terça-feira, janeiro 24, 2006
[0.067/2006] Porque não escreves?
Tem sido uma constante das muitas mensagens que tenho recebido. A todas vou respondendo que escrever, escrevo, mas não publico. Afinal todos temos direito aos nossos silêncios.
Não por cansaço, porque as batalhas não me exercem esse efeito, mas por introspecção, por vontade de análise, para compreensão dos múltiplos sinais.
Estranho quem desvaloriza, quem não tira ensinamentos, quem pretende futuro sem raiz. Estranho quem fala em dois candidatos e esquece os milhões de eleitores. Recuso análises simplistas e banais que produzem texto mas não apontam caminho. Detesto quem tem sempre razão, mesmo não a tendo, quem fala do destino escrito nas estrelas, tendo o poder de o alterar, quem se rende no meio das batalhas, abandonando os camaradas. E detesto morrer na praia.
Não andarei por aí.
Este é o início da reflexão, a minha forma de progredir. Esta é a forma de avançar, de acumular experiência, de consolidar conhecimento, de projectar no futuro, de ambicionar sabedoria.
Acabo de sair de uma experiência inovadora. De uma vivência de acreditar. De uma partilha admirável com gentes que não conhecia, com coisas que sabia existir e de que falava, mas que já tinha esquecido de sentir.
Não são coisas banais, não são coisas minhas, não são coisas novas nem antigas, modernas ou pós-modernas. Não são coisas de rótulos, nem citações bibliográficas. São coisas nossas, da nossa terra, do nosso canto, da nossa vida, de milhões de cidadãos que já cruzaram os braços e de pelo menos um milhão e duzentos mil que se recusaram ao absurdo das lógicas de umas centenas.
Termino já. Não vos quero incomodar. Agradecido a Alegre que tive o prazer de acompanhar, acompanhado por uma multidão de insubmissos, de gente de fé, de determinação e vontade. Boa gente. LNTEtiquetas: Conseguir o Impossível
11:52:00 da manhã
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