terça-feira, novembro 30, 2004
[1.413/2004]
Na terra dos Marsupilami's
Dificuldades diversas, em termos de espaço, tempo, disponibilidade e tecnologia têm-me mantido em produção bloguística mínima. Não vem daí qualquer mal porque o Carlos tem assegurado o regular funcionamento e a estabilidade deste Blog e, as opiniões que emito, são muito mais do foro pessoal do que reveladoras de estratégia político-partidária.
Também os assuntos de conversa em curso, não têm grande relevo, não representam nada de novo e poucas palavras merecem.
Temos um recém-nascido grande, sem sentido de Estado e de responsabilidade à frente de um Governo coordenado por um Ministro das Finanças alinhado, provinciano e autista, oriundo (ou próximo) de uma formação política que, sem expressão eleitoral, consegue controlar o desnorte da futilidade. Temos os que se consideram políticos sérios que, quinze dias depois do Congresso do seu Partido, se atrevem a criticar os seus dirigentes, apelidando-os de incapazes, quando, na altura própria, não tiveram coragem para os enfrentar e de se apresentarem ao País como alternativa política para a direcção do ainda maior Partido Português. Temos governantes que se demitem evocando falta de lealdade e seriedade, aplicando exactamente os mesmos métodos que os levaram a essa decisão. Temos um Presidente da República que vai pedindo sucessivamente o absurdo, desde o abandono do Governo pelo anterior Primeiro-Ministro. Diz ser em nome da "estabilidade", como se fosse possível garanti-la a uma Nação chefiada por um prematuro que se diz alvo de estalos e pontapés dos seus pares mais velhos e que nem consegue distinguir um discurso político partidário de uma intervenção de Estado em funções de governo.
Temos as oposições de esquerda enquadradas entre o politicamente correcto e a demagogia inconsequente extremista. No maior Partido aguarda-se para ver no que dá, sem pronúncia de fundo e sem coragem para assumir eleições, enquanto os outros se dividem pela renovação na continuidade com discursos do século passado e a demagogia panfletária de quem pouco mais faz do que destilar ódios antigos.
Tudo e todos em jogos de politiquinha caseira, na prospecção da oportunidade.
Quando se fala em ideais republicanos, em solidariedade, em desenvolvimento, em progresso, olham desconfiados, uns à espera do melhor momento para subir ao poleiro e os outros com medo dele caírem.
As análises que se vão fazendo à direita e à esquerda são meros jogos de poder enquanto Portugal todos os dias se atola na corrupção, no clientelismo e na irresponsabilidade.
Que falta nos fazem políticos coerentes e preocupados com o bem público, determinados e convencidos de que o bem da Nação e dos portugueses já não podem esperar mais.
LNT
Bem diz o Evaristo: "Este é o tempo dos medíocres, dos aprendizes de feiticeiro (...)"
1:29:00 da tarde
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