quarta-feira, janeiro 19, 2005
[0.144/2005]
O escabeche fica-lhe tão bem
Seja bem aparecido caro Jaquinzinho. Gostamos de o saber de excelente saúde e teclado ligeiro. Caramba homem, se você gasta 3.016 caracteres para responder a seis das cento e vinte perguntas, ainda assim reduzindo muito do que continham, veja lá o que seria se nós ainda tugíssemos as restantes.
Gostaria que lesse o que António Correia de Campos escreveu no Diário Económico. Não me parece que ele soubesse deste debate, mas veio a calhar. (Via Saude SA)
No Post que gerou este ping-pong e que em boa hora nos trouxe em complemento o simplista comentário milagroso do nosso amigo tavirense, era avisado que fizessem as contas antes de começar a debitar.
Estaria toda a noite a escrever para lhe tentar explicar quais seriam os efeitos economico-sociais de se proceder a um despedimento de 150.000 funcionários públicos e ainda assim arriscava-me a receber em troca uma recomendação de vasta bibliografia para consulta, coisa que já me não apetece, confesso.
Como terei de ir dormir, não me será possível grandes ensaios, no entanto, caro Jaquinzinho, você é capaz de fazer melhor do que aquilo que escreveu e suficientemente informado para saber que tudo aquilo que disse no seu Post é "conversa para adormecer hipopótamos".
Dou-lhe só alguns exemplos:
Em relação à sua primeira resposta: Sabe que quem recebe subsídio de desemprego não paga IRS nem desconta para a segurança social?
Em relação à segunda: Pois é. Como você mesmo diz, parte dos ordenados dos Trabalhadores da Administração Pública (passarei a dizer Funcionários Públicos para sua melhor compreensão) é pago por eles mesmos. Já viu que engraçado? E não têm "descontos", nem carros por fora, nem cartões de crédito da empresa, etc. Chega ao fim do mês e lá está: descontos como manda a lei. Sem apelo nem agravo. Anda tanta gente muito mais rica (acredite que é verdade. Empresários e trabalhadores da privada, veja lá!) a mandar os filhos à escola e a tratarem-se nos hospitais graças aos impostos que os funcionários públicos pagam...
Em relação à terceira: Imagino que no dia em que a Segurança Social, ou a CGA, deixar de receber, vai passar a ser difícil pagar as pensões (isto só para simplificar).
Claro que há sempre a hipótese de começar a dar uma injecção de cianeto atrás da orelha dos reformados. Se calhar é uma solução liberal para acabar com essa praga.
Em relação à quarta, quinta e sexta: (vá lá, confesse que já estava farto de escrever mezinhas milagrosas) Claro que não tem nada a ver com coisa alguma. Mais cento e cinquenta mil desempregados, menos cento e cinquenta mil desempregados não influencia nada num País que tem à volta de cinco milhões de população activa (confesso que este número poderá não estar correcto). Toda a gente sabe que de imediato se abrirão empresas privadas que irão absorver essa gentalha preguiçosa e absentista, principalmente todos os que têm mais de 45 anos. E como cada uma dessas pessoas ainda tem um agregado familiar, e como há inúmeras empresas que dão trabalho a inúmeros cidadãos que iriam igualmente à falência, isto é um assunto para se arrumar com duas patacudas e já está. Trigo limpo e farinha amparo.
Foi para rir, não foi Jaquinzinho? Já para não falar da resposta que o Intermitente deu que, como é evidente, só podia ter tido a resposta que aqui lhe foi dada.
Coisas simples, coisas de nada. É tão bom ser liberal em Portugal.
À parte dessas minudências. Tavira continua linda?
LNT
11:43:00 da tarde
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