terça-feira, setembro 20, 2005
[1.271/2005] Marcar Passo
Ontem no programa Prós e Contras do deficitário Canal do Estado debateram-se as Forças Armadas. Quem esperava um ensaio sobre as questões de fundo, quedou-se em enorme desilusão no carpir das mágoas e habituais heranças do passado, para além das constatações rotineiras e das questões relativas a privilégios perdidos. Faltou a presença da Força Aérea para total percepção do detrimento do interesse nacional em favor dos interesses específicos de cada uma das Armas. Entre a sabedoria para gestão da exiguidade manifestada por Adriano Moreira e a promessa de continuidade das políticas de renovação e modernização definidas pelo titular da Defesa, embora no contraditório quadro de restrição que o OE de 2006 virá a determinar, pouco, tirando a fusão das escolas militares e a extinção das chefias regionais, foi avançado. Foi interessante observar o esforço de contenção verbal castrense e o apelo à disciplina. Nada de soluções inovadoras. Foi um debate perdido, embora se tenham levantado questões, tais como a definição de prioridades nas missões internacionais e nas de protecção civil em território nacional, que terão de ser equacionadas em breve. No final, duas questões: 1. Até onde irá a teoria de Adriano Moreira sobre a gestão na exiguidade dos direitos sociais adquiridos (saúde, segurança social, educação, defesa, etc.)? 2. Porque razão as verbas que irão reforçar a Administração Interna destinadas aos meios aéreos para combate a incêndios não serão atribuídas à Defesa para operacionalizar os aí já existentes e dotá-los de competências para protecção civil? Uma vez mais fica a nota de falta de inventiva na equação dos novos desafios. Mesmo na valorização da imagem que, em tempos de exiguidade, preferem a exibição do armamento arcaico num desfile militar comemorativo do dia das Forças Armadas ao reconhecimento de utilidade notória em missões junto das populações. LNT
4:31:00 da tarde
. - .
Página inicial
. - .
|
|