segunda-feira, novembro 15, 2004
[1.350/2004]
Quando o mar bate na rocha...
Está a fazer dois anos que o actual Ministro das Marés, dantes só designado das batalhas navais, andou pelo Minho a espreitar o mar e a implorar a Nossa Senhora de Fátima que o crude do Prestige não chegasse a Moledo.
A Senhora ouviu-o e, em conluio com Neptuno, fizeram com que as correntes marítimas o desaguassem na Galiza.
Descansou o Ministro da ZEE, (agora em expansão segundo um cómico Secretário de Estado que anda para aí), mas, como se fia na Virgem e não corre, nada fez no tempo decorrido desde então para descansar os Heróis do Mar. Tirando a batalha naval encenada contra o rebocador abortivo, nunca mais se preocupou com a protecção ambiental das nossas águas. Antes pelo contrário, disponibilizou agora o navio escola português para proporcionar uma caldeirada a bordo que, com os requintes da Armada, será servida ao pagode governativo.
Os nossos recursos marítimos esperam, bem como os biólogos no desemprego e os pescadores, que as prioridades navais saiam da tontaria do esbanjamento submarino e das fragatas para inglês ver e se apetreche a Marinha Portuguesa com coisas bem mais úteis, como navios de investigação oceanográfica e/ou outros para combate à poluição.
Quanto ao resto, depois dos barcelences terem tido o fartote de palavreado deste fim-de-semana (ainda falam dos discursos intermináveis de Fidel), levaram também uma dose de dragão na bola. Antes uns rojões, meus caros, antes uns rojões!
Ou uma arrozada de lampreia, enquanto é tempo, não vá a Senhora de Fátima fartar-se de substituir o poder político português e os nossos recursos marítimos fiquem à mercê das ninfas da Ilha dos Amores.
LNT
PS. Para recordar o Prestige no Memória Virtual. O Leonel atento, como sempre!
11:46:00 da manhã
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