terça-feira, setembro 27, 2005
[1.318/2005] A adesão indispensável
A poucos dias do começo das negociações da adesão da Turquia à UE, a ronda de conversações começa a ser manobrada consoante os interesses dos adeptos e opositores, e as negociações podem não chegar a bom porto. Do ponto de vista de quem defende a integração. O Governo britânico, defensor da adesão turca, na qualidade de presidente em exercício da UE, deverá ter algumas dificuldades na condução dos trabalhos. A recente posição do Governo austríaco, de não querer a Turquia na União, e o debate que recrudesce de intensidade em França, pelo menos no seio do Governo e do partido que suporta o poder em França, defendendo, por um lado, o chefe da UMP e Ministro do Interior, a não entrada e, por outro, Monsieur Jacques, ainda que dúbio, apoiando a adesão de Ancara, causam divisões. Sem esquecer, obviamente, a Alemanha, que entre o impasse eleitoral e a quase inevitável grande coligação, acaba por mostrar a primeira e grande diferença entre os dois grandes partidos. A CDU opositora e o SPD defensor da entrada da Turquia. A adesão da Turquia à UE é o grande e talvez decisivo teste ao projecto europeu. Mas maior será o erro de não abarcar a Turquia no seio da União. A exclusiva orientação religiosa, isto é, excluir a Turquia só por ser um país onde a maioria das pessoas são muçulmanas, afecta o discernimento que os dias de hoje não podem dispensar. CMC
6:35:00 da manhã
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