sábado, agosto 21, 2004
[00.935/2004]
Incongruências
Soube-se que o número de pessoas a utilizar transportes públicos, nas grandes cidades portuguesas, tem vindo a diminuir de ano para ano. Nem mesmo o metropolitano, que "roubava" clientela aos autocarros, deixou de escapar a este êxodo.
Entretanto, também se sabe que está previsto um aumento dos títulos de transporte.
O preço do barril do ouro negro bem pode subir, como descer. Quaisquer que sejam as oscilações, em Portugal, definitivamente, até hoje, a aposta nos transportes públicos nem chega a ser uma miragem.
Com o apelo, entrelinhas, ao transporte privado, bem nos podemos queixar todos, os que usufruem do transporte público e privado, do país urbano que temos. A poluição, que nos aniquila lentamente a vivência na polis, é apenas a ponta de um enorme iceberg.
Minámo-nos aos poucos e estamos completamente enredados nesta teia irrespirável. Tornámo-nos, os urbanos, em homus apneiantes e nem nos demos conta de tal darwinismo urbano. Há sobrevivências da espécie que só radicam na paciência, do tempo que perdemos diariamente. Mais que tudo, é a paulatina degradação de viver.
CMC
9:31:00 da tarde
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