terça-feira, agosto 30, 2005
[1.154/2005] Nevoeiro
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra, define com perfil e ser este fulgor baço da terra que é Portugal a entristecer - brilho sem luz e sem arder, como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer. Ninguém conhece que alma tem, nem o que é mal nem o que é bem. (Que ância distante perto chora?) Tudo é incerto e derradeiro. Tudo é disperso, nada é inteiro. Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora! Fernando Pessoa, in Mensagem CMC
9:16:00 da tarde
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