domingo, dezembro 19, 2004
[1.495/2004]
O perigoso buraco eleitoral
Todas as sondagens dão a vitória ao PS. Resta uma dúvida, terá o PS maioria absoluta? Ninguém sabe ao certo.
Face a estes dados já há quem dê por adquirida a vitória do PS. O líder socialista preferiu escolher o seu principal adversário, que não são os outros partidos, mas a abstenção. A mesma abstenção, muito ou pouca, que lhe pode dar ou retirar a maioria absoluta. É que neste caso, sempre que se dá por ganha uma eleição à partida, o acto eleitoral pode desmobilizar muitas pessoas de afluírem às urnas.
Se a vontade de mudar de políticas e políticos, de muitos portugueses é elevada, não será despiciendo o comportamento dos dois principais partidos e líderes de direita durante a campanha eleitoral, os mesmos de quem muitos portugueses já estão fartos.
A direita desfrutará nesta campanha de um palco perfeito (devido à desvantagem com que partem, o palco eleitoral acaba por ser propício às grandes e irrealizáveis promessas) para serem apregoadas as mais idílicas propostas.
Baseados no Orçamento, que permitiu o aumento de pensões e ordenados, estes aumentos serão reiteradamente proferidos, e será, concomitantemente, prometido o Carmo e a Trindade e até se poderá afirmar que o Rossio cabe na Betesga.
Os lisboetas lembrar-se-ão, certamente, das piscina e polidesportivos em cada bairro. De um túnel e de um Parque Mayer novo. Três anos passados, nada. Apenas um enorme buraco.
O grande buraco das próximas eleições poderá ser a abstenção. Todos os cuidados são poucos, pois o buraco abstencionista pode prejudicar a viabilidade da estabilidade política desejada.
CMC
9:51:00 da manhã
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