terça-feira, novembro 15, 2005
[1.591/2005] A bebida (in)existente
Ao fim de anos faz-me confusão. Continua a fazer-me confusão. Tudo circular, nada comprometedor. Não se percebe, não se sabe, muito menos se vislumbra o que quer. Vem isto a propósito do que se vê no ecrã da tv. O interlocutor é questionado: Que bebe? O interlocutor diz: bebida. Pretende-se saber mais concretamente: quer água, leite, chá, vinho, whisky, conhaque, ou... que quiser, o que toma? E o interlocutor reitera: bebida. Procura-se outra questão para apurar: quer algo com ou sem álcool? E o interlocutor expressa: bebida. Sem querer ser inconveniente, para não estragar o humor do interlocutor, o argumentador procura uma pista, por outras vias, para aproximar-se minimamente do que gosta o interlocutor de beber: deseja num copo pequeno, alto, balão...? E o interlocutor profere: bebida. Insiste-se, na tentativa de perceber ao certo o que quer: tem alguma preferência? E o interlocutor emite: bebida. Sem saber o que fazer, ao fim de 45 minutos, finaliza o argumentador: tudo bem, já disse que quer uma bebida, mas que bebida? E o interlocutor revela: bebida. Digamos que foi um serão televisivo interessante. Moral da conversa, tudo espremido não chega a dar uma bebida. CMC
3:52:00 da manhã
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