quarta-feira, dezembro 15, 2004
[1.478/2004]
Quarentenas
Vejo por aí uma daquelas polémicas que dão alguma graça à Blogos. Desta feita, os comentadores bloguistas atiram-se a um jornalista por ele ter exercido a sua profissão. Reclamam quarentena para quem assessorou politicamente (ou tecnicamente) o Poder, período de nojo na profissão que detém e para a qual tem habilitação e carteira para fazer.
Como se as passagens pelo poder determinassem um defeso em relação ao exercício das profissões.
Qualquer dia teremos a exigência que os médicos não exerçam medicina, os advogados advocacia ou os informáticos informática, porque passaram por uma assessoria a um qualquer membro do Governo.
Não me parece nem coerente nem correcto. Até porque, enquanto o fazem, pouco ligam a que, e aí sim pelo imoral e perigoso, alguém que exerceu o poder o possa abandonar e imediatamente aplique os seus conhecimentos e influências adquiridos num cargo da banca privada, ou de outros sectores estratégicos.
Todo o resto é como tudo na vida. Há pessoas normais e decentes em todos os sectores de actividade e há os imorais e indecentes. Respeitem-se uns e ataquem-se os outros. Reprimam-se os desejos de castração em relação ao exercício de determinadas profissões.
Separe-se o trigo do joio.
LNT
PS: - Prefiro não fazer a defesa ou o ataque pessoal a nenhum dos intervenientes nesta contenda, deixando clara a razão deste Post:
1- Não defendo qualquer tipo de período de nojo, quarentena ou de defeso a um profissional que, por ter exercido uma assessoria, pretenda voltar à sua profissão.
2- Não conheço o visado de lugar algum. Só conheço o seu trabalho.
3- Não bastam as conversatas e pensamentos abruptos. É necessário que quem sempre se envolve nos "bota abaixo", muitas das vezes só em busca de protagonismo pessoal, tenha a coragem para, nas alturas correctas, se fazer ouvir nos sítios certos e se submeter ao voto dos seus pares. É sempre mais fácil dizer mal do que fazer bem.
4 e último- Este Post não é um ataque a ninguém em especial mas só a manifestação da opinião daquilo que entendo por liberdade de exercício de actividade profissional. Ninguém pode ser limitado no seu direito à profissão por ter exercido um cargo político.
Matéria:
Entrevista a Morais Sarmento
Blogs envolvidos:
Abrupto, Amor e Ócio, Blogouve-se, Bloguítica, Causa Nossa, Contrafactos & Argumentos, Clube de Jornalistas, Glória Fácil e Ponto Média. (pelo menos).
1:44:00 da tarde
. - .
Página inicial
. - .
Comentários (0)
|
|