quarta-feira, fevereiro 22, 2006
[0.212/2006] Respostas [sempre há mais uma]
Caro Luís e Cara Clara, Como já vem sendo hábito, sempre que escrevo algo acerca da Ota, TGV e portos, recebo o comentário de que dou palpites, quanto os temas carecem de ciência. Ora, como não sou cientista, e penso que os escritos que exponho não se baseiam em meros palpites, vamos tomar a globalidade por partes. A ver se me faço entender (começo a ter dúvidas...). De facto, a TAP não opera para Timor e Macau. A fazer fé, que deve ser a máxima, na página da companhia aérea. Contudo, e talvez não tenha sido de todo enganado pela página do DE de ontem, que assinalava Dilí e Macau como destinos da TAP. No caso do território que em 1999 passou para soberania chinesa, segundo este escrito, estão (estavam?) a ser reunidos esforços para a TAP retomar a ligação. Quanto à capital timorense, a TAP e/ou a companhia britânica, a informação circunscreve-se ao turismo, diz-nos que é possível ir para Timor... pela TAP. Relativamente aos portos, e aqui a estimada Clara junta-se ao mesmo diapasão, penso que os dois se conformam com o destino. Espanha é, de facto, um grande país e tem boas infra-estruturas. Melhor do que as nossas, como li há tempos numa revista da CCDR/LVT (infelizmente não encontrei o número da revista, em que um artigo explicava as virtudes dos portos espanhóis e os defeitos dos portugueses). Mas, lá por Espanha ter condições, nós, Portugal, não podemos melhorar as nossas infra-estruturas e recursos humanos a neste nível. Aqui lanço mais um palpite, ou melhor, recordo: Portugal é o país europeu com mais ZEE. Portugal é, dos Estados europeus, a geografia não me deixa mentir, o que tem melhores condições estratégicas para receber e enviar mercadorias intercontinentais (África e Américas). Com este património, com estas condições ímpares, devemos ficar de braços cruzados ou devemos aproveitá-lo? Segundo deduzo dos vossos escritos, os espanhóis que assumam essa tarefa. Como eles já têm, que façam tudo. Por isso é que a economia vizinha está melhor do que a nossa. (Pois é... a cigarra e a formiga ibéricas!) No entanto, deixo um palpite, tenham em atenção o que se vai perspectivando. Oxalá isto suceda e a economia nacional beneficia. Segundo o responsável, a ferrovia existente até já é óptima. Não deixo no entanto de notar a vossa sensaboria para com a questão Ordenamento do Território. Enfim, a análise e a ciência é vossa. E, cara Clara, ainda não percebeu em que medida a Ota prejudica Pedras Rubras? Note bem no mapa. Se o novo aeroporto aproxima-se do existente, entre os dois, as rotas dirigem-se para qual? Está-se mesmo a ver. O palpite é meu! Devo dizer-lhe, cara Clara, que nada me move contra os espanhóis. Aliás, nutro uma certa admiração pelo país vizinho, considero que falta à lusa população parte da raça castelhana. Porém, regressando à vaca fria, cada país tem os seus legítimos interesses. Os espanhóis fazem por si. E fazem muito bem. Reconheço. Nós, pelos vistos, é que não fazemos muito por esta terra e esta gente. Já que apenas dou palpites, quanto aos portos (entre outros), eu que nem praça sou, sugiro as palavras do Senhor Almirante. Espero que não sejam encaradas como mais uns palpites, para quem quer tanta ciência no escrito... como se um escrito de blogue tivesse, impreterivelmente, de ser, todo ele, ciência. Bem me disse, um dia, acertadamente, o meu camarada Cepeda, citando Abel Salazar: o médico que só sabe de medicina nem de medicina sabe. CMC
7:30:00 da tarde
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