segunda-feira, março 28, 2005
 [0.515/2005] O costume [II]
Muitos Estados europeus gostam de se exibir junto dos demais países, em especial dos pertencentes ao dito terceiro mundo - subdivididos em países em vias de desenvolvimento e países em vias de rápido retrocesso, como a defensora (natural?) dos Direitos Humanos. Os norte-americanos também. Do outro lado do Atlântico norte diz-se, especialmente agora, que estão na Terra para espalhar a Liberdade. Mas, e regressando aos europeus, reconheça-se a crítica pertinente da actual Administração norte-americana, a mesma que também tem telhados de vidro na matéria, quando se opõe à posição de vários países europeus de pretenderem levantar o embargo de armas à China. O Chanceler alemão, o Presidente francês, e até o Presidente português, são favoráveis ao levantamento do embargo. Disseram e frisaram os três aquando da sua estada em território chinês. De facto, para quem tanto apregoa os Direitos Humanos, nada como dizer ao lobo para entrar no galinheiro quando quiser e apetecer (ter em consideração as recentes posições da China relativamente à Formosa). Não seria mais responsável e conforme a retórica de Estado, da parte dos políticos europeus, estabelecer uma ponte com China, enquanto a Europa ainda tem alguma força no mundo, visando os Direitos Humanos? Pelos vistos esquecem-se do Humanismo quando os cifrões falam mais alto, preocupando-se, exclusivamente, no sucesso das exportações do armamento. Porém, neste contexto de acelerada globalização, importa frisar que os orientais não concebem o mundo como os ocidentais. A conquista, manutenção e exercício do poder do outro lado do globo é laborada de outra forma. Mais paulatina. Onde a paciência, pouco comum no Ocidente, é a arma da ascensão perante o previsível esgotamento racionalista do ocidente. A Europa está em nítido estado de declínio, perpetuando os mesmos tiques de sempre. Dá-se a provar como Senhora de bem e, no fundo, não deixa de procurar o melhor (será?), a qualquer custo, para a sua carteira. CMC
11:44:00 da tarde
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