terça-feira, fevereiro 21, 2006
[0.204/2006] Simbolismos e lavagens
Sampaio resolveu concluir o seu mandato com visitas internas e externas de maior significado. Internamente entendeu demonstrar, com a visita a Nelas, que o território nacional é isso mesmo. Não existem feudos nem partes do território inacessíveis ou controlados. Externamente recorda ao Mundo que a vontade dos povos determina a sua liberdade. O abraço dado a Xanana tem o tamanho de uns quantos séculos de História. Tem o simbolismo forte de quem se despede do poder com a missão cumprida depois de décadas de diplomacia nas Nações Unidas que culminaram com o reconhecimento de Timor como Estado independente e soberano. Sampaio termina bem o mandato. Agraciou meia Nação, todos aqueles que entendeu, na sua apreciação, terem sido elementos de valor, reconhecendo nesses actos as competências dos melhores. Não precisava Sampaio do branqueamento que agora pretendem fazer da sua página negra. De nada serve. Se Sampaio era um feroz adversário da nomeação de Santana Lopes escusava de ter provocado o descalabro. Tinha-lhe bastado antecipar o que teve de fazer seis meses depois poupando o País das tristes figuras e do esbanjamento de oportunidades. Para além disso teria dado oportunidade a Portugal de ter hoje um excelente Primeiro-Ministro. Não o fez porque não quis, promovendo activamente uma mudança radical no panorama político português. Os políticos portugueses têm de assumir as suas boas e más acções. Com umas e outras tudo ficará mais claro. De umas e de outras resultará a marca que deixarão na História. Para a reescrever já bastou o tempo que lá vai. LNT
1:15:00 da tarde
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