segunda-feira, janeiro 30, 2006
[0.098/2006] Palestina, Europa, escritos lusos, Hamas e Israel
A UE assumiu uma postura pragmática e desejável. Confronta o Hamas com o sim ou sopas. Os financiamentos continuam a chegar de Bruxelas à Palestina se os novos governantes abdicarem das posições radicais. As verbas acabam se optarem pela manutenção do objectivo norteador de alguns radicais, extirpar Israel do mapa. Por outro lado, leio em Portugal, em jornais e blogues, uma tese hiper-pessimista. Chegaram os terroristas. Ponto. O caos veio para ficar. Tudo de mau virá com o Hamas. Discordo em certa medida, mas só o tempo poderá comprovar quais as teses correctas. No entanto, parece que as pessoas que traçam um quadro hiper-negro para o futuro da região, com o Governo do Hamas, encarariam o porvir como um oásis, se a Fatah ganhasse. Sinceramente, uma vitória da Fatah significaria, provavelmente, para não dizer, seria mesmo, dar seguimento à manutenção do impasse e à manutenção e alargamento das teias de corrupção. Alguns, dos mais complexos esclarecimentos que devem ser feitos, podem acontecer neste momento, pelo simples facto dos actores que vão assumir o poder. Não nos admiremos se, porventura, e é bem provável, saírem do Hamas diversas facções, discordando da liderança, por esta, mais cedo ou mais tarde, reconhecer a existência do Estado de Israel. Obviamente, que do lado israelita, nomeadamente os responsáveis do Kadima, não podem adoptar presentemente, durante a campanha eleitoral, uma posição pacífica para com os resultados palestinianos. Pois o principal adversário do Kadima, o Likud, tudo fará para capitalizar a vitória dos radicais na Palestina em seu benefício. Procurando surgir como o único escudo de defesa de Israel. Se calhar, nunca, como agora (a partir de 29 de Março, depois das legislativas israelitas), o Médio Oriente pode encontrar o fio à meada das fronteiras dos Estados israelita e palestiniano. Uma década depois, os acordos de Oslo, mesmo retardados, surtem efeitos. Passos pequenos, muito lentos, mas seguros, podem concretizar-se até ao final desta década. CMC
6:17:00 da tarde
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