segunda-feira, setembro 27, 2004
[1.083/2004]
Pardoxos
Guterres quando decidiu não continuar em funções Governativas, para evitar o «pântano», foi criticado, certamente, por mais de metade dos socialistas. Poucas foram as vozes que defenderam a atitude do então Primeiro-Ministro e Secretário-Geral do PS.
Agora dizem que o "guterrismo" regressou ao PS. É caso para perguntar: terá o PS acolhido no seu seio, nos últimos dois anos, milhares de militantes que são apoiantes indefectíveis de Guterres e por isso o resultado "retumbante" deste fim-de-semana? Sim, porque a ter em conta as vozes que contra o considerado "traidor" se levantaram em Dezembro de 2001, é de questionar se as mesmas (muitas) vozes foram as que na passada sexta e sábado votaram no candidato considerado como a face do "guterrismo".
Importa ter presente os números. Votaram mais de 30 mil militantes, dos quais, sensivelmente 80% votaram no rosto considerado do "guterrismo".
Há quem se esqueça de atitudes recentes, ainda que dois anos possam parecer dois séculos. Pelos vistos, deve de haver muitos socialistas neste estado amnésico.
Existisse um Hegel na actualidade para interpretar a política portuguesa e dir-nos-ia neste momento sobre Guterres e muitos militantes socialistas: herói, besta e notável.
Como diria o engenheiro, o António: é a vida!
CMC
4:43:00 da manhã
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