segunda-feira, setembro 20, 2004
[1.055/2004]
Militância
No fim de tarde de sábado um grupo de apoiantes da Candidatura de Manuel Alegre reuniu-se na Secção de Benfica e São Domingos de Benfica, Lisboa, para trabalho de expedição de uma convocatória para uma última sessão de esclarecimento de Campanha interna que ocorrerá na Secção, próxima 4ª Feira, com a presença de Manuel Maria Carrilho. Nessa sessão serão apresentados os candidatos da Lista A (apoiante de Alegre) ao XIV Congresso Nacional do PS.
Nada de mais, nada que não seja mais um acto normal de militância de base.
Estas acções são normalmente momentos de franco e fraterno convívio, aproveitando um trabalho rotineiro e desinteressante à volta de uma mesa, para troca de impressões informais.
A menos de uma semana para a realização dessas eleições e da do Secretário-geral, a conversa centrou-se, como não podia deixar de ser, nos palpites que cada um tem em relação aos resultados e, principalmente, na importância que o debate realizado em público, representou para o País e para a democracia. Mesmo quando se fez eco de divergências pessoais e quando alguns ataques pessoais foram desferidos, porque também eles foram resultado de um combate decisivo para o futuro das políticas a seguir.
As conclusões, se as houve, foram de grande satisfação por o Partido Socialista ter conseguido, uma vez mais, mostrar toda a sua pujança e unidade de princípios, sem medo de na praça pública demonstrar que no seu interior existem correntes fortes com alternativas de percurso diferentes e a consciência de que, se a luta contra as políticas de direita são um objectivo a atingir por todos, as formas de a fazer apresentam aspectos radicalmente diferentes.
A seriedade que se impõe num debate destes implica confrontos sérios, porque falamos de convicções e não de estética mediática. Como diz Sócrates "é importante o fim dos falsos unanimismos" (sua prática estratégia nos dois últimos anos), como diz Alegre, "confundir honradez com populismo é inaceitável" e como finalmente diz Soares, "aquilo que conta é a votação dos 75.000 militantes do PS"
O líder forte será o que vencer a eleição e o Congresso. Será forte, mas como é do Partido político português que mais fortes convicções detém, nunca será absolutista.
LNT
1:27:00 da tarde
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