sexta-feira, dezembro 30, 2005
[1.882/2005] Intérpretes de 2005 Políticos do ano
Pelos mesmos motivos deste político e, principalmente, por ter enfrentado interesses no próprio partido, terminando com os vícios e enriquecimento dos caciques locais, decidiu colocar a cabeça no cepo. Preferiu o esclarecimento das urnas, para que não houvesse dúvidas, e apresentou um projecto de futuro, num país que carece de profundas reformas para enfrentar os desafios que se colocam e procurar triunfar na competitiva era da globalização. As urnas suportaram a sua posição. Não só reiteram o apoio, como manifestaram-se de forma ainda mais expressiva do que em actos eleitorais anteriores. Já informou que sai de cena no próximo ano. Tudo tem um tempo e o seu tempo político termina em 2006. Tem bom-senso e sabe que os projectos políticos pessoais têm um início e um fim. E o fim não significa um ponto final, mas sim lançar pontes para que outros prossigam o caminho do desenvolvimento. Este senhor dispensa apresentações. No período actual, em que os políticos (nos sistemas democráticos) estão pouco tempo no exercício de funções executivas, é um caso de sucesso. Tem obra, tem pensamento e tem visão. Mesmo desgastado pelos vários anos de governação, a aposta do eleitorado manteve-se este ano. É um marco na política do seu país e, em particular, no espectro político a que pertence. No final do ano alcançou um acordo que muitos consideravam pouco provável e a meio conquistou a organização dos Jogos Olímpicos para o seu país. É dos poucos políticos da actualidade, se não mesmo o único, com dimensão mundial. Dentro de alguns anos será consensual o reconhecimento do grande Estadista deste tempo, de profundas, preocupantes mas interessantes mudanças. CMC
10:58:00 da manhã
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