quinta-feira, junho 23, 2005
[0.863/2005] A peculiaridade do referendo luxemburguês
A brincadeira é sempre saudável. Sobretudo em tempos de tanto cinzentismo. Pena é, meu caro Luís, que o visado seja o senhor Juncker, por que esta União Europeia devia respeitar o Primeiro-Ministro do Luxemburgo. Depois de tanto trabalho, o Conselho Europeu, pura e simplesmente, deitou para o lixo grande parte do que Juncker fez. Infelizmente, temos poucos Juncker's a governar por essa Europa fora. Tomara muitos governantes, que por aí andam armados em grandes políticos da praça (nem do pelourinho!), tivessem, pelo menos, um quarto de qualidade do senhor a quem, amavelmente, apelidam de esquentador. Note-se no estado em que o Luxemburgo, entre os 25, se encontra. Quanto ao debate estabelecido com o Jumento, dou mais uma achega . O Luxemburgo decidiu continuar o processo por um motivo que não se coloca, por exemplo, na paragem por parte da Dinamarca (27 de Setembro) e da Polónia (9 de Outubro). No caso luxemburguês, o referendo já se tornou uma sanção ou um apoio ao Governo, pois Juncker assim o quis e assumiu, quando colocou a cabeça no cepo. E, em caso de vitória do "não", a cabeça rola mesmo. Já que no referendo europeu se questiona tanta matéria, a maior parte nem é europeia, por que não o referendo ao Tratado Europeu no Luxemburgo, que já estava agendado, servir de apoio ou reprovação ao Governo? Junta-se o útil ao agradável. O embrulho é uma coisa e o seu conteúdo outra. O Tratado, esse, sofre uma pausa. Sujeitando-se, todavia, a sofrer um (outro) rude golpe, caso o Grão-ducado diga "não". Em suma, no próximo dia 10 de Julho os luxemburgueses, mesmo sem a questão, responderão: querem que Juncker continue a ser Primeiro-Ministro. No dia dirão sim ou não. Um "não" vale por dois: ao Tratado e ao Governo. CMC
3:30:00 da manhã
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