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      | segunda-feira, agosto 29, 2005 
 
  [1.144/2005] Os monstros vermelhos
 
 Sabia que tinha o livro. Onde estava era a questão. Algures, numa prateleira, enterrado com outras lombada pouco tocadas, depois de mexidas uma única vez.
 Ao fim de alguns minutos em cima do escadote encontrei o que queria. Valia a pena desenterrar aquelas páginas. Há quatro anos que o livro não recebia uma impressão digital na capa. (Este tipo de livros, só têm interesse quando são publicados. Pouco depois da sua edição rapidamente perdem o interesse, a não ser, como o caso, quando o autor ressuscita do além.)
 Passei pelo artigo que mais badalou. Lá estava ele, o monstro, escrito, e não deixei de notar a curiosa afirmação a dado momento:
 Há indicações de que hoje, em Portugal, o monstro anda à solta, atinge o tamanho alarmante e está incontrolável.
 O artigo foi escrito em 17 de Fevereiro de 2000. O monstro, adoptado às presidenciais, bem pode significar o número de candidaturas da esquerda, que bem podem ser quatro.
 Esse será o monstro, que os sequazes do Professor de Boliqueime vão começar a atacar, para que, quando a candidatura fizer a sua primeira aparição, depois de 9 de Outubro, o candidato surja de forma imaculada aos olhos dos portugueses, pois Sua Excelência não quer ser incomodada com adversários, nem com partidarites agudas (o que se prevê, com tantos candidatos).
 A esquerda deve entrar na pré-campanha e campanha numa luta de espaço político. Querendo, cada um, delimitar o seu campo. E, nesse momento, o considerado (no laranjal) novo Sebastião, nem precisa de se mexer muito. Quanto mais se zagam as comadres, mais campanha fazem por ele.
 Há quem diga que cada candidato, que surja à esquerda, apela e fixa o seu eleitorado, preparando-o para a junção na segunda volta.
 Pois bem, temo que muito boa gente se esteja a esquecer de que pode haver, logo na primeira volta, 50% + 1, do referido eleitorado, fixo.
 A campanha promete. Como referi alhures.
 O que não promete é o dia depois da eleição presidencial.
 Portugal, e o futuro? (Interrogação expressa sem monóculo!)
 CMC
        
        
         9:12:00 da tarde
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