sábado, julho 30, 2005
[1.028/2005] Em interregno das praias algarvias
Sem muito mais do que experiência, porque nem sequer apetece em tempo de férias começar uma discussão que tem muita mais matéria do que só ciência, posso dizer-vos que, só o facto de considerar a BA1 (Granja do Marquês) como alternativa à Portela, é coisa que fará sorrir qualquer aviador. Podemos falar de tudo o que nos apetecer mas dar palpites deste género até faz arrepiar o mais modesto dos mortais. Quem faz essa afirmação deve estar a pensar em jogos de computador e está tão afastado da realidade de voar e por no chão centenas de passageiros que seria melhor que considerasse melhor o que escreve. No caso de ser alguém que tenha conhecimento de voo, terei todo o prazer em, após o regresso dos mares do Algarve, lhe explicar o absurdo de tal hipótese. Quanto ao resto das considerações, algumas relativamente acertadas, dir-lhe-ei somente que NY tem aeroportos mais perto e mais longe da 5ª Avenida e cada um tem a sua função. O que não é mais possível é correr o risco de um dia destes vermos, para além de outras coisas, um avião comercial despenhar-se sobre Lisboa. Espero que tal nunca venha a suceder. Mas, se acontecer, gostaria de saber o que se dirá do Poder que o permitiu. Quanto ao Pai Soares e aos sonhos Zenha de outros tempos e outras realidades, falaremos também na altura em que os grãos de areia de Altura me deixem de fazer comichão. Afinal a água do mar até está quente, embora o levante se mantenha adormecido. Lá para meados de Agosto falaremos. As premeditações de Sir Charles quanto ao Cherne parecem-me mais coisa de Espírito Santo de orelha. Ainda assim lhe digo que Massada de Cherne comerá quem a encomendou. Ficar-me-ei pelo sharem de milho, com cadelinhas e pão torrado. Não fosse a minha afilhada casar amanhã (hoje) e bem estaria de bem com as massadas e maçadas de cherne. Quem o encomendou que o vomite. Por cá, em Portugal, já todos nos apercebemos do precipício em que os seguidores do cherne se embrulham. Se a Europa pretende segui-lo, força! Com mais fleuma, menos fleuma, com mais terror, menos terror, com mais afundanço menos afundanço, com mais Blair, menos Blair, com mais desnorte, menos desnorte. Sigam-no and, good luke! O que precisam é de um tratamento de choque que só o Sol algarvio faz. Na paz, no sossego, no dormir debaixo do toldo. Férias, meus caros. Este País e estas Nações (europeias e não só) precisam de férias. De repouso e descanso para sossegarem dos absurdos e da esterilidade das falas e histerias que à sombra das fleumas e dos slogans de ter ou não medo provocam sempre mais para que mais e mais inocentes morram na impreparação dos senhores das nações. Deus nos guarde desta gente e da outra que em nome de Deus ou Alá se perde na insanidade. Lá para meados de Agosto, meus caros. Depois das férias. LNT
4:48:00 da manhã
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