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      | sábado, novembro 27, 2004 
 
   [1.399/2004]
 Grito aos Políticos para que afastem os políticos
 
 O Professor de Boliqueime publica hoje um artigo num jornal com o qual estou inteiramente de acordo.
 A qualidade dos políticos portugueses, de todos os quadrantes, baixou drasticamente nos últimos anos.
 Actualmente, a intervenção dos líderes políticos faz-se para o ecrã. O discurso político, quase sempre superficial e sem visão estratégica, vive e depende da efemeridade das luzes televisivas. Anunciam-se umas parangonas, bem ensaiadas, para ficar e cair bem no ouvido das pessoas. Tanto à direita como à esquerda.
 Tudo vale para aparecer na televisão, mesmo quando nada se diz. A lógica está mais do que imposta: apareces no ecrã - mesmo que nada digas - continuas a contar; não apareces, desapareces politicamente.
 O distinto académico lança um "grito" aos políticos de qualidade para (re)aparecerem nos partidos. Como ele tão bem sabe e conhece, e assinala no artigo que assina, a qualidade dos políticos nacionais decresceu. Por isso, os políticos de qualidade escasseiam e os da praça não têm a mínima vontade de surgir. Custa-lhes fazer política num partido político, pois sabem que se confrontam com uma organização minada pelo seguidismo acéfalo, onde a crítica não existe e quando surge é alvo de afastamento por parte dos que não apreciam outras alternativas que não as decretadas.
 Só se pensa em alcançar o poder, para nele permanecer e usufruir de todas as suas regalias, mesmo sem projecto, rumo ou até mesmo ideias, o que é cada vez mais frequente.
 Todavia, o repto faz sentido, a todos aqueles que, militantes partidários, não se reconhecem minimamente na política vigente. E que não baixem os braços, nesta peleja que visa o aprofundamento da democracia interna partidária.
 Caso contrário, a mediocridade política-partidária reinante acabará, finalmente, por prevalecer e, quem paga a factura de tanta mediocridade, é o país, desgovernado, como se sente, por tanta incompetência.
 A exigência política deve elevar-se, já que a actualidade é tão condescendente para os políticos ineptos. Por isso, Portugal está como está. No primeiro lugar dos últimos.
 CMC
        
        
         6:43:00 da tarde
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