compreensíveis pela evidente diferença: o totalitarismo nazi matou milhões de pessoas por motivos étnicos, o totalitarismo soviético eliminou milhões por motivos de propriedade.
Há diferenças na forma como os déspotas governaram os seus Estados e na forma como quiseram legitimar as suas práticas.Magritte
Em Portugal, a ditadura edificou-se de um modo próprio, diferente da construção do Estado fascista italiano, até porque as razões e consequências de um e de outro regime, assim como os percursos dos seus responsáveis, são diferentes. Estes factores devem ser tidos em conta.
(Tal como, e repesco por momentos a questão da I República, se deve perceber os antecedentes da instauração do novo regime de 1910. Não se pode compreender o que se passou depois, sem ter uma noção do que havia. Caso contrário não se percebe o porquê de tanta instabilidade após o dia 5 de Outubro de 1910.)
Nunca omiti a tortura e os assassinatos perpetrados pela PIDE/DGS. Nunca neguei a existência de ditadura (ausência de Liberdade, Democracia e Direitos) - o Estado Novo tem a sua génese no que sucedeu, neste dia, há precisamente 80 anos. Nunca escondi que o Estado Novo condenou várias gerações de portugueses a não ter futuro, por terem ido para África combater em nome de uma guerra que não era sua, e, deste modo, acabou por condicionar as gerações seguintes.
Por muito abjecta que fosse, e era no meu entender (outros há que discordam da minha leitura), a ditadura do Estado Novo não pode ser concebida como fascista, porque ela não era, de facto, fascista, muito menos, como li algures, um nazismo rural (quem expressou esta denominação tem noção do que foi e fez o nazismo?).
Os factos devem ser interpretados e entendidos e, por isso, assumem expressões (palavras) diferentes, que traduzem o que representam.
Não há qualquer branqueamento, muito menos revisionismo. Há uma análise do que existiu: uma ditadura ultra-conservadora. Não há uma concepção do que se pretende, enviesadamente, dar a entender: um regime fascista.
Quanto à aprendizagem de vida ou de escola, meu caro Luís, infelizmente há quem nem a adquira por uma nem por outra, ainda que pretenda valorizar uma por não deter a outra. Mas nenhuma das duas é inválida, quando exercida com bom-senso.
Quanto às palavras, elas são, e ainda bem, a única arma possível de empregar em democracia. Ao contrário dos regimes ditatoriais, onde as palavras se querem silenciadas. Isto também se aprende pelo bom-senso. E, como disse o antigo Presidente checo, as palavras são importantes em todo o lado.
CMC
10:03:00 da manhã . - . Página inicial . - . Comentários (9)




 
Salazar - Gageiro[0.621/2006]
Qual 28 de Maio?

Sempre que vejo esta magnífica fotografia de Gageiro fico na dúvida se estão a retirar o Botas da parede ou se o estão a pendurar lá outra vez.
A cadeira de Forte partiu-se com o caruncho mas o homem, queiram desculpar, o Senhor Professor, ainda assim conseguiu manter-se em exposição até que aquele soldado maltrapilho subiu ao sofá e agora, que já nem o caruncho o salva, paredes pintadas e nova cavilha de aço inoxidável cravada, é ver o velho fascista, queiram desculpar outra vez, o Senhor Professor Ditador Ultra-Conservador, a olhar por nós da tumba onde jaz.
Até porque, como diz o povo, o que isto precisa é de um Salazar.
É por isso que mais que a semântica dos manuais de ciência política é necessário que não se façam raciocínios tão simples, caro Tomás, em que nos deixemos embalar na miséria do nosso ensino e da nossa educação cívica para ensaiar o esquecimento. Se os miúdos não sabem distinguir os alhos, Afonso Henriques, dos bugalhos, António Oliveira Salazar, é nossa obrigação fazê-los entender.
Nessa matéria, desistir não faz parte do léxico.
LNT
A falar deste debate no Tugir, estes, entre outros.
1:15:00 da manhã . - . Página inicial . - . Comentários (7)



sábado, maio 27, 2006
 
ditador português[0.620/2006]
Os alhos e os bugalhos

Caro Luís,
Que análise tão enviesada, o texto imediatamente abaixo apresenta.
Quem falou em passeatas pelo Tarrafal? Quem referiu ou omite o que se passou no Aljube? Quem nega a existência do Limoeiro? Ou quem apaga da memória o que havia em Peniche?
O que se trata, aqui, é de analisar as ditaduras. E as diferenças entre a portuguesa e a italiana existem. Só não vê quem não quer e só emparelha a doutrina das duas ditaduras quem pretende iludir ou quem desconhece os fundamentos de cada regime ditatorial.
Desde já, importa enfatizar, pois há quem possa pensar que este factor não é tido em consideração, quando é um instrumento inato a qualquer regime autocrático: uma ditadura, qualquer que seja a sua orientação, tem ao seu serviço uma polícia política cujo o objectivo é suprimir tudo e todos aqueles que têm uma concepção diferente do regime ditatorial e, principalmente, se opõe ao regime.
Quanto às diferenças entre o regime ditatorial português e o italiano elas existem. Primeiro, o regime fascista é uma criação genuinamente transalpina; tem como pilares algumas concepções socialistas revolucionárias, fruto da militância pessoal do fundador do fascismo italiano, aliadas a uma acção sustentada nas teses de Sorel (que também, por sinal, inspirou a ditadura soviética); o partido é um instrumento fundamental para alcançar o poder e, uma vez instalado, exercer uma política expansionista (importa recordar que as duas ditaduras existiram no período colonial).
Pelo lado lusitano, temos uma ditadura conservadora, fruto do percurso pessoal do ditador; que despreza qualquer sinal de revolução; despreza o instrumento partido político - a formação política existente no Estado Novo, União Nacional, nem tem características de partido político, pois para o ditador os partidos, eram abjectos; e, ao contrário do ditador italiano, a sua política era de preservar, não de expandir.
Caro Luís,
Quando estamos a falar num campo técnico, sabe-se que as apresentações dos dicionários são sempre insuficientes para a análise. Por exemplo, pegando na descrição de fascismo do Houssais, vemos que nela está inscrita a palavra raça. Mas a palavra e o sentido raça ganha preponderância devido ao nacional-socialismo. ditador italianoEste sim, com bases doutrinárias totalmente copiadas ao fascismo, uma ditadura que se viria a transformar em totalitarismo (há diferenças, na linguagem técnica, entre ditadura e totalitarismo).
Ainda regressando à questão raça, o termo era empregue pelos regimes italiano e português, mas a expressão ganhou preponderância, e o cunho ficou, devido aos hediondos actos perpetrados pelo III que Reich em nome da raça.
Se a abordagem ao assunto for feita pela rama, há quem possa considerar o Estado Novo um regime fascista, ou outro regime "ista" qualquer. Se quisermos ser rigorosos na análise, incorremos em erro, catalogando o Estado Novo como fascista.
Está tudo patente, e bem claro, nos escritos e na prática dos dois regimes. Basta ir à fonte e ver para notar as diferenças.
Tive o cuidado de no texto 619 referir as cópias feitas pelo Estado Novo. Mas se há dúvidas pela genuína ligação e gosto do senhor de Santa Comba Dão pelo ditador italiano e pelos seus princípios, convinha recordar o que a ditadura portuguesa fez a Rolão Preto e seus acólitos no início da década de 30 e por que fez.
Em suma, o Estado Novo foi uma ditadura ultra-conservadora, baseada numa trilogia bem conhecida: Deus, Pátria, Família. É evidente que a semântica é de direita. Nunca uma ditadura de esquerda podia empregar qualquer destas expressões.
Quanto a Humberto Delgado, sabe-se que foi a polícia política que o assassinou. Quem o omite? Só o agente da referida polícia que reside actualmente em Madrid.
A História não se deve branquear, mas também não se deve deturpar. Isto, claro está, se quisermos analisar com rigor.
O resto, caro Luís, são falácias ou é falar de cor... É como o ocidental, pouco sensível às diferenças, que vê um coreano e um japonês e, não destrinçando as diferenças bem como as origens, pensa que os dois são chineses, só porque têm os olhos em bico.
CMC
9:55:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (13)




 
Corpo Atado[0.619/2006]
Fascismo
Movimento político e filosófico ou regime que faz prevalecer os conceitos de nação e raça sobre os valores individuais e que é representado por um governo autocrático, centralizado na figura de um ditador. (Houssais p.1700)

Por muito que me custe, tenho de dar o braço a torcer.
O CMC tem razão.
O fascismo em Portugal foi uma invenção de meia-dúzia de cidadãos que andaram a passar férias em Caxias, no Aljube, no Tarrafal e em Peniche e se passearam no estrangeiro à conta, inventando que eram exilados.
Só porque passaram por uma servícias ou viram alguns amigos serem torturados e mortos, tiraram essas conclusões precipitadas. Gente sem rigor no valor das palavras, gente que nunca soube como o fascismo se descreve na ciência.

Isto num país onde o 10 de Junho era o Dia de Portugal e da Raça. (ah é verdade. Esta RAÇA não é raça...raça. É raça lusitana. Não é a raça lusitana dos cavalos, é a outra, percebem, mas não é raça...raça. Não sei se me fiz entender.)

E ingratos, ainda por cima, senão vejamos:

Corpo Atado- Os apelos à adesão e respeito à Constituição feita na Assembleia Nacional pluralista de 1933;
- O apelo à Concertação Social;
- O eleito Presidente do Conselho na companhia de outro grande humanista;
- O mulherio no Barreiro a ser acarinhado pela democrática GNR num dia de greve;
- A juventude a desfilar e a dizer adeus num dia de manifestação da liberdade frente à tribuna dos eleitos;
- Mais juventude com a farda da Jota de então a dizer adeus ao Senhor de Santa Comba (ao contrário do que o meu camarada CMC diz, aquela forma de dizer adeus não foi coisa só da primeira metade dos anos 30. Aprendeu-se a acenar nessa altura mas nos anos sessenta ainda era assim que se saudavam os nossos eleitos.
Digo-lho eu, que assisti a muitas destas festas de grande empolgamento libertário)
- A colónia de férias do Tarrafal, verdadeiro bastião do anti-fascismo. O poder era tão simpático para os seus súbditos que abriu esta colónia de férias só para que os anti-fascistas se pudessem reunir em paz e sossego e discutir os assuntos que os apoquentavam. Claro que alguns morriam com os mimos que lá lhes davam, mas isso era gente que não estava habituada ao calor dos trópicos.
- O saudoso António Piteira Santos foi mais um dos milhares de agraciados pelo regime não-fascista. A imagem que se reproduz da sua ficha da PIDE (à esquerda), organização não-fascista de mérito e humanidade de grande calibre, é prova disso.
- Do General Humberto Delgado, esse oposicionista ao poder sufragado universalmente em Portugal, não tenho fotos na vala onde foi encontrado assassinado pelo regime ditatorial não-fascista de então. Ainda hei-de ouvir alguém dizer que ele caiu do carro e bateu com a cabeça no chão, coitado.
Enfim, meu caro Carlos, é como digo lá mais atrás.
Este é um povo ingrato, ignorante e burro que não sabe distinguir fascismo de ditadura.
Já dizia Mário Branco:
Temos fantasmas tão educados que adormecemos no seu ombro...
LNT

Em tempo:
1 - Bem vês meu caro Rui Perdigão que
este teu texto é, como te disse, coisa de talhante. Qual canibalismo, qual quê! Talho, meu caro. Estamos todos no talho.
Uns dentro do balcão frigorífico, outros de cutelo na mão e outros ainda a " ... já nem se darem ao trabalho de limpar o sangue dos beiços depois das secretas orgias."

2 - O nosso caro Vital Moreira também está mal informado, certamente. O fascismo em Portugal nunca existiu, como se pode observar também na imagem deste outro menino a dizer adeus que o João Tunes publicou. Ora querem lá ver! Agora só falta dizer que o movimento libertador do 28 de Maio ... revisio quê? ... (já chega, não faço mais "em tempos" neste Post)
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moeda Itália fascista[0.618/2006]
Pontos nos i
Os revisionismos da História portuguesa

O André Azevedo Alves coloca os pontos nos i no título deste texto.
A ditadura que perdurou de 1928 a 1974 em Portugal nunca foi fascista, nem na forma, muito menos no conteúdo. Ditadura? Obviamente. Mas fascista, o regime do Estado Novo de nada teve.
Se quisermos ser rigorosos, o único paralelo entre o fascismo italiano e a ditadura conservadora portuguesa, além da aversão à democracia, reside numas imitações copiadas, pelos lusos, que se podem encontrar nas fardas e nas saudações durante a primeira metade da década de 30.
Quanto à I República, o número de Governos existentes só na primeira década fala por si. Um período extremamente conturbado. Todavia, também não era para menos, com tantos séculos de monarquia, um país mudava de regime.
Importa, por outro lado, frisar que foram alcançadas, graças à I República, várias conquistas, como o avanço no campo da Educação.
A I República teve grandes políticos, apesar de não ter tido a melhor da condições, que já se agravavam há várias décadas. E podemos encontrar, na peugada de factos que desestabilizaram o país, o rastilho no início do século XIX, quando a corte partiu o Brasil, procurando escapar ilesa às investidas napoleónicas.
CMC

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sexta-feira, maio 26, 2006
 
Farmácia[0.617/2006]
Liberalismos e os ditos (auto-considerados) liberais lusitanos

No passado fim-de-semana ouvi uma intervenção, algo peculiar, no congresso do PPD. Disse a ex-Ministra da Fazenda que este Governo do PS imitava os princípios políticos do PPD.
Ora, se a senhora Conselheira de Estado, independentemente da filiação partidária que tem, concorda com algumas medidas deste Governo, é uma coisa. Daí a considerar que este Governo imita, em alguma coisa, os Governos do PPD é outra.
Que se saiba, nunca se viu o último Governo de que a referida senhora fez parte com qualquer sensibilidade na área social ou com qualquer política activa no domínio da Economia, como este tem assumido. Tudo se resumia a uma política orientada e ditada pelo Ministério da Fazenda, com os resultados que infelizmente se comprovaram negativos para o país. Se há comparação possível, só a ex-Ministra da Fazenda pode encontrar numa leitura subliminar.
Se esta política, por ser liberal, significa que o Governo é liberalizador nato, a pessoa mais desprevenida pode enganar-se. Há que liberalizar onde é necessário e este caso das farmácias é um bom exemplo, pois é o utente que beneficia.
O PS, felizmente, nunca assumiu um discurso encapotado, expressando que a liberalização é a panaceia deste país. Ao contrário do PPD e alguns senhores de certos Compromissos, em nome do país (qual?), que de tanto liberalismo económico apregoam, quando visto à luta, acaba por sustentar uma leitura e uma argumentação mais adepta da sombra do Estado do que propriamente da iniciativa privada.
CMC
5:52:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (4)




 
Blair/GWB[0.616/2006]
As pressas de Londres e Washington

Esta semana permitiu perceber qual o principal objectivo de Blair no final de reinado. O Primeiro-Ministro britânico quer cessar funções sem qualquer militar no Iraque.
A deslocação, no início da semana, a Bagdade, o encontro, ontem, com o Presidente norte-americano, por causa do Iraque, são a evidência de qual o último gesto político que Blair quer dar.
Tantos elogios públicos a um Governo tão frágil só pretendem transmitir que o Iraque já se pode auto-governar, quando se sabe que não pode.
Londres e Washington pretendem, deste modo, ao regozijar-se com a constituição do Executivo iraquiano, alcançar o desiderato há muito pretendido, retirar os seus militares do território iraquiano, pois está a revelar-se um autêntico colosso difícil de dirimir, a perda de vidas humanas e os custos são bastante elevados.
Por mais que omitam o argumento errado para legitimar a intervenção, a inexistência de Armas de Destruição em Massa, e vangloriem o derrube do tirano, a ânsia de Londres e Washington em retirar as tropas estacionadas em nada contribuirá para o vespeiro iraquiano desaparecer. Pelo contrário. A guerra civil pode eclodir. Veja-se, por exemplo, o caso de Timor-Leste, em muito menor escala, quando comparado com o Iraque.
CMC
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Fantástico[0.615/2006]
Teoria liberal à Miranda

Para o socialismo o capital não tem custos
PS quer proibir pagamento dos contadores de água, luz e gás

Ideia popular, mas errada. O chamado "aluguer de contador" existe por boas razões. Por um lado, a disponibilidade de água, luz e gás 24 horas por dia é por si só um serviço, independentemente de existir ou não consumo. Por outro, os custos de fornecimento de água, luz e gás não são só os custos do produto que é vendido, mas também os custos da infra-estrutura. Mesmo que uma determinada casa não consuma água, luz e gás, continua a ser necessário pagar o capital que garante a disponibilidade de água, luz e gás.


Agora já percebo porque é que temos de pagar a bandeirada inicial nos táxis mas ainda não entendo porque é que não pagamos, à parte, a amortização do veículo.
Agora já percebo porque é que temos de pagar os selos do correio mas ainda não entendo porque é que não pagamos, à parte, os sapatos dos carteiros.
Agora já percebo porque é que pagamos a taxa de embarque no Aeroporto, mas ainda não entendo porque não pagamos, à parte, a utilização do próprio edifício.
Agora já percebo porque é que pagamos a portagem nas auto-estradas, mas ainda não entendo porque não pagamos, à parte, o serviço de portagem.
Agora já percebo porque que é pagamos a chamada de telemóvel, mas ainda não entendo porque não pagamos, à parte, o custo do satélite, a antena retransmissora, ou o contador de impulso.
Enfim, coisas liberais, difíceis de entender para um consumidor que pensa que o custo de um produto já inclui toda a cadeia que o disponibiliza.
Tenho de ter atenção da próxima vez que vá meter gasolina e verificar no talão do recibo se vem lá, à parte, o custo da bomba de abastecimento.
LNT
12:39:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (2)




 
mapa ex-Jugoslávia[0.614/2006]
A falta de respeito pela Sérvia

Em Bruxelas reside a sede de dois mundos (UE e NATO) que se complementam, mas, por vezes, o primeiro fraqueja perante orientações, e imposições de bastidores, da segundo. Isto vem a propósito do que sucede há alguns anos nos Balcãs, e que teve, no passado domingo, uma expressão significativa, com a independência do Montenegro.
Se dúvidas restassem, hoje dissiparam-se, quanto às intenções de alguns militares norte-americanos para a região mais conturbada da Europa, quando leio num jornal que o antigo chefe das forças da NATO na Europa e que orientou a investida militar nos Balcãs no final da década de 90, declarou que depois da independência do Montenegro, o Kosovo, berço da identidade sérvia mas habitada maioritariamente por albaneses, se tornará, muito em breve, independente.
A Sérvia continua a ser a Nação balcânica mais explorada depois do pós-II Guerra Mundial. Foi dominada, com mão de ferro, pelo Marechal comunista apreciado no Ocidente e odiado em Moscovo; foi explorada, no estertor da Jugoslávia, pelo déspota que recentemente faleceu em Haia e que procurava expandir o nacionalismo sérvio a toda a região; e é, hoje, alvo de cisão, pelo Ocidente. Tudo porquê? Pela ligação histórica à mãe eslava (Rússia).
Os sérvios tendem ser apreciados, no mundo ocidental, por construção de algumas pessoas deste, e de modo bastante eficaz, como os maus da fita. Importa ter em conta a história sérvia e respeitar a sua identidade. O que o Ocidente está a levar a cabo, procurando tornar independente o Kosovo e Vojvodina, é um atentado ao respeito que a Sérvia merece enquanto país.
A adesão do Montenegro à NATO e, claro está, à UE, como as duas organizações acenaram por causa do referendo do passado domingo, é uma chantagem baixa, merecedora de reprovação.
Para todos os efeitos, a UE não deve querer transformar a Sérvia num Estado pária da Europa, pois por aquele Estado, como na maioria dos países da região, passou, e continua a passar, muito do equilíbrio, e desequilíbrio, europeu. O arquiduque Francisco Fernando é prova disso.
CMC
P.S.- Por necessidades profissionais, pessoais e técnicas tive de licença sabática do blogue. Como alguém já escreveu numa caixa de comentários, fruto de fontes mais-do-que-privilegiadas, a síndrome de que padece o responsável máximo do Palácio das Necessidades não é exclusiva do referido governante. O cansaço, por vezes, torna-se pesado.
Como sempre, o TUGIR esteve em excelentes mãos, melhores, muita das vezes, que as que escrevem este texto.
12:04:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (7)



quinta-feira, maio 25, 2006
 
Mulher Chapéu Coco
[0.613/2006]
Esclarecimento (Act)

A referência que faço a Luís Osório (também nosso vizinho - pouco assíduo - no Causa Nossa) no texto 612 parece ter suscitado algumas dúvidas. Para que não restem nenhumas, esclareço que o que quis referir foi que o apontamento, a conversa, que Luís Osório deixou de fazer de manhã foi benéfico para ele, porque aquilo era pouco e para nós, ouvintes, porque a voz pausada e suave de LO não nos ajudava a acordar.
As entrevistas que tem feito ao fim da tarde têm, pelo contrário, todas as vantagens. Pelo tom melodioso e pela cordialidade com que são feitas, ajudam-nos a quebrar o stress do dia de trabalho e dão-nos a conhecer os seus amigos. Lembro-me, por exemplo, a que teve com o amigo Bagão Félix, porque ia adormecendo ao volante.
Prevê-se para hoje, caso não tenha ouvido mal o anúncio, uma converseta com o amigo Luís Delgado, o que no mínimo dará um excelente momento de boa disposição, o que é imprescindível a qualquer cidadão antes de chegar a casa, abrir a caixa do correio e começar a descascar as contas que o aguardam.
Espero que agora tudo esteja mais claro e não se esqueçam de ligar para o RCP às 19 horas.
Deve ser hilariante.
LNT

Depois da conversa:
Bem vos avisei.
O Luís Sequeira confirma que isto é verdadeira terapia anti-stress.
AuscultadorSe perdeu ainda tem oportunidade de
ouvir seguindo o link e fazendo um click no auscultador que está por baixo da fotografia do Luís Delgado (imagem igual à que está à esquerda).
Pelo menos oiçam a introdução feita pelo Luís Delgado da Esquerda.
Aquilo parece uma piada, não parece?
Grande Luís Osório!
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quarta-feira, maio 24, 2006
 
Jacaré[0.612/2006]
Timor-Leste e a estória da História

Sou um fiel ouvinte da RCP entre o acordar e a chegada ao trabalho e no retorno a casa ao fim do dia. O despertador trata desse assunto bem como a chave da ignição do meu automóvel. Nesses meios tempos consumo o que me vão injectando:
- Música da nostalgia, trânsito da agonia, bola do Luís Norton, notícias da bolsa, noticiários da hora e os comentários do Nuno Rogeiro. Já me safei das crónicas matinais do Luís Osório que agora, para bem de todos nós, se transformaram em conversas com os amigos ao final da tarde.
Mas voltemos a Rogeiro que é o que me traz à escrita.
Quis ele hoje acabar as suas crónicas com a expressão "responsabilidades históricas" referindo-se ao auxílio português na manutenção da ordem em Timor.
É verdade que Portugal não deve esquecer os laços históricos com as ex-colónias. Afinal, sempre foram 500 anos de ocupação. Mas temos de começar a urgente terapêutica do complexo colonizador. O tempo de ocupação foi concluído e a libertação está concretizada. Todas as ex-colónias, exceptuando as da Índia e alguns enclaves, são países independentes e soberanos e o relacionamento bilateral prescinde do paternalismo português.
Parece-me assim que, se a diplomacia portuguesa tem de jogar forte no apoio internacional para manutenção da democracia timorense, deverá igualmente reforçar os laços económicos que justifiquem, para além da boa-vontade, um compromisso contratual de vantagens para as partes, até porque daí resultará um relacionamento mais saudável e perene.
Não quer isto dizer que se condicione a batalha diplomática aos interesses económicos mas não é lícito perder de vista as contrapartidas, principalmente quando se adivinha que uma das principais razões da instabilidade actual em Timor-Leste resulta exactamente das pressões que outros estão a desenvolver sobre a questão da exploração petrolífera.
Não sou cínico para fazer depender uma coisa da outra, mas também não sou ingénuo ao ponto de permitir que os complexos das "responsabilidades históricas" sirvam para esquecer os interesses portugueses.
Reconheço dois tempos para a acção. Um, o imediato, no sentido de conseguir o apoio internacional onde Portugal deverá participar com as forças militarizadas que possa disponibilizar, uma vez que é impensável agir isoladamente. O seguinte, que garanta parcerias preferenciais entre os dois Estados.
LNT
Leituras recomendadas:
- Paulo Gorjão do
Bloguítica (especialista em assuntos Timor-Leste);
- Rui Cerdeira Branco do
Adufe
9:33:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (7)




 
Papagaio[0.611/2006]
Onde pára o Carlos?

Este Blog anda coxo, croac!
Este Blog anda coxo, croac!
Este Blog anda coxo, croac!
Este Blog anda coxo, croac!
Raios-partam o papagaio que não se cala!
LNT
1:43:00 da manhã . - . Página inicial . - . Comentários (8)



terça-feira, maio 23, 2006
 
Manequins[0.610/2006]
Obviamente deveria ser demitido

Se aquilo que ontem se passou na RTP1 tivesse sido entre dois políticos, hoje os noticiários ainda se não tinham calado. Como a pouca-vergonha envolveu jornalistas, nem um apontamento se ouviu nos noticiários radiofónicos desta manhã.
É aqui que Carrilho e Rangel (e até Pacheco Pereira) têm razão. Alguns jornalistas representam o que de pior existe na sociedade democrática portuguesa.
Ricardo Costa não é um mero jornalista. É o director da informação de um canal televisivo e tem por isso responsabilidade acrescida. O seu comportamento perante as câmaras de televisão no Prós-e-Contras foi indescritível. Custa a acreditar que um jornalista com a qualidade de Pinto Balsemão o mantenha ainda hoje como director da informação da SICN.
Foi notado, no fim do programa, que a estratégia da meia-verdade usada por Ricardo Costa ao apresentar o artigo de Carrilho sobre Morais Sarmento sem referir tratar-se de um texto de resposta, incomodou todos os presentes no palco e acabou por dar razão às acusações que Rangel e Carrilho tinham feito anteriormente ao director de informação da SICN.
Costa, a partir desse momento, deixou de ter credibilidade para continuar a exercer o seu cargo. Foi degradante para a sua condição de jornalista e resultou num acto que contribuirá para o descrédito do Canal que dirige.
Se aquelas cenas que ontem foram visionadas em directo na RTP1 entre Carrilho e Ricardo Costa fossem entre políticos, a SICN estaria hoje a passar, em cada dez minutos, os extractos mais vergonhosos do debate, tal como fez com a filmagem oportunista da cena do não aperto de mão de Carrilho a Carmona. Faria isso e certamente acrescentar-lhe-ia ainda em OFF um comentário jocoso e manipulador para assassínio do alvo a abater.
Ricardo Costa revelou igualmente conversas privadas (em OFF), por exemplo a que referiu ter-se passado com Rangel na Comporta, e confidências de trabalho com acusações públicas ao seu ex-chefe Emídio Rangel.
O jornalismo tem de ser feito por gente equilibrada e séria, por gente que não seja rancorosa nem vingativa. Qualquer notícia que a partir de hoje passe na SICN sobre Manuel Maria Carrilho deixa de ter qualquer credibilidade enquanto Costa for o seu director. O ódio que ontem se lhe ouviu na última frase que disse em directo a Carrilho não o permitirá.
LNT
1:12:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (17)




 
Manequins[0.609/2006]
Ainda sobre o livro de Carrilho

Já o disse e volto a afirmar que não li, não comprei e não comprarei o livro de Carrilho. Pode ser que alguém mo empreste durante as férias e que, à falta de melhor leitura, o possa desfolhar.
No entanto, as razões para o fazer não passam pelos argumentos ontem invocados no Prós-e-contras. Não são por conter acusações não provadas, ou insinuações genéricas. Em relação às segundas, as insinuações, entendo-as como o estilo (que não aprecio) do escritor. Em relação às primeiras, custa-me ver jornalistas criticá-las e abdicar do seu dever de investigar para esclarecer a opinião pública. Não é por umas ou outras que o não comprarei.
Penso, já o disse noutras alturas, que Carrilho nunca poderia ganhar as eleições de Lisboa, independentemente dos erros que cometeu durante a campanha. Estava condenado, tal como a maioria dos autarcas do PS, a perdê-las em virtude das medidas impopulares que o Governo PS estava a tomar.*
Não comprarei o livro de Carrilho porque não me apetece contribuir com o meu dinheiro para pagar a edição de um absurdo.
Se Carrilho quisesse, poderia ter aberto um debate importantíssimo sobre a promiscuidade que existe entre o mundo da decisão, da opinião e da informação em Portugal (reconheço-lhe qualidade e capacidade para o ter feito).
Não o fez. Preferiu reactivar o estilo que matou a sua campanha. O livro não me interessa.
LNT
* Antes que venha o batalhão de serviço cascar-me na caixa de comentários quero frisar que disse impopulares e não erradas (embora considere algumas inadequadas).
12:59:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (2)




 
Chinelos[0.608/2006]
Digestões difíceis

Ainda estou a tentar digerir o Prós-e-Contras de hoje.
Talvez depois de dormir tenha capacidade para puder escrever.
Para já limito-me a constatar que o espectáculo atingiu, em algumas alturas, o inqualificável tanto por parte de Manuel Maria Carrilho como de Ricardo Costa e que principalmente este último me deixou uma imagem de grande desilusão ao evocar conversas particulares e confidências de trabalho.
Se conseguir tirar alguma conclusão, voltarei ao assunto.
LNT
3:40:00 da manhã . - . Página inicial . - . Comentários (1)



segunda-feira, maio 22, 2006
 
Montenegro[0.607/2006]
E agora Montenegro?

Pelo que consta o referendo resultou no fim do acordo que as repúblicas de Montenegro e da Sérvia haviam firmado.
O fim da Jusgolávia é definitivo.
Nem por um minuto se põe a questão da legitimidade da total independência, que aliás já era quase total.
Resta saber quais as vantagens que Montenegro terá com esta emancipação sabendo que o que a distingue da Sérvia não é de monta e as vantagens de maior mercado podem estar perdidas.
Esperamos para ver.
LNT
Nota: Por onde andará o correspondente internacional do Tugir em português?
Dão-se alvíssaras.
2:09:00 da manhã . - . Página inicial . - . Comentários (20)




 
Especiarias[0.606/2006]
Uma entre tantas...

Num comentário a um comentário que Vital Moreira publicou no Causa Nossa lê-se:

"Já me pronunciei várias vezes sobre a ADSE, enquanto vantagem dos funcionários públicos (uma entre tantas...).
(...)
O que sucede é que a pequena contribuição dos beneficiários da ADSE fica longe de cobrir as despesas em que eles incorrem, sendo o défice suportado pelo orçamento do Estado, ou seja, pelos contribuintes."


Deixo duas ou três questões que gostaria que Vital Moreira me esclarecesse:
1. - Qual a vantagem que a ADSE representa para os Trabalhadores da Administração Pública?
2. - O parêntesis (uma entre tantas...) parece indicar que os Trabalhadores da Administração Pública usufruem de tantas mais vantagens. Seria possível esclarecer se "tantas" são muitas ou poucas e dar alguns exemplos?
3. - É possível quantificar quão longe ficam as despesas de serem cobertas pela contribuição que os beneficiários da ADSE pagam? Qual o défice suportado pelo Orçamento do Estado, isto é, pelos contribuintes? O défice difere do dos outros regimes da SS?
É que estas afirmações que se inserem na campanha habitual de ataque aos trabalhadores da administração pública, parecem-me ter pouca consistência, principalmente a última de onde se pode depreender que os Trabalhadores da Administração Pública não são também, eles mesmos, contribuintes.
Como nota final faço lembrar ao nosso prezado Vital Moreira que uma das "vantagens" que os Trabalhadores da Administração Pública apresentam é a de serem, de entre todos os outros, os que mais cumprem com o dever dos impostos que, como se sabe, são a base do Orçamento do Estado.
LNT
12:11:00 da manhã . - . Página inicial . - . Comentários (9)



domingo, maio 21, 2006
 
TELEPAC[0.605/2006]
Ainda a TELEPAC

Poderia deixar-vos ainda mais uma mensagem da TELEPAC datada de 17/05 em que se diz, entre outras coisas que:
"Relativamente à questão apresentada, informamos que na sequência da anomalia reportada nas ultimas semanas, o alojamento com identificação op9328 foi testado e verificado minuciosamente, não tendo sido detectada qualquer tipo de avaria ou situação anómala com o mesmo."
Não a deixarei porque há por lá quem se zangue quando o faço, principalmente quando é apontado o nome de quem dá tais respostas.
Prefiro deixar ao vosso cuidado a observação de que a minúcia referida é aquela que têm oportunidade de observar, isto na entrada da décima semana de avaria.
Deixo os comentários ao vosso cuidado e se quiserem, ou estiveram para aí virados o endereço (suporte@mail.telepac.pt) para onde poderão enviar, a partir do envelope no fim do texto, este mesmo Post.
LNT
Agradecimentos:
1. - Agradeço ao André do
Insurgente o link a este Post, assim como agradeço igualmente o que na semana passada foi feito pelo Gabriel do Blasfémia ao texto 592.
Um e outro link reverteram em maior visibilidade sobre o assunto, o que talvez proporcione melhor atenção na resolução da questão.
Entretanto foi recebido novo email da PT (Telepac) onde parecem estar interessados em resolver a questão.
2. - Agradecimento também para o link do Miguel do Tempo de Assassinos.
Isto não pretende ser uma Micro-causa mas todos os apoios serão úteis para fomentar a defesa dos nossos direitos de consumidores.
Uma vez mais obrigado a todos (também aos que resolverem enviar o texto para o suporte da TELEPAC) e esperemos os resultados.
7:52:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 
Zzaga Jepsen[0.604/2006]
Sinais

Brincadeiras à parte, incluindo as de nos reclamarmos Blog oficial ou oficioso do que quer que seja, há um ensinamento a retirar do que se passou ontem na nossa decadente Europa. É verdade que o Eurofestival não representa, nem de perto nem de longe, a Europa. Em Portugal, a sua morte já anteriormente anunciada, foi decretada com a abertura da televisão ao privado, acabando com o monopólio da programação. Nesse tempo (no tempo da SÓ RTP) via-se o que nos deixavam ver e comia-se o menu que nos serviam. Com a diversidade a RTP perdeu essa prorrogativa e o Eurofestival, que nunca o foi mas antes só o festival das cantigas de determinados canais televisivos europeus, perdeu o impacto nacional até aí detido.
A sua última oportunidade residia no salto em frente que a abertura a outros países podia trazer, meta não atingida uma vez que esse alargamento em vez de inovação só acrescentou mediocridade ao medíocre já instalado.
Os Lordi, tal como já anteriormente noutras poucas edições outros grupos de desassossego tinham pontualmente conseguido, deram, e só por isso a edição deste ano teve alguma importância, um sinal de que é necessário quebrar o arrastar de pés em que a Europa persiste.
Reconheço não ser um fã do estilo e ainda menos de leituras relacionadas com cultos satânicos ou outros, mas ainda menos o sou do imobilismo, cada vez mais alinhado na matriz de comportamento das ordens internacionais que pretendem manter a boa disciplina do pensar manso e submisso em que os Europeus se estão a deixar enredar.
Foi por isso que gostei de levar esta brincadeira iniciada pelo António para a frente e especialmente gostei de ver que a vontade de quase todos os países que votaram foi a de premiar a diferença, conseguindo inclusive vencer as lógicas políticas que sempre caracterizaram as votações do Eurofestival.
Sei que aparentemente nada disto tem importância mas quer-me parecer que também há aqui sinais de algo que desponta.
LNT
7:33:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (7)




 
Tang[0.603/2006]
Partido TANG

A reunião magna do PSD na oposição terminou, tal como tinha começado, sem chama, sem novidade e sem brilho. Manteve-se a lógica de oportunismo que tem caracterizado o Partido na oposição e que consiste em manter no sector Sol os que fatalmente serão vítimas de insolação e no sombra os salvadores da Nação. A escola cavaquista marcou os seus discípulos bem ensinados na sabedoria da paciência que cura no tempo as misérias deixadas há pouco mais de um ano.
Aparentemente Marques Mendes reforçou a sua liderança de oposição rodeado de silêncios e espectros que na altura própria lhe irão cobrar o reforço que agora obteve.
Num País e num Partido que já viu o poder cair nos braços do inconcebível, parece pouco sensato o raciocínio calculista do tempo, coisa que se sabe não ser mais que um factor de probabilidade na imponderabilidade da política.
A ideia com que fiquei dos poucos momentos que segui foi de um imenso purgatório onde muitos penam os pecados para ganharem o Paraíso e outros se rendem ao masoquismo tendo já escolhido o prazer sádico das labaredas.
Aquilo deixou de ser o Partido Tanga para passar a ser o Partido TANG.
Cheira, sabe e tem a cor da laranja mas não passa de um refrigerante.
LNT
7:24:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (2)



sábado, maio 20, 2006
 



[0.602/2006]
Vendo bem, os monstrengos até têm um ar doce

Desta vez reclamamos o prémio.
O Tugir em português reclama o título do Blog português de apoio aos monstrengos Lordi.

Desafiados logo no início da disputa pelos nossos parceiros luso-filandeses do Lusofin e dos Há Mouro na Costa, apoiados pela comentarista Troll Maloud e depois pelo Armadilha para Ursos Conformistas, o Tugir em português ajudou no impulso da pedrada no charco que os Lordi dão numa Europa que se alarga mas não prescinde de fórmulas antigas.
Os Lordi poderão não ser grande espingarda mas são, sem dúvida, um tiro na pasmaceira.
Ainda estou a rir da cara do senhor que teve de lhes entregar o galardão e da voz de incredibilidade que o nosso locutor, Eládio Clímaco, usou durante toda a votação.
Um grande abraço para o António, o inefável impulsionador luso da votação nos Lordi.
Venham lá as loirinhas para o Algarve, que bem precisamos.
LNT
11:54:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (6)



sexta-feira, maio 19, 2006
 
Homens chapéu Coco[0.601/2006]
La Fontaine

A estória que vou contar é uma adaptação livre (minha) de outros contos:

Naquele tempo vivia-se em boa ordem na selva quando chegou notícia de que o poderoso leão enviuvara. Habituado a ter comida e impossibilitado de arranjar nova leoa, o leão decidiu contratar um leopardo que caçasse.
Meses depois, o entediado leão apercebeu-se que, embora o leopardo lhe dispensasse sempre a comida a horas e em boas condições, não conseguia saber se iniciava o período laboral na hora combinada.
Á beira-rio encontrou o amigo urso que pescava e contratou-o para controlar o horário do leopardo. Foi assim que o leopardo teve de diversificar a caça e passou a trazer alimento para os dois.
Uns meses depois o urso desocupado e já obeso sugeriu ao leão a montagem de um sistema eficaz para controlo do tempo do leopardo e propôs-lhe um Outsourcing de consultadoria a uma empresa internacional de macacos.
O leão concordou e o leopardo diversificou a recolha de alimentos para satisfazer o leão, o urso e o bando de macacos.
Após terminar a análise do projecto o líder dos macacos propôs ao urso a subcontratação de uma prestação de serviços a um bando de papagaios para desenvolvimento e implementação do sistema de controlo da assiduidade do leopardo e posterior tratamento dos dados.
Assim se fez.
O leopardo exausto de caçar para o leão, pescar para o urso, colher bananas para os macacos e recolher sementes para os papagaios passou a ter necessidade de dormir um pouco mais para retemperar as forças.
Quando o relatório foi apresentado ao leão, ele concluiu que o leopardo, embora atingisse os seus objectivos, tinha deixado de cumprir o horário e despediu-o.
Os papagaios ao deixar de receber as sementes accionaram uma acção aos macacos por quebra de contrato. Os macacos ao deixarem de receber as bananas processaram o urso que entretanto foi comido pelo leão esfomeado.
A selva deixou de respeitar o leão quando ele começou a dar sinais de fome.
LNT
1:38:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (7)




 
Paulo de Carvalho[0.600/2006]
Nini, dançava só para mim

Acabo de chegar da festa, pá. Foi surpreendente.
Estás de parabéns, pá. Foi comovente.

Hoje no grande auditório do CCB, Paulo de Carvalho mostrou uma vez mais porque é que os grandes profissionais, sejam do que forem, acabam sempre em reconhecimento, mesmo quando durante algum tempo e em virtude de se não absterem de serem cidadãos, lhes tentam afixar rótulos discriminatórios.
Paulo de Carvalho é símbolo da revolução musical, cultural e política e é um exemplo de profissionalismo, de coragem e verticalidade.
O espectáculo em que hoje fez desfilar, durante duas horas e tal, a vida tal como a viveu, com a simplicidade que os que o conhecem identificam, com a afinação sem mácula na disciplina e no muito trabalho que se adivinhou na construção do programa que apresentou, com a humanidade que manteve desde as noitadas do Vává e da Mexicana, com o instinto paterno ao partilhar duas das canções com a Mafalda e o Bernardo, com o evocar dos amigos que já marcharam, com a promoção dos que com ele trabalham, com a emoção que contagiou todo o auditório e com a sabedoria de quem fez o difícil parecer fácil, foi um momento de aprendizagem.
Até o Ânimo do António ressuscitou.
Ao ler o que Marcelo Rebelo de Sousa escreveu, porque foi ele que redigiu o folheto do concerto, percebe-se o respeito pelo homem e o reconhecimento pela obra, independentemente das opções políticas de cada um.
Foi momento alto, uma confirmação de que o dom do afecto que só alguns sabem emprestar aos outros e a tudo o que constroem é a marca que distingue os que passam dos que ficam para sempre.
Obrigado por seres assim Paulo, é bom conhecer gente que é gente.
LNT
2:03:00 da manhã . - . Página inicial . - . Comentários (1)



quinta-feira, maio 18, 2006
 
Magritte[0.599/2006]
Parangonas CM

O Correio da Manha trazia hoje em primeira página o título "Impostos levam 137 dias de trabalho".
Comete um erro por omissão, porque o título teria de ser "Impostos levam 137 dias de trabalho a quem os paga".
Se tivesse feito o título correcto ganhava pelo menos duas coisas:
1. Sensibilizaria todos os que fogem ao fisco para o facto de estarem a prejudicar os cumpridores;
2. Sensibilizaria todos os que pagam com 137 dias de trabalho as escolas, a saúde, as estradas, etc, dos "faltosos espertos" para o facto de os deixar de considerar espertos e passar a encará-los como ladrões.
É que, possivelmente, muitos dos que hoje ouvi ao almoço queixarem-se deste "roubo que o Estado faz" e se tinham deslocado para o restaurante em viaturas das empresas e pagaram o almoço com os cartões de crédito dessas mesmas empresas, estavam certamente a esquecer-se de declarar isso nos rendimentos e assim a terem menos uns dias de impostos que os 137.
Possivelmente, muitos desses que se estavam a lamuriar, alguns em voz alta para se fazerem ouvir, se pagassem os impostos que lhe são devidos eu, que estava calado, não teria de dar tantos dias do meu trabalho para lhes pagar o almoço.
LNT
8:25:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (8)




 
Almocreve das Petas[0.598/2006]
Já foi ontem, mas não faz mal

O Almocreve sabe que o não lido hoje terá mais valor amanhã. Afinal as saudações que se lhe dirigem nunca se requentam por merecidas em cada texto.
Diz-se por aí, nos gomos da laranja onde paira o outro, plano central dos catetos de Boliqueime, na triangulação da ribalta e da escarpa, que estas praxes do saudar, de comemorar os anos dos outros, é já desmoda.
Não para quem tuge, que festejamos sempre, mesmo com praxes démodé, os de que gostamos. Fazemo-lo esperançados que um destes dias alguém afaste os encadernados e fique à vista o Veuve Clicquot bien frappé e as flutes apropriadas à bebericagem refastelada nos orelhudos de cabedal.
Saúde Masson, saudinha da boa!
LNT & CMC
3:39:00 da tarde . - . Página inicial . - . Comentários (0)




 
Durão Barroso[0.597/2006]
Artistas

Paulo de Carvalho apresenta hoje, em concerto, no CCB, o seu disco de carreira.
Lá estarei para o felicitar e escutar.
Prevê-se um espectáculo de grande emoção onde não faltarão os que seguiram e acompanharam o seu percurso de sucesso.

Música (Som do Tugir em português)

O nosso Cherne Europeu (na foto de juventude em propedêutico à formação social-democrata) poderá daqui a uns anos, ao regressar de Bruxelas para se candidatar a Belém, promover igualmente um espectáculo, fazendo acompanhar-se dos artistas que com ele abrilhantaram festas maoístas de outros tempos ao som da balada "Ninguém há-de calar a voz da classe operária".
Consigo advinha-lo de T-shirt azul estrelado, em ritmo de pandeireta das Lajes, acompanhado por Arnaldo, enquanto Pacheco Abrupto solfeja o eu narcisista ontem ensaiado na rábula final da circulatura do quadrado.
LNT
Imagem:
Pormenor retirado desta imagem do Claro
11:35:00 da manhã . - . Página inicial . - . Comentários (3)



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