sexta-feira, março 24, 2006
[0.370/2006] Almoço sem o Tejo como pano de fundo
Caro Luís, Fui almoçar com uns camaradas. Bons camaradas e grandes amigos destas aventuras militantes de e com causas, algures nas redondezas da capital, sem vista para o Tejo. Nada de lobby, muito menos conspirações. Apenas uma boa conversa, à volta de um bom petisco não muito bem regado, sobre o país e o mundo. Cada camarada, proveniente de um local diferente do país. Perspectivas diferentes, sobre diversas questões. Eles com leituras mais próximas entre si, eu mais distante das posições deles. Eles com Soares no punho, eu com Tony na argumentação. Às tantas houve necessidade de uma pessoa dizer: "sou de esquerda, não sou esquerdalho". Foi animado. Convergimos todos no mesmo ámen ao Santo e incompreendido político florentino. Às tantas, com a animação da conversa, alguém fez questão de dizer que o diálogo estava a ultrapassar as fronteiras do senso-comum para um almoço, tais eram as citações de Weber, alusões a Napoleão, entre análises pormenorizadas sobre a influência ou ausência de força dos caciques em partidos de quadros e partidos de massas, ditadores de Portugal e de Espanha, evolução ou regressão dos povos peninsulares, referência à manutenção do império luso durante tantos séculos e o modo como os britânicos colonizaram o globo. Só nos faltou referir Armstrong na Lua. Quanto à fotografia da mesa, foi exposta aquela por ser a que estava mais à mão para ilustrar o texto. Outro almoço está por agendar e mais haverá para falar, pois ficaram números por apresentar e justificar entre nós. CMC
9:27:00 da tarde
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