terça-feira, janeiro 31, 2006
[0.101/2006] A mudança que falta a Portugal
Uma das mudanças históricas, em três décadas de democracia, com o escrutínio do dia 22 de Janeiro, foi a eleição, pela primeira vez, de um Presidente sem o apoio da esquerda. Nada do outro mundo. Algo até saudável em democracia. Não há bastiões sagrados, nem para a esquerda, nem para a direita, apenas a vontade soberana dos portugueses, que elegem consoante a sua vontade. Porém, falta a grande mudança na sociedade portuguesa. A mudança de fundo. A substituição dos que, outrora adeptos da extrema-esquerda e da esquerda soviética, no 25 de Abril, nos anos subsequentes à data dos cravos, se reconverteram em socialistas moderados ou, nos casos extremos, e não são poucos, indefectíveis adeptos da direita, não pelos valores da direita, mas sim por ser anti-comunista. Eles estão por aí, na política, nas empresas, nos periódicos, nas academias, na cultura, etc. Alguns deles metamorfosearam-se tanto que, hiperbolicamente, se pode considerar a operação de pele de um famoso cantor norte-americano uma brincadeira, quando comparada com a personalidade de certas pessoas. Falta a mudança principal, a da mentalidade ressabiada dos que desfilam pensamento na praça lusitana e que influencia este país, pois eles estão, para o melhor e para o pior, nos lugares chave da sociedade. Seja na formação académica, seja na opção política, seja na chefia empresarial, seja na formação cultural. Falta a grande mudança. Acabar a mentalidade dominantes dos narcisos e narcisismos dos esquerdóides. Os que têm capa de esquerda moderada, os de direita e dos que dizem que são do centro. Ora, ora... tanto hoxismo, trotsquismo, maoismo, brejnevismo camuflado. CMC
12:54:00 da manhã
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