segunda-feira, novembro 28, 2005
 [1.683/2005] Assim não, Mr. Tony
Quando não os podes vencer, junta-te a eles. É a primeira impressão da proposta britânica. Num passo de mágica, a experiente diplomacia de Sua Majestade, para não ofender franceses, e juntar à causa os vetustos Estados comunitários, nomeadamente a Holanda e Suécia, grandes críticas da proposta luxemburguesa, dizia inicialmente, a presidência britânica prefere cortar nas verbas direccionadas aos novos Estados-membros. Acentuando, deste modo, uma clivagem entre os novos, e pobres, e os velhos, e ricos, Estados. Porém, os novos Estados-membros precisam de fundos para promoverem o crescimento e desenvolvimento. Contra Portugal falo neste ponto. A oportunidade deve ser dada, agora, aos novos. Infelizmente, os britânicos preferem fugir ao confronto com os franceses e nem ousam colocar em causa as verbas da PAC, só para não serem prejudicados no cheque. Se se confirmar esta proposta, que beneficia Portugal, diga-se de passagem, é lamentável que se sacrifiquem as reformas indispensáveis, como Blair referiu em Julho. Para não incomodar quem está acomodado aos subsídios, como por exemplo a França, despreza-se os novos Estados, muito mais merecedores de verbas do que muitos agricultores franceses ou os cofres britânicos, que enchem quando recebem o cheque de Bruxelas. O projecto europeu continua, assim, a passar ao lado das indispensáveis mudanças internas, para se tornar num efectivo bloco competitivo, onde existe crescimento económico respeitando a coesão social. É importante notar que estamos a determinar a evolução da próxima década europeia. E as alterações internas fundamentais adiam-se para 2013. Não se pode querer aprovar, só por que sim e para dizer, no fim, trabalho feito. Assim não Mr. Tony. CMC
9:02:00 da tarde
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