terça-feira, agosto 30, 2005
[1.148/2005] Primárias e Cidadania [ 02/n ] O Presidente de todos os portugueses.
(Ainda com referência ao texto [1.143] e para que fique bem claro em início de outros possíveis desenvolvimentos sobre a matéria, qualquer um dos dois possíveis candidatos á Presidência da República da área do PS, no terreno, terá sempre o meu apoio numa segunda volta. Esta posição é-me muito simples e fácil pelo facto de reconhecer em qualquer um deles um excelente futuro PR. Na primeira volta, prefiro dizer, nas primárias, bater-me-ei, caso se apresentem os dois, por aquele que mais garantias pessoais me dá de cumprir o mandato da forma mais aproximada ao que considero ser o fiel desempenho dessas funções. Feito o esclarecimento pessoal, para que não restem dúvidas, passarei a desenvolver um pouco mais o raciocínio do texto anterior.)
Sendo a eleição do Presidente da República um acto de cidadania supra-partidário, é irrelevante que as candidaturas se apresentem com o apoio dos estados-maiores dos Partidos Políticos. Aliás, irrelevância nem deveria ser o conceito em apreço dado que se trata de um atropelo político ás normas constitucionais. O facto de, antes da apresentação da candidatura de um cidadão maior de 35 anos à disputa ser apoiado por um partido, revela o espírito estalinista dos comités em que a política portuguesa se mantém enquistada, a prática comum do desrespeito pela cidadania e a vontade de condicionar permanentemente a actuação dessa mesma cidadania. Que o PCP reúna o seu comité central para designar o seu candidato, posso entender. Que o Secretário-Geral do PS tenha anunciado publicamente o seu apoio a um candidato antes de ele se ter apresentado como tal, parece-me uma verdadeira aberração. Como já atrás disse, o Partido Socialista perdeu a oportunidade de inovar a política portuguesa. Tendo dois (ou mais candidatos) da sua área, deveria ter deixado que a cidadania se enraizasse na política portuguesa promovendo a ideia de primárias numa primeira volta e, aí sim, utilizando toda a sua influência no sentido da convergência de votos numa segunda volta, fazer eleger o Candidato da sua esfera que mais consenso tivesse conseguido junto dos cidadãos-eleitores. Isto para que a expressão de "todos os Portugueses" deixasse de ser um slogan e passasse a ganhar o conteúdo da verdade. LNT
11:23:00 da manhã
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