terça-feira, março 30, 2004
[00.248/2004]
Reflexões
Sobre os Post [ 237 ] e [ 240 ] somos desafiados a discutir questões como a organização e renovação dos Partidos, bem como a identificar os meios de que dispõe o PS para os necessários estudos de análise doutrinária ou, como diz Vital Moreira:
(...) "Depois das suas (de Luís Nazaré) desafiadoras afirmações sobre a "velhice" doutrinária e organizativa do PS, é de esperar que o novo presidente do seu Gabinete de Estudos possa desencadear rapidamente os estudos preparatórios para a sua renovação. Mas, sendo óbvio que isso requer organização e meios, onde estão disponíveis os necessários "think tanks"?" (...)
Nada obviará a que o Gabinete de Estudos se possa pronunciar sobre estes assuntos, embora não seja essa a sua função que, como se sabe, tem por objecto promover estudos para a elaboração do Programa do Governo. A competência para apresentar propostas de renovação e organização do Partido é matéria do Secretariado Nacional do PS, órgão de onde Luís Nazaré, que tinha atribuída competência para a Inovação, se acaba de demitir. Sob a sua coordenação estava também o Grupo de Trabalho do Gabinete de Estudos para a Sociedade de Informação.
O meu Camarada Luís Nazaré deixou um comentário no Post [ 237 ] pedindo "legendas". Em primeiro lugar quero deixar bem claro que nada me move contra este dirigente do PS. Antes pelo contrário, reconheço as suas elevadas competências profissionais e intelectuais e é sempre um prazer ouvi-lo nos muitos debates e prelecções em que participa. No entanto, em termos políticos, melhor, em termos de prática política como ex-responsável pela área fulcral da inovação do PS, entendo que o posicionamento de comprometimento anterior está em desacordo com o teor da entrevista que foi publicada na Visão. Legendas para quê? Está tudo bem explícito, basta ler o terceiro parágrafo da resposta à pergunta da Visão:
"VISÃO: E a si, falta-lhe ambição para a liderança?
LN: Sou pouco ambicioso na vida. Nunca me pus em bicos de pés, nem nunca porei. Estou bem com a minha vida, fiz a minha escolha, não quero fazer depender as minhas opções de vida, o meu trajecto profissional, as minhas ideias, o meu espaço académico, na imprensa, não sacrifico isso a coisa nenhuma."
Mas de nada serve esta polémica. O que está, está. A posição agora é mais clara. É preciso avançar.
Terminando a resposta a Vital Moreira: - Estou totalmente de acordo que os Partidos e Organizações políticas têm de repensar e discutir a sua forma de relacionamento com os cidadãos. Os esqueletos não são descartáveis porque transportam em si a memória sem a qual não faz sentido construir o futuro. Mas é necessário olhar os novos desafios com novas propostas.
Sobre os "think tanks": - A organização depende do Presidente do Gabinete de Estudos e os meios são as pessoas. Existem no PS todas as capacidades, saberes e vontades. Assim os queiram estimular e aproveitar.
LNT
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