sexta-feira, dezembro 31, 2004
[1.535/2004]
Fim do Ano
11:16:00 da tarde
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quinta-feira, dezembro 30, 2004
[1.534/2004]
A dança dos indicados
As listas de deputado estão fechadas à esquerda. À direita, ainda estão por definir.
No CDS, tudo é uma incógnita, se bem que se possa depreender por onde concorrerão as principais figuras do partido.
No PPD, a confusão é maior.
Entre avanços e recuos, as listas já foram feitas e desfeitas. Bragança e Setúbal, com nomes colocados, deixaram de os ter.
No caso do distrito transmontano, a distrital local não quis sair à rua com uma candidato que nada diz ao distrito. Nas terras do Sado, a mudança, à última da hora, depois de conhecidas as primeiras impressões relativamente à candidata indicada, deixavam antever, às hostes laranjas, que se podiam sujeitar a uma pesada derrota no distrito.
Assim, pára-quedista por pára-quedista, mais vale o ministro da Segurança Social dar o litro em Setúbal.
Mesmo não tendo um perfil adequado, não submete o partido a uma chuva de ataques vermelhos que poderia deixar o PPD, ou melhor, a sua candidata, em maus lençóis.
Resta saber, quais as distritais que vão ter de ceder quatro lugares aos partidos, sem grande expressão eleitoral - juntos nem chegam a 1% de votos. Sempre são quatro militantes do partido que terão de ficar de fora.
Assim se vão conhecendo os futuros parlamentares da Nação.
Algo de novo? Pouco mais que nada.
CMC
4:56:00 da tarde
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quarta-feira, dezembro 29, 2004
[1.533/2004]
Lição sobre a água
Este líquido é água.
Quando pura
é inodora, insípida e incolor.
Reduzida a vapor,
sob tensão e a alta temperatura,
move os êmbolos das máquinas que, por isso,
se denominam máquinas de vapor.
É um bom dissolvente.
Embora com excepções mas de um modo geral,
dissolve tudo bem, ácidos, bases e sais.
Congela a zero graus centesimais
e ferve a 100, quando à pressão normal.
Foi neste líquido que numa noite cálida de Verão,
sob um luar gomoso e branco de camélia,
apareceu a boiar o cadáver de Ofélia
com um nenúfar na mão.
António Gedeão
9:09:00 da tarde
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[1.532/2004]
As listas do PS
Conhecidos os primeiros nomes das listas socialistas, não deixa de causar surpresa alguns nomes, uns pela positiva e outros nem tanto.
Positivos, os indicados para Coimbra e Setúbal. Refira-se que assumir uma disputa no distrito de Coimbra, com a delicada questão da co-incineração pelo meio, é um sinal de grande coragem política, e mais do que coragem do próprio PS é de Matilde Sousa Franco, sem sombra de dúvidas.
Contudo, Viana do Castelo e Aveiro não deixam de ser uma surpresa um pouco desajustada, para nomes com mérito pelo seu currículo. Principalmente no círculo da ria, onde o PS arrisca-se a não alcançar tão bons resultados, fruto do confronto com dois super-pesos-pesados da direita no distrito.
Infelizmente, pude constatar que num dos círculos das Beiras queda-se uma personalidade de quem se Guarda poucas boas memórias. Lamentável.
E, como não podia deixar de ser, surgem alguns, poucos, mas pára-quedistas.
Fica o palpite a confirmar na noite de 20 de Fevereiro: penso que o PS alcançará a maioria absoluta.
CMC
8:28:00 da tarde
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[1.531/2004]
Não há fumo sem fogo
Só li as parangonas: a CGD vale menos do que um banco privado português.
Será que, mais dia, menos dia, seremos brindados com a mesma ideia dos primeiros dias de Janeiro de 2002, a venda desta instituição estatal? Com um bom e justificado motivo, que bem podia ser conhecido como o milagre do défice anulado.
Há quem pense que a famigerada Central não funcione. Mas, tal como as bruxas... que las hay, hay!
CMC
6:59:00 da tarde
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[1.530/2004]
Caro Hugo,
Obviamente que a crença e defesa feita por si e pelo Miguel não é de um Estado inexistente, isso sim, seria assumir uma posição anarquista, que nada tem em comum com a vossa concepção de sociedade.
Porém, como bem realça: "o nosso argumento é a eficiência". Este é um dos pontos nevrálgicos que nos distingue e diferencia da forma como concebemos, por que, do ponto de vista social-democrata, não basta somente a eficiência. Vivemos numa sociedade de desigualdades, e infelizmente cada vez mais gritantes. Ora, para inverter este fosso que se abre, a eficiência, por si só não chega. E permita-me assumir uma postura enunciada e equacionada por Rawls, de todos partirem do mesmo ponto de partida. Quando, ambos sabemos, que não partimos, muito menos estamos, no mesmo ponto de partida. Por conseguinte, a eficiência não é o único ingrediente numa sociedade que se quer mais justa. Mas já sei, que a tese de Hayek vai contra a justiça social, que pode descambar em totalitarismo. Todavia, se me permite, não se caia nesta simples análise em dicotomias, do bom e do mau, dos tais juízos de valor que Hayek não apreciava, mas que, ao fim e ao cabo, acabam por ser feitos.
O Estado tem um papel fundamental que não se resume, do meu ponto de vista, a actuar em determinados momentos, e a ser algo parecido como um juiz de uma partida que é extremamente indisciplinada, sem regras, e não só, sem intervir.
Certamente, que a minha perspectiva tem os seus defeitos, nomeadamente no que diz respeito à usurpação e usufruto do próprio Estado por parte dos seus dirigentes políticos. Mas também tem as suas virtudes.
De qualquer forma, como escrevi anteriormente, não considero a vossa respeitosa, e com bastante virtudes certamente, perspectiva como sendo anarquista ou algo próximo. Longe disso.
Votos de bom 2005.
CMC
6:42:00 da tarde
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[1.529/2004]
Os políticos pára-quedistas
Sempre que há eleições, na altura da elaboração das listas, é sempre fácil constatar os inúmeros pára-quedistas que os partidos políticos espalham pelo país. Exceptuando os círculos das duas grandes metrópoles, é frequente constatar a existência destes candidatos em vários distritos, aos quais, os candidatos, não têm a mínima afinidade.
Pelo que se vai descortinando das actuais listas, o PPD é, nestas eleições, o campeão do pára-quedismo. Braga, Bragança, Castelo Branco e Évora são, do que se conhece, os exemplos manifestos.
Falta conhecer o círculo eleitoral do gestor das risquinhas (não sei qual foi a pólvora que o senhor descobriu, que o fez ser, segundo alguns, um dos melhores exemplos de gestores da actualidade) . Afinal, como gestor e político, obra, só no dizer de alguns. Poderá haver com esta pessoa comprimisso, em Portugal? Ainda está por provar. Em cinco meses de exercício, nada de novo nas obras do domínio público.
Salvaguarde-se, porém, o que não deixa de ser surpreendente e extraordinário, a cabeça-de-lista laranja por Setúbal, que, não sendo propriamente uma pára-quedista, do ponto de vista de colocação geográfica, pois o seu passado de militante comunista permite-lhe ter uma noção real do distrito, acaba por ser uma pára-quedista doutrinária, ao estilo do lema: o bom filho à casa retorna. Desta vez, na pele de enteada.
CMC
1:25:00 da manhã
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[1.528/2004]
Caro Miguel,
Nunca o poderia considerar anarquista, até porque, o tipo de Estado do modelo hayekiano é, precisamente, o Estado que mais o anarquismo contesta e coloca em causa, como alvo prioritário a derrubar.
CMC
1:10:00 da manhã
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terça-feira, dezembro 28, 2004
[1.527/2004]
A mania das mudanças
Para tudo ficar na mesma ou pior
Ouvir alguns políticos da praça nacional defenderem a mudança da III para uma IV República não deixa de ser uma boa anedota.
Se o problema da política portuguesa fosse a mera passagem da III para a IV República, todos os portugueses podiam estar tranquilos e ansiosos com essa mudança.
Todavia, o problema não reside, substancialmente, na mudança da Constituição, pois caso houvesse renovada república, como uns proclamam, os mesmos políticos da III estariam presentes na IV.
Mais do que uma questão de sistema, é uma questão de pessoas. E, se os incompetentes da III República permanecem, por que os há em todos os partidos, naturalmente que a incompetência continuaria a reinar (que termo menos republicano) na IV.
Mudar só por mudar?
Em suma, a máxima de Lampedusa aplica-se: é preciso que tudo mude, para tudo ficar na mesma.
Há políticos que deviam ter mais pudor quando falam.
CMC
11:11:00 da manhã
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[1.526/2004]
O complexo enredo ucraniano
Não fosse um caso real, as eleições ucranianas mais se parecem com uma novela de Sir Arthur Connan Doyle. Primeiro o envenenamento de um dos candidatos. Depois, os recambolescos episódios eleitorais. Finalmente, como desfecho, mas penso que ainda não seja o fim de todo o enredo, o assassinado, segundo consta, de um importante ministro ucraniano. Tendo, como era prevista, o reclamar do resultado eleitoral, por parte do candidato derrotado.
Se tudo fosse tão simples e "elementar". O enredo ucraniano está para durar.
CMC
10:37:00 da manhã
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segunda-feira, dezembro 27, 2004
[1.525/2004]
Os "quero ser deputado" via imprensa
Em dois dias, seguidos, leio no Público, dois artigos de opinião, de dois militantes socialistas, um deles confesso recém filiado, e que bem podiam ter poupado no palavreado que gastaram a escrever, pois no fundo apenas querem dizer: quero ser deputado pelo PS.
Agora clama-se nos jornais para se ser deputado. Temos nova moda política.
Se uns participam em concursos televisivos, para conquistar autarquias... Enfim, a política portuguesa está a chegar a um ponto de difícil definição.
CMC
10:36:00 da tarde
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[1.524/2004]
Caro Miguel,
Atrasado na nova resposta (ou melhor, calculo que no seu entender seja não resposta da minha parte), devido ao interregno que a época convida.
Todavia, gostaria de lhe responder novamente, visto que teve a amabilidade de retorquir. Por um lado, escreveu que não lhe tinha respondido. De facto, não respondi ponto por ponto, reconheço. Deduzi que a afirmação: "Está a pedir-me a Eureka para saída do descalabro das contas portuguesas. Se a questão fosse assim tão simples, a esta hora não estaria aqui. Como não sou portador de faculdades extra, para além da razão e emoção que me são inatas", tinha sido a resposta adequada e sintética ao rol de perguntas que me formulou. Por outro, o Miguel, afinal, do seu ponto de vista, até conhecia as respostas às questões que colocou. Tanto as sabia, segundo o seu entender, que acabou por as dar. E até considera o problema do défice "bastante simples".
O Miguel teve a gentileza de me corrigir no termo/definição catalaxia, empregue pelo seu ícone, Hayek. Ora, a catalaxia a que me refiro, a do jurista, politólogo e economista austríaco, prende-se com a defesa de uma sociedade livre se devia cingir a regras que deixassem o mercado funcionar por si, tendo por finalidade alcançar os resultados mais elevados.
Ora, meu caro Miguel, está no seu direito defender a sua tese, por que nela crê. Assim como, segundo Hayek defender a menor presença possível do Estado.
Mas, e infelizmente, o recente caso calamitoso que aconteceu no sudeste asiático vem provar como o Estado é fundamental. Quem, a não ser o Estado, terá de voltar a devolver aos milhões de desalojados, aos milhões de desempregados (empregadores e empregados), uma nova esperança num momento de catástrofe? Não é o mercado, por que esse não lida com a pobreza. Afasta-se dela e tem poucas preocupações com a miséria que grassa.
Certo de que continuaremos a ter a nossa perspectiva da sociedade, o mais importante, desde diálogo, é a troca de ideias. E estou seguro que não sou possuidor de nenhuma verdade absoluta.
CMC
9:57:00 da tarde
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[1.523/2004]
Air Macau
Notícias de Macau informam que os Penduras, comandantes da Air Macau estão todos de boa saúde.
Ainda bem que o Paulo Bandeira, o António Almeida e o Cúcio tiveram um Natal calmo e em boa paz.
Deixo este Post para os Penduras que nos lêem.
LNT
Nota: Mais informação sobre o outro piloto da Air Macau no Blog dos Penduras
6:58:00 da tarde
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[1.522/2004]
Barrete, só mesmo o frígio
Parece que alguns cidadãos portugueses, de um momento para o outro, despertaram para a existência de um Presidente da República. Que ainda por cima, talvez para seu desgosto, é eleito pelos portugueses.
Desgostosos com a tomada de posição do Presidente, de dissolver a Assembleia da República, algumas pessoas de direita, militantes acéfalos e sem outro objectivo que não seja o poder pelo poder a todo custo, juntam-se agora alguns monárquicos, que percepcionam nesta brecha o momento ideal para colocar em causa o regime republicano.
Ora, parece que certas pessoas só colocam em causa o regime nos momentos aparentemente tíbios. Mas, de facto, este não é, não foi, um momento de tibieza, concorde-se ou não com a decisão do Presidente da República. Pelo contrário.
Afinal, para quem pensava que o Presidente da República era uma Rainha de Inglaterra, sem sangue azul e ainda por cima escolhido pela plebe, pode constatar que o Presidente não é uma instituição de menos relevância no contexto do sistema político nacional. Bem como, importa sublinhar, o Presidente não deve aparecer sempre que lhe apetece, mas deve intervir somente nos momentos cruciais e aí tem o dever e direito de intervir.
Quem coloca em causa a República, neste momento, só por a mais alta personalidade do Estado tomar uma decisão, é quem pouco ou nada tem para apresentar de melhor.
E, muito sinceramente, com o maior respeito pelos bons monárquicos do nosso país (não me esqueço do passado da Nação), prefiro viver num regime em que os cidadãos sejam (ou melhor, devam ser, também não devo ser demasiado ingénuo) tratados como iguais.
Não queiram alguns enfiar alguns barretes. Neste caso, se quiserem enfiar algum, só mesmo o frígio.
CMC
6:01:00 da tarde
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[1.521/2004]
O novo Tratado de Methuen
Depois do vinho a língua
Depois de há três séculos termos perdido o vinho, agora é a vez da língua. Lamentavelmente, em Portugal, tudo, ou quase tudo, parece servir de moeda de troca. Em troca, precisamente, de nada. Ou melhor, de subserviência.
Há poucos dias referia-me à transição de Macau de Administração portuguesa para a chinesa e como, entretanto, o ensino de português disparou, como não tinha sucedido enquanto os lusos governaram o território.
Da mesma forma, segundo o que circulou, na sequência da reunião magna em Lisboa, da língua portuguesa, o português também disparou em Moçambique. O encontro da língua portuguesa ocorreu, não sei se por coincidência de calendário ou apenas mimese de outros, já que foi organizada após os sauraus dos falantes de espanhol e francês.
E, em Portugal, o que fazem os nossos excelsos políticos? Apenas defendem a introdução do inglês no ensino básico. Como se tivessem encontrado a panaceia dos males portugueses: ensinar inglês às crianças. Quer o programa do PS, quer o Governo ainda em funções, ambos defendem a introdução o mais cedo possível.
Ora, tal medida não é nova. Em Itália, se bem me lembro, o senhor magnata da comunicação social e actual líder de executivo, também defendia essa medida na campanha eleitoral das legislativas transalpinas. Mas, há uma diferença substancial entre Portugal e a Itália, e ela reside no número de materno falantes. O italiano pouca mais expressão tem para além da península a sul dos Alpes e na Confederação Helvética. Ainda podemos acrescentar os respeitosos Estados de São Marino e do Vaticano, que se encontram na península da grande Itália. O português, não só não se confina a este território mais a ocidente do Velho Continente, como se expande em África, na América do Sul, na Ásia, ainda que em menor, muito menor dimensão.
Em vez de os nossos políticos, à direita e à esquerda, defenderem o português como língua de trabalho na UE, preferem nem reivindicar e apenas apoiam o inglês como língua franca. Quando, recorde-se, a nível mundial o português é a terceira língua europeia de materno falantes, depois do inglês e do castelhano. À frente de outras, outrora, potências falantes, como, sobretudo, o francês e o alemão.
Mas, o que faz hoje do português uma língua com projecção mundial? Tudo se deve, por enquanto, ao Brasil, não só pela sua base demográfica, mais de 150 milhões, mas também pela potência emergente que surge na América do Sul. Bem como, futuramente, Angola e Moçambique farão, muito provavelmente, do português uma língua com maior dimensão mundial. E Portugal, o que faz? Nada. Prefere defender o inglês como língua de trabalho da UE e ensina inglês às crianças no básico.
E, se em Macau o português se ensina, tal se deve, mais, às ligações/relações que China e Brasil têm aprofundado, a diversos níveis, bem como aos fortes investimentos da República Popular da China nos chamado PALOP (que expressão mais neo-colonialista para designar os Estados independentes, mas que, com este termo, ainda nós, portugueses, queremos pensar que grande parte das antigas metrópoles ainda estão dependentes de nós; como nos enganamos).
O português, qualquer dia, sujeita-se a cambiar de termo, passando a denominar-se de brasileiro: a língua oficial do Brasil. E, pelo andar da carruagem, nem me admiro que a outra potência crescente, Angola, se importe com isso. Até porque, os dois países detestam a expressão lusofonia, visto que, no seu termo, a palavra prende-se com Portugal. E, bem vistas as coisas, o que faz Portugal? Apenas defende a respeitosa língua de Shakespeare. E a de Camões? Essa pouco importa. Está mais do que visto. Até nos manuais do secundário as grandes referências da nossa literatura são afastadas. Pouco importa o que escreveu Gil Vicente ou Bocage, Sá de Miranda ou Ramalho Ortigão.
Lamentavelmente, continuamos a ser um país que gosta de assinar tratados, como os de Methuen.
Depois ainda temos o descaramento de criticar e acusar os espanhóis de prepotência, só por que cuidam dos seus interesses?
Em Portugal, a classe dita pensante nem apercebe que actualmente, na superpotência mundial, já se colocam questões como a onda de hispano falantes. Até o pai do "choque de civilizações" já acena com o fantasma hispânico nos Estados Unidos.
Como escreveu, ontem no Público, António Barreto passamos "Da asneira à cegueira" e propôs: "que o inglês seja obrigatório a partir dos seis anos ou do jardim-escola. E português, só aos oito, como primeira língua estrangeira. Optativa, está de ver!"
Para muitos políticos da nossa praça a sua pátria não é, muito provavelmente, a sua língua.
É caso para dizer, quando os portugueses pensam defender os seus interesses, que "tudo me enoja e aborrece".
CMC
10:38:00 da manhã
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[1.520/2004]
A seguir com atenção os próximos passos
O Ocidente parece regozijar com a vitória do candidato ucraniano pró-ocidente. Penso que não haverá assim tantos motivos de comemoração.
Está por apurar o porquê da tirada do tapete ao candidato pró-russo quer do Presidente ucraniano ainda em exercício quer do Presidente russo.
O que fez o czar Vladimir mudar de posição em relação ao apoio que já tinha manifestado? Sabendo, de antemão, que quem manda em Moscovo sabe o que quer e faz.
Assim como, o porquê do comprometimento de Iuchtchenko de a sua primeira visita oficial ao exterior ser a Moscovo.
As palavras ontem proferidas, de só ao fim de 15 anos a Ucrânia ser finalmente livre, depois da independência proveniente do desmembramento da URSS, mais me soa a retórica de circunstância.
A ser alvo de atenção, não certamente nos próximos meses, mas nos próximos anos esta relação ucraniana, quer a forma como lida com o lado dos Urais quer com o lado do Atlântico.
CMC
9:54:00 da manhã
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domingo, dezembro 26, 2004
[1.519/2004]
Sem vontade
Ainda que em português, Tugir em 26 de Dezembro é como digerir os abusos que se cometeram nos dias anteriores.
Mesmo assim, mesmo ainda não apetecendo Tugir ou Mugir, fica só o contacto para lamentar o que entre o Pacífico e o Indico se passou (está a passar) talvez também em parte resultante das muitas atrocidades que o Homem tem exercido contra a natureza.
O Post fica por aqui, na expectativa de novas informações e a preocupação acrescida de saber novidades de alguns camaradas da Air Macau que estão de férias pelas praias da Tailândia.
LNT
Nota: uma arreliadora avaria no servidor americano que nos fornece o sistema de comentários tem inviabilizado a sua disponibilização. Ninguém mais do que nós lamenta esta situação e, embora não nos conforte, é bom saber que também os americanos na sua fama de eficiência, conseguem deixar inoperacional um serviço pago, por mais de quatro dias.
8:59:00 da tarde
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sábado, dezembro 25, 2004
[1.518/2004]
Ho! Ho! Ho!
Venham as renas e o trenó porque este ano, em vez de trazer, levo no meu saco umas ricas prendas.
Vejam lá se em Fevereiro começam um ano melhor, que já estou velho e cansado para este traz e leva.
Os Tugires desejam, a toda a comunidade Blogos e arredores, Boas-Festas.
Feliz Natal e Óptimo 2005.
LNT & CMC
11:32:00 da tarde
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quinta-feira, dezembro 23, 2004
[1.517/2004]
Magen David' Ouro
Não mais importante do que outras honrarias recebidas, mas de imenso significado pelo remetente de qualidade, o Tugir em português foi incluído no quadro de honra da Rua da Judiaria.
Obrigado Nuno. Talvez não merecêssemos a distinção.
Pela minha parte, não me atrevo a fazer avaliações. Se o fizesse, o Rua da Judiaria seria certamente um dos top's.
E como o Natal este ano calha ao Sábado, todos teremos motivos de festa.
LNT
4:44:00 da tarde
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[1.516/2004]
Esqueceu-se do porvir imediato na intervenção
Antes de me submeter ao silêncio sabático da quadra, resta-me, pela primeira vez, neste blog, criticar o senhor Presidente da República.
Devo admitir, e concordar, ainda que parcialmente, com os críticos, tanto à direita como à esquerda, que Presidente da República não esteve bem na declaração que fez aos portugueses, no início deste mês.
É que, lamentavelmente, os episódios, não escalpelizados, a que o Presidente da Republica aludiu na sua intervenção não foram equacionados no futuro, como hoje se comprova.
O Presidente da República merece ser criticado, pois não referiu a continuidade de episódios lastimáveis deste executivo.
Todavia, quero deixar bem claro, que, para mim, o senhor Presidente da República não é um caudilho. Mais. Independentemente da crítica que agora faço, considero-o o melhor político português na actualidade.
As minhas letras regressam na próxima semana. Votos de um Feliz Natal.
CMC
1:23:00 da tarde
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[1.515/2004]
Agenda para hoje:
De manhã - Partir pedra;
Pela hora do almoço - Almoçar com uns amigos e não ver os ilusionistas contratados a tirar coelhos deficitários da cartola;
De tarde - Partir pedra;
Ao fim da tarde - Utilizar intensivamente o cartão de crédito (reparo agora que já está a perder a cor);
Antes do jantar - Não ver o mago do ambiente a fazer o número que lhe foi interdito ontem;
Pela hora do jantar - Jantar;
Depois do jantar - Não cair no erro de ver qualquer um dos blocos de propaganda a que chamam noticiários. Já se sabe que até Fevereiro, todos os dias haverá um caso na lógica Santanista de que não importa se dizem bem ou mal desde que digam alguma coisa.
LNT
1:04:00 da tarde
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quarta-feira, dezembro 22, 2004
[1.514/2004]
Encartem-se
O Rui lembrou e lembrou bem de que Edite Estrela foi condenada, acusada de ter utilizado bens públicos em favor da sua campanha política.
Lembram-se certamente da estória. Uma revista da Câmara Municipal de Sintra a contar as loas de um mandato.
Em que tribunal será julgado o caso de um governo que, sem ter loas para contar, fez publicar em tempo de gestão, um panfleto que distribuiu como "encarte"?
Como poderá um Tribunal condenar o que se encontra em segredo de Estado?
LNT
4:05:00 da tarde
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[1.513/2004]
Afinal sempre faço o Post ( Act. )
Para responder ao Intermitente Miguel, utilizando as regras que o guiam.
É da sua teoria e escola "não existem almoços grátis" e que o mercado é a resposta para tudo. Assim sendo, as respostas que pede estão sujeitas às regras desse mesmo mercado. Terá de pagar para as obter.
Quanto ao resto, principalmente à "A teoria e a prática demonstram que, por regra, o Estado toma pior decisões de consumo e investimento que os indivíduos", gostaria que demonstrasse essa prática e essa teoria.
É tão fácil pedir fundamentações aos outros, não é? Difícil é a coerência que não resulta somente de um alinhavo de teorias bem escritas e das matérias frescas por exigência da escola.
LNT
Act.: O Miguel resolveu responder com mais uma catrefada de "papers" achando que, com isso, estava a fundamentar alguma coisa.
Está bem, caro Miguel. Estamos conversados. Só que isto nem é o lugar nem o meio para sabatinas académicas. Parabéns pelos 20 valores. A matéria está em dia.
(Para citadores já tenho que me chegue)
Nota: A imagem reproduz um trabalho de Brian Keeper por ele intitulada de Exit Liberal
1:17:00 da tarde
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[1.512/2004]
Não sabia, confesso...
... que este Orçamento vai na direcção de ter "uma sociedade civil mais participativa, com homens e mulheres informados, que tenham um papel activo no País e que confiem nas suas capacidades e nas razões que ditarão o nosso futuro".
Da mesma forma, não sabia que o défice de 2001 era de 5,4%. Quando segundo uns era de 3,5% e outros, com outras contas, 4,1%. Agora, em 2004, diz-se que o défice de 2001 foi 5,4%. Extraordinário!
Também não sabia que a média de desemprego da UE servia de medida para querer atenuar a taxa de desemprego portuguesa. Será que não podia, já agora, ser colocado um gráfico da taxa de desemprego dos últimos dez anos. Seria interessante observar as oscilações da linha da taxa de desemprego portuguesa.
Enfim, como português, tenho um documento fornecido através dos jornais diários de hoje; documento este que se "enquadra nos objectivos de informação e esclarecimento dos cidadãos sobre a actividade do Estado".
Todavia, não me sinto nada informado. Pelo contrário, ouso pensar que estou a ser ludibriado.
Reconheço, porém, a qualidade do papel e da impressão.
Será que não podiam ter sido poupados, mesmo que trocos (quanto terá custado o panfleto de propaganda?), alguns tostões para ajudar na diminuição do défice?
Não pode pedir sacrifícios quem não os faz.
CMC
9:34:00 da manhã
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[1.511/2004]
Enigma
No Alentejo profundo as portas de fim do corredor mantém-se fechadas.
Escondem segredos que, sabe Deus, se revelarão na altura própria,
por enquanto fechadas às portas da traição.
Do fundo do corredor do Alentejo profundo,
que crimes esconderão as portas que fechadas estão,
no fundo dos corredores.
Quais cicatrizes sem crosta aguardam mais punhaladas,
por detrás das maléficas portas que no fundo do corredor ainda permanecem fechadas?
LNT
1:59:00 da manhã
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[1.510/2004]
Não está tudo bem?
Só me lembrei do filme que passava às 19:50 às 20:10. Era tarde. Devo ter perdido uma grande peça televisiva.
Todavia, tenho de admitir, que fiquei um pouco atónito, não durante o resto do dia, felizmente, com uma conferência de imprensa que decorreu à hora de almoço. A conferência de imprensa visava comunicar a realização de outra conferência de imprensa na próxima quinta-feira.
Não é qualquer um que tem esta virtude, de convocar uma conferência de imprensa para anunciar outra. E, é bem natural que se pergunte, pelo que tive oportunidade de ler: crise? Qual crise?
Será que as pessoas ainda não sabem que a austeridade acabou? A retoma está aí. Alto astral.
Onde é que eu já ouvi isto?!
CMC
1:00:00 da manhã
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terça-feira, dezembro 21, 2004
[1.509/2004]
A resposta
Um estimado devoto de "O Caminho para a Servidão" coloca-me uma série de questões a propósito de um texto que escrevi.
Caro Miguel,
Está a pedir-me a Eureka para saída do descalabro das contas portuguesas. Se a questão fosse assim tão simples, a esta hora não estaria aqui. Como não sou portador de faculdades extra, para além da razão e emoção que me são inatas (serão?), devo dizer-lhe, como sabe (deduzo), certamente, socialismo/social-democracia não são sinónimos de totalitarismo.
Por isso, defendo Estado com dedos e anéis. Sou defensor de um Estado com roupas. E a prova está à vista. Basta reduzir o Estado à tanga, para todos ficarmos constipados. Mais uns do que outros. Infelizmente.
Contudo, não sou apologista de um Estado bulimico nem de um Estado anorético.
Por conseguinte, não sendo crente na utopia (não assumida) catalaxia, como calculo que seja, não espere de mim, como ser Humano, respostas exactas, para questões extremamente complexas. Não sou determinista.
CMC
11:30:00 da tarde
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[1.508/2004]
Retornos
Quando o Governo da coligação de direita tomou posse, (Barroso/Portas), uma das primeiras atoardas da então Ministra das Finanças, após as delações que em campanha o PSD fez em Bruxelas relativas ao défice do Governo anterior, foi demitir o Director-Geral dos Impostos, Nunes do Reis, num discurso demagógico e caluniador, que proferiu na Assembleia da República.
Nunes dos Reis foi o primeiro responsável, com o apoio do Director-Geral da Informática Tributária, Cavalheiro Dias, pela maior revolução havida desde sempre no Fisco, tendo sido portador para esta área essencial da arrecadação de receitas, de todas as facilidades tecnológicas que, pensadas e implementadas com a sabedoria de gente da casa, permitiu o uso intensivo de tecnologias Web e a desmaterialização declarativa, potenciadoras de melhor relacionamento dos cidadãos-contribuintes com o fisco e de melhoria sustentada de condições de qualidade da cidadania. (Declarações electrónicas, correio electrónico, pagamentos Multibanco, Websites informativos e disponibilizadores de aplicações de cálculo, combate à burocracia na área fiscal, etc.)
Na altura, o Director-Geral dos Impostos (ou da DGITA), era remunerado pelo valor que a Lei especificava para o cargo. Não era um ilustre gestor da banca privada, antes um técnico de reputação impecável e conhecimentos profundos de fiscalidade, reconhecido em Portugal e nas Comunidades onde, por concurso, desempenhou um cargo de destaque.
Depois vieram os senhores do novo poder e entenderam que tudo o que os antecedia não prestava, fazendo substituir e caluniando os dirigentes que estavam, por uma onda de quadros da banca privada, pessoas certamente muito competentes nas áreas onde exerciam as suas profissões mas totalmente ausentes e desconhecedoras das coisas das finanças públicas e dos volumes e importância do trabalho desenvolvido. Enfim, sem comentários. A história contará também o que foi o que se passou nestes últimos anos em que foram sistematicamente emparteleirados os quadros com provas dadas, numa febre de negócio muito pouco coerente.
Vem isto a talhe de foice por o tal DGCI, Nunes dos Reis, ter sido hoje empossado como Director de Serviços do IVA, imposto de que é fundador e da caricata situação de ficar hierarquicamente subordinado a quem com ele poderá aprender o Imposto.
Não assisti à posse mas imagino o mal-estar dos empossadores. Portugal no seu pior, demonstrador da incapacidade de entender que Política e Administração casam mal e que enquanto as pessoas certas não ocuparem os seus lugares por direito, nunca chegaremos a bom porto.
Os resultados estão à vista.
A tão apregoada competência do Governo da Coligação nada conseguiu a não ser destruir, e fazer regredir o vanguardismo tecnológico e de sistemas da área fiscal onde desde há três anos se limita a consumir os recursos diminutos que lhe são disponibilizados olhando o umbigo e esquecendo o essencial.
Bom regresso, Nunes dos Reis. Esperamos que possa desde já começar a reconstruir os estragos e a recuperar dos atrasos que estes dois últimos governos significaram no retrocesso da aproximação do Estado aos Cidadãos.
LNT
2:53:00 da tarde
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[1.507/2004]
Já cá faltava
A culpa é da banca. Os irresponsáveis são sempre assim. Para toda a porcaria que fazem atribuem a culpa a outros. Os inimputáveis têm sempre o mesmo comportamento.
Quando ontem se soube do "chumbo" à palhaçada que o Ministro da Fazenda queria fazer aos burocratas de Bruxelas fiquei de imediato à espera de duas coisas:
1ª - Saber para cima de quem iriam atirar as culpas;
2ª - Saber quando seria a melhor altura para responsabilizarem o anterior governo de mais um falhanço deste.
Em plena fase Shakespeariana de Pedro Santana Lopes e à falta de mais Brutus para o parricídio, o intolerável Ministro da Fazenda, a dez dias de acabar o ano, atira-se à Banca responsabilizando-a da desmascaração que a Comunidade fez.
O que diriam tão incompetentes criaturas se o Partido Socialista fizesse, como fez Durão Barroso em idêntica situação, quando foi a Bruxelas apontar o dedo à situação financeira do País?
O que diria, que tragédias representaria esta corja de incompetentes que deixam o País na pior situação de sempre? A irresponsabilidade tem limites, para mais depois da falência total das políticas impostas onde sacrificaram, durante quase três anos, a qualidade de vida dos portugueses e comprometerem o desenvolvimento das próximas gerações.
Venham depois evocar a estabilidade para justificar as razões de Junho.
LNT
1:22:00 da tarde
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segunda-feira, dezembro 20, 2004
[1.506/2004]
Ajudas a preservar
Esperemos que os golpes de Estado não sejam o pão-nosso de cada dia dos guineenses. Caso contrário, em primeiro lugar, os principais alvos da turbulência são os próprios autóctones. Depois, é a credibilidade internacional de um dos países mais pobres do mundo que fica ainda mais em causa.
É que, com estes sucessivos golpes de Estado, milhões de euros já desapareceram e os responsáveis guineenses do momento pós-golpe não conseguem justificar as verbas que anteriormente tinham sido atribuídas à Guiné-Bissau e que já não se encontram nas contas públicas.
A credibilidade de um Estado rui quando este não sabe cumprir os seus compromissos. Por isso, actualmente, há quem deixe de prestar auxílio, visto que, muita das verbas acabam por ir parar às contas dos déspotas que se alojam temporariamente no poder.
Que estes 42 milhões de euros não caiam no saco de alguns e sejam os locais os principais beneficiados desta ajuda.
Estaremos para ver como correm as próximas eleições, nomeadamente as presidenciais, que podem opor dois antigos Presidentes da República.
Só faltava ver Nino (pelo PAIGC) defrontar Kumba (pelo PRS). Que dois!!!
CMC
11:03:00 da tarde
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[1.505/2004]
À margem
Da recente polémica, em torno da co-incineração, resulta mais um facto político da fraqueza do parceiro maioritário do executivo.
O PPD passa à margem do debate e quem faz valer a posição é o CDS.
Até neste aspecto, a dependência do parceiro minoritário é flagrante.
CMC
10:50:00 da tarde
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[1.504/2004]
Cinco anos depois
Uma vez mais, Portugal dá mostras da sua política externa sem rumo. Ao invés, o aliado chinês demonstra a sua independência e sabe onde colocar as suas peças. A ida do Presidente da China, Hu Jintao, a Macau, neste dia comemorativo, não deve deixar de ser assinalada. E, não é por acaso que o Presidente da grande potência asiática, a caminho de se tornar na próxima superpotência mundial, se desloca a Macau e ainda não colocou um pé na antiga colónia arrendada ao Reino Unido, Hong-Kong.
A China dá firmes passos e Portugal, um aliado estratégico no Ocidente, nem passos dá. Parado, à espera que algo passe.
Cinco anos depois da passagem de Macau de administração portuguesa para a China é algo que pouco diz ao nosso país. Eles (chineses) que comemorem.
É triste observar o comportamento externo de Portugal.
Um dos casos mais curiosos prende-se com o recrudescimento do ensino do português, em Macau, desde que o território é chinês. Assunto que penso voltar mais tarde: a presença da língua portuguesa no mundo.
A China continua, com a sua típica paciência, a galgar as escadas do sucesso. Portugal, que é um dos grandes aliados da China no Ocidente, continua fiel a si mesmo: sem qualquer orientação.
CMC
6:17:00 da tarde
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[1.503/2004]
As deficiências do défice
Tentou-se ludibriar os números do défice. Tapar o Sol com a peneira. Apesar de Sol não ser algo que abunda em Bruxelas, os serviços europeus detectaram o truque lusitano.
Outra trapalhada para juntar às muitas que este executivo já tem.
Afinal, quem tantas vezes clamou aos quatro ventos que os anteriores (os rosinhas) tinham deixado um grande défice, 5% dizia-se na campanha laranja de 2002. Hoje em dia, o défice não só continua, como está mais agravado.
Pior. Já venderam os anéis e qualquer dia ficamos sem dedos.
Será este o caminho a ser seguido?
Espero bem que não.
CMC
6:04:00 da tarde
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[1.502/2004] Thriller no Parque Mayer. (...) then a hand swiftly throws open the curtain. Pedro turns and sees the backlit figure of a woman with a large bread knife in her raised hand. Pedro screams (...)
De repente veio de novo à memória o Post [ 1.131 ] onde se recordava, de Alfred Hitchcock, o Psiyco. Sempre actual, o mestre do suspense americano, só rival em actualidade com Eça de Queirós, português. São as obras imortais, que entre os Maias, as suas traições, desamores e incesto e o Bates Motel com as facadas certeiras em ambiente psicopata rebarbativo, complexado no Édipo que se esvai pelo redemoinho de água vermelha que purifica o corpo depois de penetrado incontáveis vezes pelo punhal da ignomínia. Naked, defenseless, and in shock, Pedro screams while trying to ward off the assault with her arms. But the attack is relentless. The scene is intensified by searing background music that seems to slash and scream. Abruptly (bem me parecia) the onslaught ends and the woman exits. Pedro silently sinks downward against the wall. Her hand reaches forward to grab the shower curtain. The hooks pop and snap off the bar as her falling weight tears the curtain loose. He lands head first on the tile floor, half her body hanging on the tub. Ó musa, ó mores! Nem um espacinho sobrou para mais cicatrizes. LNT
11:02:00 da manhã
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[1.501/2004]
Quase a estrear
Consta que amanhã, antes do telejornal no Canal 1, vai para o ar uma parte (extra) da sequela de "A vítima".
Segundo fontes nada informadas, nada do que será passado amanhã ao fim da tarde, reproduzirá os últimos meses. Não serão vistas estaladas, pontapés, abanos, punhaladas, nem cicatrizes nas costas. Nem mesmo a circulação da má moeda.
É bem provável que haja um hiato temporal, e entre Março de 2002 e Dezembro de 2004 nada existiu. O mal estava antes. Entre 1995 e 2001. O país só existiu durante esse período. Tudo de mau desceu sobre Portugal. Recorde-se: menos desemprego, crescimento acima da média da UE, coesão e estabilidade social.
Depois veio, segundo alguns, a bonança: mais desemprego, mais instabilidade social, mais nomeações políticas, mais divergência da UE.
Foram tempos de ouro, para alguns. E, tenhamos em consideração, o choque prometido foi alcançado. O IVA aumentou, os salários congelaram. Se isto não é um choque, o que será um choque?!
A não perder, amanhã, um filmezinho, num televisor perto de si. Mesmo não tendo a qualidade cinematográfica dos filmes com Bela Lugosi, a realidade é mais sentida do que as cenas projectas no ecrã.
CMC
P.S. - A Ânimo já identificou a marca das facas.
10:00:00 da manhã
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[1.500/2004]
Há sempre duas formas de ver as mesmas coisas
às vezes três...
LNT
1:54:00 da manhã
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domingo, dezembro 19, 2004
[1.499/2004]
Personalidade do ano
Goste-se ou não do senhor, merece, com certeza, pela vitória atingida, ser a personalidade do ano.
Mesmo não simpatinzado com a pessoa, tenho de reconhecer a distinção na capa da reputada revista. É a vida!
CMC
9:00:00 da tarde
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[1.498/2004]
Caro MFC,
Devo dizer, em primeiro lugar, que aprecio, enquanto político, o actual Presidente da Câmara Municipal do Porto. Mesmo não concordando com os seus pontos de vista, muito menos identificando-me com a sua doutrina política, não deixo de lhe reconhecer valor e frontalidade. Características não muito usuais nos políticos da actualidade.
Lembro-me, apesar de estar na capital, das cenas a que o senhor esteve sujeito no início do seu mandato, por causa do futebol.
Sei que é uma luta, entre a Câmara e a grande instituição desportiva da cidade, confrangedora, nos últimos anos. Ainda por cima quem perde, no meio desta peleja, é a cidade do Porto e os portuenses.
Ao Presidente da Câmara do Porto reconheço também, o que não é usual no nosso país, a não mistura entre política (principalmente a nível de autarquias) e futebol.
O que até tem sido, para ele, diga-se em abono da verdade, pouco frutífero. Por que nunca nenhum clube português alcançara os títulos que o Futebol Clube do Porto tem obtido nos três anos últimos anos. Os mesmos do seu mandato.
Mas, mesmo mantendo-se irredutível na sua posição, e por isso coerente, com a sua postura, o autarca não cedeu um milímetro nesta grande e abundante relação existente entre os políticos e os dirigentes desportivos portugueses.
Aos portuenses cabe escolher, em Outubro próximo, quem deve comandar os destinos da sua cidade. Mas uma marca fica do actual edil da Invicta, promiscuidade entre política e futebol: basta.
Sei que neste país as mais do que relações institucionais entre os dois mundos são abundantes.
Seria bom, daqui em diante, nem políticos, nem dirigentes desportivos fazerem uso próprio das suas posições nos dois mundos.
Um boa forma de começar a desmantelar esta feudalização de que o nosso país ainda padece, passa, em boa parte, pelo fim desta promiscuidade entre os dois mundos (política e futebol).
CMC
7:24:00 da tarde
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[1.497/2004]
O costume, infelizmente
Terminou na sexta-feira, em Buenos Aires, a Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas.
Como já vem sendo hábito, estes encontros redundam num grande fracasso, com os principais Estados (leia-se E.U.A.) a desprezarem o problema que afecta o mundo.
É triste ver a degradação do mundo. É como um sujeito, que dá por si, em estado moribundo; sabe que tem de inverter os comportamentos, sob pena de piorar o seu estado de saúde, e, no entanto, prefere continuar com um ritmo, totalmente prejudicial, e fazer de conta que nada tem.
CMC
6:39:00 da tarde
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[1.496/2004]
Falta uma figuração para a trilogia de "A Vítima"
Este é o primeiro ano em que os cinéfilos não são brindados com um filme da saga "O senhor dos Anéis". Todavia, à falta de inspiração de um Tolkien, os portugueses são brindados com uma nova trilogia.
Produzida num curto espaço de tempo, quatro meses, falta conhecer a peça final da trilogia de "A Vítima".
Primeiro, a vítima era um pobre bebé. Que, devido às dificuldades de parto, foi colocado numa incubadora. O bebé foi alvo das agressões dos familiares mais velhos. Foram dados estalos e pontapés, para além dos sucessivos abanos na incubadora.
Encerrado o primeiro capítulo, um novo capítulo foi dado a conhecer. Um remake de um famoso episódio da antiguidade: Júlio César a subir as escadarias e um Brutus que o apunhalou. Deu facadas nas costas sem cessar. Chegando ao ponto de as costas já não terem mais nenhum lugar para serem apunhaladas. Só cicatrizes. Mas o pseudo-César, anteriormente bebé, resistiu.
Falta observar a última parte da trilogia. Atrevo-me a prever qual o próximo desempenho da "vítima": finge ser um cidadão filipino, que faz de Jesus Cristo no período Pascal, carregando a pesada cruz e carregando uma coroa de espinhos na cabeça.
A estrear brevemente, num televisor perto de si.
Qualquer semelhança entre a personagem Gollum, de "O Senhor dos Anéis", e a "vítima" é pura coincidência.
CMC
Nota técnica: O Carlos irá desculpar mas o link para Gollum que tinha feito no texto dava erro. Por assim ser, fiz este outro que me parece ser demonstrador do que ele queria dizer. Demora um pouco a carregar e é preciso ter o Flash, mas vale a pena.
1:29:00 da tarde
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[1.495/2004]
O perigoso buraco eleitoral
Todas as sondagens dão a vitória ao PS. Resta uma dúvida, terá o PS maioria absoluta? Ninguém sabe ao certo.
Face a estes dados já há quem dê por adquirida a vitória do PS. O líder socialista preferiu escolher o seu principal adversário, que não são os outros partidos, mas a abstenção. A mesma abstenção, muito ou pouca, que lhe pode dar ou retirar a maioria absoluta. É que neste caso, sempre que se dá por ganha uma eleição à partida, o acto eleitoral pode desmobilizar muitas pessoas de afluírem às urnas.
Se a vontade de mudar de políticas e políticos, de muitos portugueses é elevada, não será despiciendo o comportamento dos dois principais partidos e líderes de direita durante a campanha eleitoral, os mesmos de quem muitos portugueses já estão fartos.
A direita desfrutará nesta campanha de um palco perfeito (devido à desvantagem com que partem, o palco eleitoral acaba por ser propício às grandes e irrealizáveis promessas) para serem apregoadas as mais idílicas propostas.
Baseados no Orçamento, que permitiu o aumento de pensões e ordenados, estes aumentos serão reiteradamente proferidos, e será, concomitantemente, prometido o Carmo e a Trindade e até se poderá afirmar que o Rossio cabe na Betesga.
Os lisboetas lembrar-se-ão, certamente, das piscina e polidesportivos em cada bairro. De um túnel e de um Parque Mayer novo. Três anos passados, nada. Apenas um enorme buraco.
O grande buraco das próximas eleições poderá ser a abstenção. Todos os cuidados são poucos, pois o buraco abstencionista pode prejudicar a viabilidade da estabilidade política desejada.
CMC
9:51:00 da manhã
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sábado, dezembro 18, 2004
[1.494/2004]
Herança?
Só aceita a herança quem julga ser herdeiro legítimo. Não se deve aceitar, para depois desprezar. Ou se assume, sem tibiezas, ou se rejeita.
No caso, nem se assume, nem se rejeita. Ou melhor, assume-se o que fez, quando o que se mostra já vinha de trás, e rejeitou-se o que não era de sua responsabilidade.
No fim do curto espaço de tempo, ainda bem que terminou, o próximo responsável nacional é que terá de carregar com uma grande e pesada herança.
Nunca nenhuma equipa, em tão pouco espaço de tempo, tinha feito tanto disparate.
Ainda a semana que passou, mais dois casos foram gritantes. A Secretária de Estado que diz e desdiz-se. O Secretário de Estado que afirma ter vergonha e o Ministro que o tutela a demarcar-se da posição do seu subordinado.
Até em gestão, este grupo nos causa indigestão.
CMC
9:44:00 da tarde
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[1.493/2004]
Apelos ao voto útil faz o pleno
O PS, pela esquerda, já começou com o apelo ao voto útil. E, desta forma, lá se vêem os outros partidos, à esquerda do PS, a tentar inverter este apelo que lhes pode ser prejudicial eleitoralmente. Um dos partidos continua a assumir uma posição autista. Dizendo que só fará parte do próximo Governo socialista caso este governe à esquerda. Como qualquer português percebe, para aquele partido, o PS governará sempre à direita. O outro partido, diz que não quer fazer parte do Governo, mas depois diz que só faria parte de um executivo, caso o PS quisesse assumir uma postura de esquerda. Ora, como qualquer português percebe, para o partido que reclama esquerda à esquerda, o PS governará sempre à direita.
Hoje, o líder do principal partido da coligação, apelou ao eleitorado de direita para exercerem voto útil.
Às tantas, depois de perceber que não o pode manifestar de forma tão declarada, por causa do acordo estabelecido, ainda tentou emendar. Já era tarde. Em breve veremos o partido minoritário da coligação a responder a esta invasão, no eleitorado de direita.
As dificuldades acabarão por assomar-se ao partido maioritário, por que o aumento dos ordenados e das pensões, como se esta fosse uma bandeira digna de empunhar, de tão irrisórios aumentos, é matéria de um Ministro, mesmo independente, pertencente ao partido minoritário. Logo, é de esperar a capitalização eleitoral, por parte do partido minoritário, deste facto. Pois o Ministro é da sua cor.
CMC
9:37:00 da tarde
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[1.492/2004]
Saber onde se deve falar
Se a entrevista visava saber a opinião do líder do partido, tais questões deveriam ser colocadas na Lapa.
Se a entrevista visava saber a opinião do líder do executivo, tais questões deveriam ser respondidas em São Bento.
Poderá acusar-se quem tomou a iniciativa de formular as perguntas, mas quem respondeu devia saber em que condições, espaço físico inclusive, está enquadrado, para responder.
Os Estadistas sabem diferenciar os locais onde e em que qualidade dão as respostas.
Misturar Governo e partido, partido e Governo, nunca foi o mais correcto.
CMC
9:34:00 da tarde
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[1.491/2004]
Sim
Sim, o Governo britânico sofre alguns problemas internos, em parte por causa da disputa da liderança do Partido Trabalhista, entre o senhor Blair e o senhor Brown.
A diferença, das terras britânicas para as lusas, resulta do simples facto de lá, mesmo com divergências, haver um Governo que governa, e cá, temos um executivo de desgoverna. Diferença tão pequena nas palavras, tão grande nos actos.
CMC
9:17:00 da tarde
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[1.490/2004]
Não
Não, o Engenheiro António Guterres nunca pediu maioria absoluta.
Não, o PPD não ganhou a Câmara de Lisboa, em Dezembro de 2001, com maioria absoluta. A coligação PPD/PPM elegeu 8 vereadores, a coligação PS/PCP 8 vereadores e o CDS 1 vereador. Além de, conforme se apurou posteriormente, a coligação PS/PCP obteve mais votos. Processo que foi arquivado.
CMC
9:14:00 da tarde
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