sexta-feira, maio 26, 2006
[0.617/2006] Liberalismos e os ditos (auto-considerados) liberais lusitanos
No passado fim-de-semana ouvi uma intervenção, algo peculiar, no congresso do PPD. Disse a ex-Ministra da Fazenda que este Governo do PS imitava os princípios políticos do PPD. Ora, se a senhora Conselheira de Estado, independentemente da filiação partidária que tem, concorda com algumas medidas deste Governo, é uma coisa. Daí a considerar que este Governo imita, em alguma coisa, os Governos do PPD é outra. Que se saiba, nunca se viu o último Governo de que a referida senhora fez parte com qualquer sensibilidade na área social ou com qualquer política activa no domínio da Economia, como este tem assumido. Tudo se resumia a uma política orientada e ditada pelo Ministério da Fazenda, com os resultados que infelizmente se comprovaram negativos para o país. Se há comparação possível, só a ex-Ministra da Fazenda pode encontrar numa leitura subliminar. Se esta política, por ser liberal, significa que o Governo é liberalizador nato, a pessoa mais desprevenida pode enganar-se. Há que liberalizar onde é necessário e este caso das farmácias é um bom exemplo, pois é o utente que beneficia. O PS, felizmente, nunca assumiu um discurso encapotado, expressando que a liberalização é a panaceia deste país. Ao contrário do PPD e alguns senhores de certos Compromissos, em nome do país (qual?), que de tanto liberalismo económico apregoam, quando visto à luta, acaba por sustentar uma leitura e uma argumentação mais adepta da sombra do Estado do que propriamente da iniciativa privada. CMC
5:52:00 da tarde
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