segunda-feira, novembro 28, 2005
 [1.678/2005] A Ota não bate com a perigOta III
Interessantes, os últimos textos do TUGIR. Para quem nada queria dizer, afinal acrescentou mais itens. E, lá sobressaiu o estilo boliqueimista. É técnico, diz. É preciso saber do que se fala, argumenta. Por isso, só quem sabe, pode argumentar. Mas os próprios argumentos expostos caem em saco roto. Como se pode comparar a edificação da Expo98 à de um aeroporto? Noutro caso, com mais semelhanças, como se pode comparar um aeroporto de Lisboa ao de Nova Iorque? Quem quer ir para Nova Iorque, vai para Nova Iorque. Não vai para Washington ou Filadélfia, para depois seguir para a Grande Maçã. É a vantagem de uma grande e importante cidade. Na Península Ibérica, com Madrid a escassas horas, de TGV, quem vem de fora bem pode ir para Madrid. Cidade, a diversos níveis, mais apelativa do que Lisboa. Depois tem à disposição, se quiser, as pontas. Tanto pode ir a Lisboa como a Barcelona. Os textos anteriores caem num erro. E já que tanto argumento e defesa costuma provir do passado, pois então nada como ir aos arquivos e perceber por que é que Madrid foi edificada no local onde está, algumas milhas a norte de Toledo. Quando anteriormente Espanha tinha como capital a cidade banhada pelo Guadalquivir. Mas, quem quer ganhar o futuro, sem perceber o presente, pois então não olhe para o exemplo, bem presente, dos portos ibéricos. Afinal, Barcelona, Algeciras, Corunha, ou um porto do golfo Cantábrico, deve estar melhor situado do que os da costa atlântica portuguesa. Que, só por acaso, estão melhor posicionados para transacções inter-continentais. Mas o que interessa? Nada. Deste que venha emprego temporário. Não foi assim que o outro senhor deu a entender que fez muito pelo país? Não se pensa a médio longo-prazo. Interessa o imediato. Criam-se uns milhares de postos de trabalho, para enganar os estômagos vazios, e depois, bem, depois, logo se vê que outra obra é preciso fazer. Como muita da filosofia do boliqueimismo ainda reside. Vejamos uma pérola: O CMC não sabe do que está a falar, respondo. Porque mistura política com tecnicidade. Porque não tem competência (o que é natural dado estar a falar empíricamente de assuntos que obrigam grande e profundo conhecimento), tal como a não terá certamente o jornal que refere. Porque não consegue evidenciar, para além de com meras banalidades, o que está a dizer. Porque quer fazer desta converseta de café, de balcão de café, deste chorrilho de lugares comuns, uma verdade para a qual não dispõe de ciência. Porque parece aquela gente que discute com os médicos a medicamentação porque leu num site uma coisa qualquer sobre a doença. Ora, ora, ora. Se falamos em termos de ciência, então não se fale em verdades. Pois estas, em ciência, só existiam antes do século XX. A ciência agora vive de outros paradigmas. 1. Não saber do que se fala. Pois, realmente não vi ninguém, até ao momento, referir a questão geográfica da localização. Deve ser coisa menor. Já referi os portos. (Provavelmente não devo ter habilitações para falar de nada.) 2. Misturar política com tecnicidade. Então, nesse caso, a frase cai, por ela própria ser feita com base em argumentos de café. É necessário distinguir política de politiquice. A política, quando assumida, também tem tecnicidade. Empregar palavras como: verdade, ciência, ficam sempre bem, mas deve saber-se usá-las. Já que, uma não bate com a outra. Pois é da sua química, à luz, aqui sim, da ciência vigente, que esta não vive em função da verdade. A verdade é uma preocupação de outros campos, que não da ciência. Nota última, com a sua piada: "Em Portugal pensa-se muito e faz-se muito pouco"? Sim?! Gostava de ser tão optimista neste ponto. Será que o pensar é... "arregaçar as mangas"? Talvez seja precisa muita ciência, para dobrar as mangas, e nem todos estão ao alcance desta verdade. Como está frio, prefiro não arregaçar. Pronto... "de vez em quando solta-se-lhe a pena, e passa um bocadinho para o lado de lá"... o lado de lá?! Ok! Segundo alguns, agora muitos, é a Terra que gira à volta do Sol e não o inverso. O geocentrismo não vigora há muito tempo. "Nada que a experiência de vida não venha a remediar daqui a alguns anos de maturidade." CMC
7:12:00 da manhã
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