quinta-feira, abril 29, 2004
[00.375/2004]
É tão fácil ser profeta da desgraça nesta altura do campeonato
As desgraças acabam por se instalar na alma futebolística nacional.
O homem não vale nada. Não presta. Ao início ainda se deu o benefício da dúvida. Mas, já se sabia o que é que ele ia fazer. O resultado está à vista! Fora a pipa de massa que não está a receber…
Este retrato, acima descrito, é a corrente dominante na maioria dos fanáticos de futebol em Portugal. Desde o adepto de bancada aos novos analistas desportivos, tipo jornal da TVI de domingo à noite, sem marginalizar a classe política que participa nos debates televisivos, como quem faz parte de uma comissão científica, altamente credível, tudo no domínio da ciência do esférico.
Eu, pelo contrário, em jeito de contra-corrente, continuo, de há muito, a acreditar no nosso seleccionador nacional. Ainda que o patriotismo, um pouco saloio, aquando da contratação me tivesse deixado alguns pruridos (neste caso de patriotismo nada como um bom regulador: os ingleses; se até a equipa de Sua Majestade tem um estrangeiro, por que não nós? E não é um estrangeiro qualquer, é um brasileiro). Depois, de se sentar, pela primeira vez no banco, com as quinas no peito, salvo erro Scolari estreou-se num jogo com a selecção transalpina, aquele indivíduo, seleccionador campeão do mundo, pelo Brasil, era, e é, o nosso seleccionador nacional, ponto parágrafo. Nada mais a acrescentar ou a remover da contratação.
Não tive oportunidade de ver o jogo com os suecos e também pouco me importa se a selecção, neste momento, nestes jogos pouco oficiais, joga bem ou mal, ainda que, como os feijões, prefiro ganhá-los a perdê-los.
Contudo, a onda de desalento, por causa dos resultados, tem crescido. Penso que no próximo jogo, se perdermos, para mais de metade dos portugueses apaixonados pela bola, o Carmo e a Trindade caem.
A veia lusa, de mau agoiro, eleva-se com distinção, em qualquer conversa que meta selecção nacional de futebol. Pois essa veia que sobressaia ainda mais e se expresse em pleno, na visão mais trágica que a selecção terá no Euro 2004.
Tenho, para mim, com muitas dúvidas e nenhuma certeza, que a maioria dos nossos pessimistas da bola terão de sorver em seco as suas previsões calamitosas, no próximo mês de Junho.
Portugal terá um excelente desempenho no Euro 2004, e isto passa, pelo menos, da primeira fase. Apontaria as meias-finais.
França: a mais forte; República Checa: a surpresa. São prognósticos antes do jogo.
(Estou à beira do precipício e dei o passo certo, estou a dar um passo …)
Fica registado, para daqui a dois meses comprovar quem está enganado.
CMC
3:03:00 da manhã
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