quarta-feira, setembro 22, 2004
[1.068/2004]
A razão das coisas
Agora imagine que, depois de ter estado a ouvir o debate entre os três candidatos a Secretário-geral do PS, onde o candidato Sócrates reafirmou que "é importante o fim de falsos unanimismos", referindo-se claramente a um tempo recente onde garantia com a mão esquerda a solidariedade à Direcção Nacional do PS enquanto os seus apoiantes no terreno lhe abriam o caminho do poder, imagine, dizia eu, que era militante, se preparava para votar no dia 24 e recebia uma mensagem electrónica subscrita pelo nº 2 da Lista de delegados apoiante da Moção Sócrates em que lia:
(...) "Vivemos uma grave crise política nacional, tanto à direita como à esquerda, e cujo melhor exemplo se espelha na decisão presidencial de não convocar eleições antecipadas logo após a deserção do Primeiro Ministro Durão Barroso.
Mas sejamos claros, na minha opinião a decisão presidencial - entre outros fundamentos e ponderações - fundamenta-se em parte na constatação da falta de alternativa governativa que o PS representava e continua a representar.
O desnorteamento, a desorientação, a perturbação e o desvario que o PS transmitiu e mostrou durante o período do "clímax" do processo Casa Pia com a anterior Direcção Nacional, não foi certamente indiferente à decisão presidencial. (...)
Isto, depois de Ferro Rodrigues ser o líder do PS, quando o Partido ganhou estrondosamente as eleições europeias.
Ficava esclarecido, não ficava? Entendia melhor muitas coisas, não entendia? Votaria noutra Lista, não votaria?
Pois é o que vou fazer. Não porque esta mensagem contenha informação diferente da que já dispunha. Mas porque, Manuel Alegre para além de outras coisas, também representa o fim dos jogos subterrâneos que o Partido Socialista viu acontecer dentro das suas estruturas nos dois últimos anos.
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1:49:00 da tarde
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