sexta-feira, janeiro 27, 2006
[0.086/2006] A flatulência partidária
Caro Luís Cepeda, Depois da nossa conversa, reconheço que é pertinente atentar a realidade dos partidos políticos a partir da óptica do sistema eleitoral. Já que os partidos (portugueses) não mudam por dentro, muito provavelmente, se alterado o nosso sistema eleitoral, por exemplo passando do proporcional para misto, que só pode ser feito pelos partidos políticos na Assembleia da República, as realidades internas, pelo menos dos dois maiores partidos portugueses, podem mudar de figurino. As pessoas qualificadas nada têm a perder. As medíocres bastante a recear. Se bem que, as medíocres, no caso do sistema misto possam ser eleitos pelo círculo nacional. Contudo, ainda assim, tendo em consideração a realidade nacional, dos feudos, os sevandijas locais bem podiam ser eleitos pelos círculos da terra onde desenvolvem actividade partidária. Acabamos, como sempre, por ser conduzidos ao mesmo ponto: Educação e Cultura. Mais, cada vez mais. A partir destes pilares atingimos a Cidadania, que não se declama, muito menos se exalta em momentos pontuais. Ela pratica-se quotidianamente, a diversos e variados níveis. Enquanto a sociedade lusa for pouco atreita à política, os políticos continuarão a ser pouco atreitos para com a sociedade. E os ditos caciques continuarão a ordenar a seu bel-prazer. E, já sabemos, nem sempre os militantes partidários querem pensar pela cabeça própria, muito menos ser exigentes com os seus pares. Apreciam, como lhes convém, apoiar este ou aquela pessoa, mais pelos benefícios pessoais do que ter como guia os interesses globais. E, no fundo, ao apaior Fulano ou Beltrano, pelo puro interesse pessoal, acabam por ser o Brutus do seu César. Não nos admiremos, por isso, de a sopa, em Portugal, ser servida quase sempre fria, embora digam que está quente. CMC
10:12:00 da tarde
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