sexta-feira, novembro 25, 2005
 [1.654/2005] O Portugal político dispensável
O Nuno Pinto refere um ponto importante neste comentário. Portugal (como qualquer outro Estado) não tem de ser um "bom aluno" na União Europeia. Portugal não precisa de políticos que defendem esta posição, de adulação europeia e comportar-se como um Estado obtuso. Ou será que Portugal não se considera um país e dispensa os seus votos nos lugares de decisão europeus aos grandes Estados? O passado recente mostra que Portugal tem valor e quando bem orientado politicamente dá a sua valiosa contribuição. Quem promoveu a Agenda de Lisboa, que faz parte das orientações actuais de todos os Governos europeus? Portugal. Como ontem referiu, e bem, o Presidente da Comissão, a UE não se pode construir com base num directório. Todos os Estados têm o seu assento e a sua leitura da União. Não pode haver, num espaço democrático, uns a determinar e outros a obedecer, como animais amestrados. A tese do "bom aluno" é a forma mais primária de legitimar, sem o dizer, o directório. A tese do "bom aluno" só serve quem quer um país pequeno, sem ambições, nem orientações e é uma tese promotora da mesquinhez, por estar centrada sobre o próprio umbigo. Os desafios da globalização são ganhos com audácia e convicção, não com receio dos próprios valores. CMC
2:12:00 da tarde
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