quinta-feira, novembro 18, 2004
[1.363/2004]
Ficção política Capital em mínimos de serviço
Ainda fora da ficção, a confirmação de que tudo o que respeita ao Partido Socialista interessa ao País. Ninguém fala de candidatos à Câmara de Lisboa vindos do PSD, do PCP, do CDS ou do BE mas em compensação, todos debatem os, pelo menos meia-dúzia, presumíveis concorrentes do PS.
Da mesma forma ninguém debate as eventuais coligações para Lisboa, com excepção daquela que o PS possa liderar. Tudo isto é normal, dado que a possível futura vitória socialista é um dos dados adquiridos pelos eleitores.
No campo da ficção:
De todos os candidatos a candidatos falados, considero que três terão boas condições de concurso. São eles António Mega Ferreira, Manuel Carrilho e Helena Roseta. Qualquer um dos três terá o meu apoio incondicional e sem reservas. São três personalidades distintas, com percursos e soluções diferentes, mas todos eles capazes de voltar a dar a Lisboa novo alento e coordenação, todos eles capazes de devolver a normalidade à cidade e acabar com o caos que a actual vereação instalou a todos os níveis. Estou convencido que em breve a Comissão Política Concelhia de Lisboa estará em condições de apresentar as propostas resultantes do estudo e reflexão conseguidas em sede do Fórum Cidade e de sugerir à Direcção Nacional um nome para encabeçar a lista do PS que, com base nessas conclusões, poderá elaborar o programa eleitoral.
Ainda no campo da ficção mas em relação às possíveis coligações para Lisboa.
Não tenho qualquer dúvida de que o Partido Socialista se deveria apresentar individualmente às autárquicas, na Capital. Li no Viva Espanha que o Miguel se mostra discordante da ideia de o PS se coligar com o BE em detrimento do o fazer com o PCP (CDU). Se os motivos apresentados pelo Miguel têm razão de ser pelos considerandos de credibilidade do trabalho e da dinâmica de que o PC já deu provas e que o BE não consegue fazer passar, verdade é também que o BE tem muito mais eleitores no Concelho de Lisboa. No entanto parece-me ser contra-natura uma coligação com uma só dessas duas forças políticas. A realizar-se uma coligação só deveria ser com o BE e o PCP. Não a desejo, embora não tenha qualquer dificuldade em a aceitar. Prefiro, volto a dizer, que o PS concorra sozinho a Câmara Municipal, à Assembleia Municipal e às Assembleias de todas as Freguesias do Concelho de Lisboa.
Depois de tantos anos de coligações chegou a hora de se saber o que vale cada uma das forças políticas em apreço. Depois de tanto estrago causado pela actual vereação (Pedro Santana Lopes e seus apaniguados), os novos autarcas de Lisboa deverão formar uma equipa coesa, mais técnica do que política, para normalizar e corrigir, nos dois primeiros anos, os erros que se têm estado a cometer e, nos dois seguintes, garantir que a solidariedade, a qualidade de vida, a mobilidade, a segurança, a cultura e a ciência voltem a ser o quotidiano dos Alfacinhas.
Dentro de pouco tempo saberemos. Espero que nos saiba bem.
LNT
11:50:00 da manhã
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