terça-feira, abril 19, 2005
[0.601/2005] Referendos
Como já anteriormente e noutras circunstâncias referi, só entendo que deva haver lugar a referendos para decisões localizadas. Aceito que se referende entre os moradores da minha rua a instalação de bancos no passeio, não compreendo a necessidade de duplicação da expressão popular em campanhas legislativas e noutras para validação de iniciativas nacionais ou globais. A questão dos referendos deveria ser levada a sério, retirando-lhe a carga de demagogia e a justificação para faltas de agenda ou para criação de factos políticos especulativos na comunicação social. Num País com carências extremas, onde tudo de essencial está por fazer, queimam-se energias que deveriam estar orientadas para a discussão de conteúdos, com o combate das datas e prioridades para realizar actos cuja essência se desconhece. Não se discute se o aborto será de livre consciência até ás 12 semanas ou até aos 9 meses. Se estas matérias fossem explícitas nos Programas Eleitorais, deixavam-se para a Assembleia da República as matérias que lhe competem, uma vez que os cidadãos já as teriam debatido e sufragado com a escolha dos seus representantes. Se assim se fizesse, possivelmente andaríamos agora a debater o que interessa na discussão da essência. LNT PS. - Até aqui se nota que a ausência de Notícias (maiúsculas) é fonte de notícias (minúsculas). Transforma-se o essencial em secundário e vamos dando assunto a coisas que não interessam minimamente. Como dizem os brasileiros: "me engana, que eu gosto".
2:54:00 da tarde
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