quarta-feira, março 23, 2005
[0.497/2005] Ainda a credibilidade externa
Voltando ainda à pantomina de Portas na AR sobre a representação externa de Portugal. Sócrates soube responder-lhe na altura que se alguém houve, em Portugal, que ao fim de trinta anos quebrou a regra de convergência na política externa foi o Governo Barroso/Portas com a desastrada participação (ainda que em bicos de pés) de Portugal na Cimeira das Lajes. Mas há mais. Já todos se esqueceram certamente, porque nunca mais se falou no caso, do facto de Durão Barroso ter feito parte da sua campanha eleitoral nos corredores de Bruxelas a denunciar uma situação que trouxe graves problemas a Portugal. Na altura a já obsessão do défice que entretanto veio a ser tratado da maneira que todos nos lembramos tanto por Manuela Ferreira Leite, como depois por Bagão Félix, foi muito mais importante do que os interesses portugueses no exterior. O resultado foi o que se viu. Depois o desprezo que o mesmo Governo dedicou à Estratégia de Lisboa catalogando, não poucas vezes, as suas conclusões como irrealistas e perdendo um bom capital de influência que Portugal poderia ter tido internacionalmente. Tanto o PEC como a Estratégia de Lisboa estão hoje em reavaliação nas Comunidades e, tanto num, como no outro caso, está demonstrado que as apreciações feitas pelos anteriores governantes foram comprovadamente erradas. Finalmente, ainda está por apurar quem influenciou o PPE para que o actual Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal sofresse a sanção que ontem foi anunciada. A direita parlamentar portuguesa e especialmente o PP têm muito pouco a ensinar sobre a defesa dos interesses portugueses no exterior e seria preferível que tivessem maior sentido de defesa dos interesses portugueses em vez de se arvorarem em paladinos da política externa, para desferirem ataques pessoais que as raivinhas intestinas lhes suscitam. LNT
10:40:00 da manhã
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