quarta-feira, agosto 18, 2004
[00.930/2004]
À pesca do centro
Hoje, na entrevista que cedeu ao El País, o presidente da Câmara de Madrid, do PP, defende a necessidade de o PP regressar ao centro para derrotar o PSOE.
A moda instalou-se. Quando se perde, e após o período de catarse eleitoral, defende-se uma recolocação política. Como se um partido, quando perde as eleições fizesse uma guinada de 180 graus na sua doutrina.
Ora, quem optou foram os eleitores. Portanto, quando o PP se apresentou no passado mês de Março às legislativas, como partido de direita moderada, nem estava mais à direita nem mais à esquerda. Como, presentemente, se encontra em tal situação.
A retórica doutrinária, e esta já está gasta, continua a fazer a apologia do regresso a ou ir de encontro a.
Será que o sufrágio exprime algo mais para além da vontade colectiva de mudar e/ou reprovar? Provavelmente, sim. Mas essa versão é da política portuguesa. Sempre que há eleições nunca nenhum partido político assume a derrota. Há sempre um ganho qualquer, nem que seja menos votos. É sempre um ganho... a menos!
Em Espanha, tal como em Portugal, sempre que o partido do poder passa para a oposição há sempre alguém que defende a necessidade de colocar o partido ao centro. Nem esquerda, nem direita, só centro.
CMC
9:14:00 da tarde
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