terça-feira, agosto 30, 2005
[1.151/2005] A democracia não é estanque
Muitas vezes os europeus olham com altivez para os Estados Unidos, sobretudo para o que os norte-americanos fazem. Contudo, face à presente realidade política nacional (que pouco ou nada discute o país), começa a fazer sentido, no caso das presidenciais, adoptar um método semelhante aos norte-americanos. Bem podiam os candidatos interessados, dos diversos quadrantes, submeter-se a primárias. O sufrágio não deveria decorrer dentro do partido, mas deveria ser o eleitorado interessado, atempadamente inscrito nas freguesias, eleger o candidato do seu quadrante. Era uma forma de se debater e envolver os cidadãos e, principalmente, saber o que pensa e quer o candidato do país. A eleição tornar-se-ia o momento culminante. Representando a escolha do Presidente, o ponto final de uma caminhada em que o país seria o alvo principal de atenção. Chega de candidaturas prefabricadas, sem qualquer ideia do e para o país. Bem sei que o sistema nacional é semi-presidencialista, diferente do presidencialismo norte-americano, contudo recorde-se, nomeadamente os mais atávicos e conformados, a democracia não é estanque. A política nacional não só precisa de mudar de protagonistas, como necessita, urgentemente, de formas que promovam a participação activa dos cidadãos. Talvez os modelos actuais já estejam desfasados da realidade e, deste modo, não atraiam a atenção nem motivem as pessoas. Como se nota pelos níveis de abstenção. CMC
4:51:00 da tarde
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